Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
Saúde

Foto: Divulgação

A ansiedade, resposta natural a situações de estresse, pode se tornar um transtorno ao interferir na rotina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros convivem com a condição, o que coloca o Brasil no topo do ranking global. Para avançar no tratamento, pesquisadores do Grupo de Materiais Fotônicos (GMF), liderados por Jorge Fernando Silva, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), identificaram novos compostos químicos com potencial para tratar a ansiedade, que podem reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos atuais.

De acordo com o pesquisador Jorge Fernando Silva, o estudo teve início com a criação de novos compostos químicos baseados em európio e térbio. Em seguida, foi realizada a análise da estrutura e das propriedades desses materiais utilizando técnicas como espectroscopia de infravermelho e fotoluminescência. “A eficácia farmacológica foi avaliada em duas etapas: um estudo in silico, que usou simulação computacional para prever os resultados, e um estudo in vivo, realizado com o peixe-zebra (Danio rerio), uma espécie amplamente utilizada em testes biomédicos”, afirma Jorge.

O líder do GMF explica que os novos materiais apresentam uma alternativa viável, tanto do ponto de vista químico quanto econômico, para o desenvolvimento de medicamentos, abrindo novas possibilidades para o tratamento de transtornos. “Embora os ansiolíticos possuam efeitos medicinais úteis, podem causar reações indesejáveis como a dependência química. A pesquisa visa um novo caminho no tratamento de doenças relacionadas à ansiedade e, pela característica intrínseca dos materiais produzidos, diversas possibilidades no estudo e compreensão da atividade ansiolítica que possam minimizar tal efeito”.

A descoberta ainda está em fase de testes e necessita de validações adicionais antes de uma possível aplicação clínica. “Os próximos passos são a otimização dos processos de síntese, a busca por parcerias com a indústria farmacêutica para dar continuidade ao desenvolvimento desses novos fármacos e a atração de investidores, como investidores-anjo, que possam subsidiar a continuidade dessa pesquisa pioneira, envolvendo esses sistemas químicos”, projeta Jorge.

Além do professor Jorge Fernando Silva, a equipe de trabalho é composta por Hélcio Silva, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Aluísio Marques, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Emmanuel Silva, Maria Kueirislene, Amâncio Ferreira e Jane Eire Silva, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), e o mestrando Andrei Marcelino Sá, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). 

Fonte: As informações são de assessoria.



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Sábado, 16 de Julho de 2022
Saúde

Em nota divulgada na sexta-feira (15), o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação da vacina CoronaVac na imunização contra a Covid-19 em crianças de 3 a 5 anos. A pasta informou que os estoques já existentes nos estados e municípios podem começar a ser utilizados nesse novo público.

O ministério acrescentou, porém, que com relação à aquisição de novas doses, a pasta ainda segue "em tratativas".

A recomendação do ministério ocorre dois dias após a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) aprovar o uso da CoronaVac nessa faixa etária. A aprovação foi unânime.

Fonte: Metro 1



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Domingo, 08 de Maio de 2022
Saúde

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram substância capaz de barrar o avanço da doença de Parkinson. A AG-490, constituída à base da molécula tirfostina, foi testada em camundongos e impediu 60% da morte celular. Ela inibiu um dos canais de entrada de cálcio nas células do cérebro, um dos mecanismos pelos quais a doença causa a morte de neurônios. Não há cura para o Parkinson, apenas controle dos sintomas.

“Estamos sugerindo que é esse composto que pode um dia, depois de muita pesquisa, que inclusive estamos continuando, ser usado na medicina humana”, explica o professor Luiz Roberto Britto, que coordena o projeto em conjunto com pesquisadores do Instituto de Química da USP e da Universidade de Toronto, no Canadá. Os resultados foram publicados na revista Molecular Neurobiology.

A doença de Parkinson é caracterizada pela morte precoce ou degeneração das células da região responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor. A ausência ou diminuição da dopamina afeta o sistema motor, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. A doença pode provocar também alterações gastrointestinais, respiratórias e psiquiátricas.

“A doença é progressiva, os neurônios continuam morrendo, esse é o grande problema. Morrem no começo 10%, depois 20%, mais um pouco, aliás o diagnóstico só é feito praticamente quando morrem mais de 60% naquela região específica do cérebro”, explica Britto. A identificação dessa substância pode estabilizar a doença em certo nível. “Não seria ainda a cura, mas seria, pelo menos, impedir que ela avance ao longo dos anos e fique cada vez mais complicado. O indivíduo acaba morrendo depois por complicações desses quadros.”

Substância

Britto explica que a AG-490 é uma substância sintética já conhecida da bioquímica. A inspiração para o trabalho veio de um modelo aplicado no Canadá, que mostrou que a substância teve efeito protetor em AVC, também em estudos com animais. Ele acrescenta que não são conhecidos ao certo os mecanismos que causam a doença, mas há alguns que favorecem a morte de neurônios. “Acúmulo de radicais livres, inflamação no sistema nervoso, erros em algumas proteínas e excesso de entrada de cálcio nas células”, cita.

O estudo, portanto, começou a investigar esse canal de entrada de cálcio que se chama TRPM2. Pode-se concluir, com a pesquisa, que quando o canal é bloqueado, a degeneração de neurônios, especificamente nas regiões onde eles são mortos pela doença, diminuiu bastante. “A ideia é que, talvez, se bloquearmos esses canais com a substância, ou outras que apareçam, poderemos conseguir, pelo menos, evitar a progressão da doença depois que ela se instala”, diz o pesquisador.

As análises seguem e agora um dos primeiros passos é saber como a substância se comporta com uma aplicação posterior à toxina que induz à doença. Britto explica que no modelo utilizado, a toxina e o composto foram aplicados quase simultaneamente. Os pesquisadores querem saber ainda se o composto administrado dias depois da toxina levará à proteção dos neurônios.

“Outra coisa que a gente precisa fazer, e já conseguiu os animais para isso, é usar um modelo de camundongo geneticamente modificado, que não tem esse canal TRTM2. Esperamos que os animais que não têm, geneticamente, esses canais para cálcio, sejam teoricamente mais resistentes a esse modelo de doença de Parkinson”, acrescenta.

Também será necessário avaliar possíveis efeitos colaterais. “Esses canais de cálcio estão em muitos lugares do sistema nervoso e fora do sistema nervoso também. Bloqueando os canais, pode ser que se tenha alguma repercussão em outros lugares. Precisamos avaliar isso”. As análises seguem com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Fonte: Agência Brasil



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Domingo, 24 de Outubro de 2021
Saúde

Um estudo de pesquisadores brasileiros publicado no periódico internacional The Lancet apontou uma queda do atendimento de saúde mental durante a pandemia. O trabalho indicou o impacto da pandemia da covid-19 sobre este tipo de cuidado, em um momento de crescimento de transtornos mentais, como ansiedade e depressão.

Segundo análise de pesquisadores da Universidade de Brasília, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, foram registrados nos primeiros seis meses da pandemia 1,18 milhão de atendimentos ambulatoriais relacionados à saúde mental.

Esse número, segundo os autores, é 28% abaixo do que seria esperado. A expectativa a partir dos dados de períodos anteriores era de uma média de 1,66 milhão de procedimentos deste tipo.

Os atendimentos de grupo tiveram uma queda de 68%. Nos seis meses examinados pelo estudo, ocorreram 102,4 mil atendimentos coletivos. Entretanto, a expectativa a partir das médias de anos anteriores era de 317,8 mil.

A hospitalização psiquiátrica também sofreu com a pandemia, com uma redução de 33%. As internações entre março e agosto de 2020 totalizaram 289,2 mil. Mas a média esperada era de 430,3 mil.

A pesquisa também identificou procedimentos associados à saúde mental que cresceram durante a pandemia. As consultas de emergência nessa área subiram 36%. Já o atendimento domiciliar teve um acréscimo de 52%. Os dados sinalizam a opção das pessoas por evitar o ambiente de clínicas e hospitais e serem atendidas em seus lares.

“Nossos achados mostram uma mudança dramática na assistência à saúde mental durante a pandemia. Esse fenômeno pode agravar a crise de saúde mental e gerar uma pandemia paralela que pode durar por um tempo maior do que a pandemia da covid-19”, concluem os autores no estudo.

Fonte: Agência Brasil



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Sábado, 12 de Junho de 2021
Saúde

Os novos casos de covid-19 tiveram alta de 3%, o que o Ministério da Saúde considera estabilidade. É o que mostra o novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que analisa a Semana Epidemiológica (SE) 22, de 30 de maio a 5 de junho.

Na Semana Epidemiológica 22 foram confirmados 435.825 novos casos, contra 424.161 na semana anterior. A média móvel de casos (total no período dividido por sete dias) ficou em 62.261.

O resultado da SE 22 mostra uma retomada do crescimento da curva de casos após uma queda na semana anterior. A redução dos novos diagnósticos positivos de covid-19 foi iniciada em março, com um aumento na SE 13. 

Os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde sobre o Coronavírus reúnem a avaliação da pasta sobre a evolução da pandemia, considerando as semanas epidemiológicas, tipo de mediação empregada por autoridades de saúde para essas situações. A semana epidemiológica é um recorte temporal adotado por autoridades de saúde para analisar esses movimentos.

Já as novas mortes tiveram redução de 11%. Na Semana Epidemiológica 22, as autoridades de saúde confirmaram que 11.474 pessoas não resistiram à covid-19, enquanto na semana anterior o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde trouxe 12.849 óbitos.

O resultado representa uma continuidade na trajetória de queda na curva de óbitos, após uma estabilização e redução nas semanas anteriores. A média móvel de mortes na SE 20 ficou em 1.639.

Estados

Conforme o boletim epidemiológico, oito estados tiveram incremento de casos na Semana Epidemiológica 22, sete ficaram estáveis e 11 mais o Distrito Federal tiveram redução. As principais altas se deram em São Paulo (35%) e Roraima (27%). Já as quedas mais intensas ocorreram no Amapá (-36%) e Rio Grande do Norte (-28%).

Quando consideradas as mortes, foram sete os estados com crescimento das curvas, enquanto quatro mais o DF ficaram estáveis e 15 registraram menos óbitos em relação ao balanço da semana anterior. Os aumentos mais expressivos aconteceram no Rio Grande do Norte (40%) e Amazonas (37%). As quedas mais efetivas foram registradas em Roraima (-52%) e Paraná (-27%)

Mundo

A Índia foi novamente o país com mais novas mortes, com 20.787 novos óbitos na semana epidemiológica 22. O Brasil mantém a 2ª colocação, com 11.474 mortes. Em seguida vêm México (5.303), Argentina (3.759) e Colômbia (3.675). Quando considerados números absolutos desde o início da pandemia, o Brasil segue na 2ª posição, com 472.531 óbitos, atrás dos Estados Unidos (597.377). Quando consideradas as mortes por 1 milhão de habitantes, o Brasil fica na 7ª colocação.

A Índia também é a campeã em novos casos, tendo 914.539 na semana analisada. O Brasil ocupou a 2ª colocação no ranking de casos, seguido pela Argentina (206.761), Colômbia (183.956) e Estados Unidos (102.207). Na comparação em números absolutos, o Brasil fica na 3ª posição, atrás dos EUA (33,3 milhões) e Índia (28,8 milhões). Na comparação proporcional, por 1 milhão de habitantes, o Brasil ocupa a 21ª posição.

Fonte: Agência Brasil



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Segunda-feira, 28 de Dezembro de 2020
Saúde

O isolamento social – medida adotada para combater a propagação do novo coronavírus – pode trazer alguns prejuízos no desenvolvimento da fala e linguagem das crianças obrigadas a ficar em casa devido à pandemia, alertam especialistas. “Principalmente pela falta de estímulos ambientais e sociais que estavam anteriormente expostas, como por exemplo, na escola, saída com amigos e passeios em família”, explica a fonoaudióloga e especialista em linguagem Lilian Papis.

Mesmo com a reabertura das escolas, muitos pequenos mantiveram sua rotina em casa com os pais trabalhando em home office ou sob os cuidados de outros adultos. Agora, com as férias escolares e o aumento do número de casos de covid-19, muitos pequenos voltarão a ficar exclusivamente em casa o que deve aumentar o uso de aparelhos eletrônicos como tablets, celulares ou computadores para distrair e entreter as crianças que acabam ficando privadas da comunicação verbal.

“Pode começar a haver atrasos no desenvolvimento oral, como também gráfico, dificuldades auditivas, tanto periféricas, pelo alto volume ou uso excessivo de fones de ouvido, como também de atenção e concentração e processamento auditivo central”, aponta a fonoaudióloga.

Os meses de quarentena em casa provocaram mudanças nos hábitos até mesmo das crianças que não tinha uma rotina escolar, pois os parques, clubes, praças e áreas de lazer foram fechados para evitar aglomerações.

É o caso do filho da zootecnista Paula Amano Yoshisato, Roberto, de 2 anos e meio. Ela conta que os planos eram que Roberto começasse a frequentar a escola este ano, mas, com a pandemia, ele continuou em casa, aos cuidados da mãe, em tempo integral. “Tínhamos mais contato com outras pessoas e área externa. Agora, ele quer ficar mais tempo em eletrônicos.”

Paula conta que, com a falta de convívio com outras pessoas e crianças, o filho deixou de falar as poucas palavras que já conhecia. Segundo os médicos e fonoaudiólogos, é um processo comum a crianças nessa idade que precisam de estímulos corretos para voltar a falar.

A mãe tem se esforçado para diminuir os efeitos negativos do isolamento no garoto. “Tenho estudado mais sobre atividades, como brincar com tinta, piscina, areia, hortinha”, conta Paula.

Na avaliação da fonoaudióloga Lilian Papis, crianças que estão começando a falar, por volta de 1 ano ou que estão em pleno desenvolvimento de fala e linguagem, entre os 2 ou 3 anos, devem ser diariamente estimuladas através dos cinco sentidos, audição, visão, tato, olfato e paladar.

“É primordial cantar músicas, brincar com miniaturas, fantoches, contar histórias, nomear figuras ou pedir para que as repita, falar frases relacionadas ao que estão comendo, apresentar diferentes sabores ao seu paladar e estimular o olfato através do cheiro da comida, frutas; imitar sons de animais, meios de transporte, objetos eletrodomésticos, brincar de fazer caretas mandar beijos, estalar a língua também ajudam muito”, enumera Lilian.

Retrocessos

A supervisora de vendas Leandra Paula Lago diz que percebeu que o filho Raul, de 3 anos, ficou muito ansioso nos primeiros meses da pandemia. “Ele ficou irritado e com necessidade de chamar a atenção dos pais, pedindo para ficar no colo enquanto trabalhávamos, tentava desligar nossos computadores, gritava. Na fala houve alterações, pois o estímulo escolar foi interrompido, então percebi que ele ficou com várias dificuldades, até mesmo no desfralde que foi interrompido”, relata.

“Já tinha percebido, antes mesmo da pandemia, que os colegas da escola [estavam] sempre na frente e ele com muitas dificuldades em se comunicar. Com a pandemia e encerramento das aulas, piorou muito.”

Raul começou a fazer tratamento com a fonoaudióloga em abril e a mãe logo percebeu uma evolução. “Hoje ele ainda não se comunica como uma criança da idade dele, mas já melhorou muito. Retornei o processo de desfralde com isso. Fazíamos [o tratamento com a fonoaudióloga] on-line e agora estamos presencial”, relata.

Atualmente ela está oferecendo outros estímulos para a criança. “Estou lendo bastante com ele, brincando mais junto e evitando celular. Claro que, no horário de trabalho, fica complicado não dar o celular para ele, senão ele nos atrapalha, mas com novos brinquedos estamos conseguindo mantê-lo mais calmo”, completa Leandra.

Mesmo sem o convívio escolar, as brincadeiras em casa devem estimular a fala, recomenda a fonoaudióloga Lilian Papis. “Em casa as crianças precisam ser estimuladas todos os dias, pelo menos uma hora, com os pais ou responsáveis a brincar, cantar músicas, falar, estabelecer diálogos, conversar”, destaca a especialista.

“Para as crianças em fase de alfabetização, incentivar também brincadeiras que envolvam reconhecimento e nomeação das letras, relacionando-as com seus sons, brincar com rimas, memória auditiva, memória visual, quebra-cabeças, dama, xadrez, jogos que requeiram a atenção, como também a escrita das letras, sílabas e palavras. Para os maiores, além de tudo isso, acrescentar leitura de textos, livros, gibis, escrita de pequenos textos, jogos como forca, stop, caça-palavras, palavras cruzadas, dentre outros”, elenca Lilian.

Avanços

Já com Samuel, 4 anos, o processo de isolamento não trouxe retrocessos na fala, ao contrário, o vocabulário aumentou, surpreendendo a mãe, Danielle Pereira Mateus.

Antes mesmo da pandemia, o menino já fazia acompanhamento com fonoaudióloga e psicóloga porque, na escola, batia nos amigos. “Procuramos uma psicóloga e ela notou que ele tinha um atraso de linguagem, como não conseguia se comunicar direito, batia nos amigos, era a maneira dele se comunicar. Começamos um trabalho com a fonoaudióloga em julho do ano passado, quando a gente ainda nem pensava em pandemia! Fizemos esse trabalho até março, quando veio o isolamento e as sessões pararam”.

Danielle disse que temia o retrocesso no processo de fala do pequeno o que acabou não se confirmando. “Tinha muito medo que ele regredisse, mas não, por incrível que pareça, o vocabulário dele aumentou, como o tempo dele em tela era muito maior, ele começou a ver vários vídeos diferentes, mudou o vocabulário, eu confesso que me surpreendi, porque para mim a quarentena ia ser um caos! Hoje ele já fala tudo certo e já está em processo de alta com a fonoaudióloga. No caso dele, o que me deixou feliz foi que não houve nenhum tipo de regressão”.

A especialista em linguagem Lilian Papis explica que a estimulação - tanto auditiva quanto visual - é benéfica para o desenvolvimento da fala e da linguagem infantil e que, nos aparelhos eletrônicos, os vídeos e desenhos são bem coloridos e estimulantes. “A criança aprende através de estímulos repetitivos e imitação, portanto em alguns casos isso pode ajudar, ou em outros prejudicar este desenvolvimento, pois existe a privação da necessidade de comunicação, de diálogo com a família, o que pode atrasar ou interferir neste processo, além de poder prejudicar o desenvolvimento da atenção e gráfico”.

Lilian enfatiza que é importante saber dosar a quantidade de horas diárias que as crianças passam na frente das telas e estimular a brincadeira infantil, contação de histórias, rodas de conversas e jogos entre os familiares.

“Oriento ainda a estimular a criança sempre de frente para ela, na altura dos seus olhos para ter um adequado contato visual; não falar infantilizado; dar sempre um correto modelo de fala, não repetir o erro da criança, pois ela aprende a falar através da audição, repetição e imitação, mesmo que ela não consiga pronunciar a palavra corretamente, fale o certo. Ela deve ainda comer alimentos adequados para sua idade, pois a mastigação também é de extrema importância para o desenvolvimento da fala e linguagem”, acrescenta a especialista.

Mudanças de comportamento

Durante a infância, o cérebro da criança se desenvolve com muita rapidez gerando grandes aprendizados. Com a chegada da pandemia e o isolamento dos pequenos em casa, muitos estímulos necessários para a ampliação do desenvolvimento cognitivo infantil podem ter diminuído.

Para especialistas, essa falta de contato com outras pessoas e de vivência fora de casa pode ter prejudicado não só a fala, mas trazido alterações no sono, no humor e no apetite das crianças.

“Não podemos desconsiderar os possíveis estressores ambientais que impactam nas crianças, sobre isso podemos pensar em mudança de rotina e novos papéis atribuídos aos pais, perda de familiares pela covid-19, mudanças estruturais como perda de emprego e pais com pouco manejo emocional”, destaca a psicóloga especialista em terapia cognitivo comportamental e neuropsicologia Roberta Alonso.

“As crianças têm apresentando humor mais irritado, alterações do sono e comportamentos de impaciência, assim como regressão em sua autonomia, sobrecarregando os pais”, completa a especialista.

A psicóloga sugere aos pais trabalhar as próprias emoções e expectativas. “As crianças estão em desenvolvimento e têm condições de retomar e melhorar suas habilidades quando começarmos a retomar a rotina em segurança. É importante pensar que a frustração também faz parte do desenvolvimento e esse período também está a ensinar isso”, afirma.

Fonte: Agência Brasil



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Quinta-feira, 11 de Julho de 2019
Saúde

O Consórcio Regional da Saúde do Território de Irecê vem discutindo a possibilidade da realização de mais um mutirão de atendimentos na Policlínica Regional de Irecê.

O objetivo da ação é para diminuir a demanda reprimida. Com o novo mutirão, todos os pacientes que serão beneficiados estão em fila de espera e serão avisados sobre os agendamentos previamente.

O prefeito de Lapão e presidente do Consórcio Regional da Saúde, Ricardo Rodrigues, ressalta que a ação, possivelmente,  será para realização de exames de imagens, já que a demanda é muito grande em todos os municípios da região consorciados com a policlínica.

O primeiro mutirão que ocorreu em fevereiro deste ano e atendeu diversas pessoas na área de ortopedia.

O projeto é desenvolvido pelo Consórcio Regional de Saúde de Irecê por meio da Policlínica da Regional de Saúde.

Fonte: Central Notícia



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Sábado, 25 de Maio de 2019
Saúde

A revista Nature Medicine divulgou um estudo de pesquisadores que desenvolveram uma inteligência artificial capaz de detectar, entre outras doenças, o câncer de pulmão. A doença causou 1,7 milhão de mortes em todo o mundo.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, a tecnologia está em desenvolvimento, e ainda não está pronta para uso generalizado. A tecnologia envolve tomografia computadorizada e, além de identificar cânceres, as imagens podem identificar a possibilidade de a doença se instaurar no futuro.

No entanto, ainda de acordo com a Folha, o teste pode confundir manchas benignas com malignas, e fazer com que pacientes passem por procedimentos invasivos e arriscados. Além disso, radiologistas podem ter interpretações diferentes de uma mesma imagem.

O sistema, testado em 6.716 casos, registrou 94% de precisão. O aproveitamento de falsos positivos e falsos negativos é melhor do que o de médicos. Segundo o estudo, a capacidade de processar um grande volume de dados pode tornar a inteligência artificial capaz de reconhecer padrões que são impossíveis para os olhos humanos.

Fonte: Informações da Folha de S. Paulo



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Domingo, 25 de Novembro de 2018
Saúde

Pacientes cardiológicos terão à disposição mais 64 leitos de internação, sendo 32 imediatos e outros 32 leitos em janeiro de 2019. O novo serviço do Hospital Santo Antônio das Obras Sociais de Irmã Dulce, em Salvador, foi aberto nesta sexta-feira (23) com a presença do secretário da Saúde do Estado Fábio Vilas-Boas. Ele dará suporte aos pacientes no pré-operatório de procedimentos cardiológicos e aos que precisam de acompanhamento após alguma emergência. Para o funcionamento dos leitos, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) investirá cerca de R$1,2 milhão por ano.

Essa é a primeira enfermaria cardiológica do Hospital Santo Antônio. De acordo com a gestora de saúde da entidade, Lucrécia Savernini, os encaminhamentos serão feitos via Central Estadual de Regulação. “A ideia é que os pacientes tenham todo o tratamento agilizado, seja para realizar algum procedimento cirúrgico ou pra que possa continuar o tratamento em casa quando já estiver em condições de alta médica”, explicou.

Na avaliação do secretário, o Governo do Estado tem cumprido com o seu papel em ampliar e descentralizar a assistência a saúde, em especial, na área de cardiologia. “Recentemente entregamos uma UTI cardiovascular e um novo serviço de hemodinâmica no Hospital Geral Roberto Santos, aqui na capital, e Ilhéus, implantamos o serviço de hemodinâmica no Hospital Costa do Cacau. Em 2019 serão inaugurados novos serviços de hemodinâmica nos hospitais estaduais de Barreiras e Irecê", pontuou Fábio Vilas-Boas.

O titular da pasta da Saúde ressalta ainda que há atendimento especializado em cardiologia nas oito Policlínicas Regionais de Saúde em funcionamento nos municípios de Teixeira de Freitas, Guanambi, Irecê, Jequié, Feira de Santana. Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus e Valença. Outras 10 policlínicas estão em construção nos municípios de Salvador, Barreiras, Itabuna, Jacobina, Juazeiro, Paulo Afonso, São Francisco do Conde, Simões Filho e Vitória da Conquista.

Fonte: Sesab



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Domingo, 14 de Outubro de 2018
Saúde

Foto: Sidnei Barros

Quase 75% dos casos de cegueira podem ser reversíveis. O número de pessoas cegas ou com visão comprometida no mundo chega a 253 milhões, segundo dados da Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Agência Internacional de Prevenção da Cegueira (IAPB, do nome em inglês International Agency for Prevention Of Blindness). Do total, cerca de 90%, moram em países em desenvolvimento, que não dispõem de sistemas de saúde básica mais avançados.

Segundo o presidente do CBO, José Ottaiano, um indivíduo que tem uma miopia de 4 ou 5 graus, por exemplo, se ele não corrigir esse erro refrativo, é enquadrado como deficiente visual ou sem uma visão adequada. Ele também explicou que a catarata é considerada uma cegueira reversível. “No entanto, se você não operar, o indivíduo fica com uma deficiência visual”. As principais causas de cegueira são os chamados erros refrativos, como miopia, astigmatismo, hipermetropia, que são corrigidos por graus de óculos; catarata; glaucoma; e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

Ottaiano disse que, de 1990 para 2015, houve uma queda de 4,58% para 3,37% nos problemas visuais em termos de cegueira na população mundial. “A população mundial vem andando para a frente, apesar das diferenças e particularidades entre os países”. No Brasil, de acordo com o último censo do IBGE, 45,6 milhões de brasileiros têm alguma deficiência visual, dos quais 6 milhões teriam deficiência visual importante. O restante é cegueiras ou deficiência reversíveis. O Brasil necessita de uma média de 600 mil cirurgias de catarata por ano e realiza entre 400 mil a 500 mil cirurgias.

Como forma de tratamento, o médico disse que a prevenção é muito melhor e pode ser feita, inclusive, desde antes do nascimento. A ideia é que as pessoas procurem o oftalmologista, considerando a prevenção como uma prática regular, para evitar o aparecimento de doenças visuais. “A prevenção é a palavra mágica porque, na realidade, a gente tem que tratar antes da doença. A doença já é a consequência, o indesejável”. Os esforços devem ser concentrados na educação e conscientização da população em relação aos cuidados com a visão.

Fonte: Bahia Notícias



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