Os jogadores da seleção brasileira vão receber cerca de US$ 1 milhão (R$ 3,7 milhões) da CBF se conquistarem o título na Copa do Mundo da Rússia. Seria a maior premiação já paga pela confederação em Mundiais.
O técnico Tite e seus auxiliares mais próximos também terão direito a parcela integral da premiação. Os demais integrantes da delegação receberão uma parte menor.
Somados todos os prêmios, o valor total ficaria próximo aos US$ 40 milhões (R$ 146 milhões) que serão pagos pela Fifa à seleção campeã do Mundial deste ano.
A quantia em dólares é semelhante à prometida na Copa de 2014, no Brasil. Na época, o então presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou que repassaria integralmente aos jogadores e membros da comissão técnica os US$ 35 milhões (R$ 97,3 milhões, em valores corrigidos pela inflação) do prêmio pelo título mundial. As maiores premiações também chegariam a US$ 1 milhão (R$ 2,65 milhões, em valores corrigidos).
Além da cotação do dólar --que hoje está bem mais valorizado--, a maior diferença na premiação é quanto às metas estabelecidas para pagamento do prêmio.
Agora, jogadores e comissão técnica receberão os valores em três etapas: após a convocação, quando chegarem à final e após a conquista do título. A primeira parcela da bonificação (referente à convocação) já foi paga. A conversão do prêmio para reais será feita pela cotação do dia em que a seleção alcançar a meta estabelecida.
Até o Mundial de 2014, no Brasil, a premiação paga pela CBF aumentava a cada fase que a seleção brasileira avançava na competição.
O prêmio pelo hexacampeonato é quase cinco vezes o desembolsado pela CBF na última conquista da seleção, em 2002, no Mundial disputado na Coreia do Sul e no Japão.
Na ocasião, os comandados por Luiz Felipe Scolari receberam cerca de US$ 100 mil pela vitória (aproximadamente R$ 750 mil em valores atuais).
Todos os 40 integrantes da delegação enviada para a Copa do Mundo de 2002 receberam alguma premiação.
Jogadores e comissão técnica ficaram com o montante principal. Funcionários da confederação com atribuições burocráticas receberam uma parcela menor, variando de acordo com sua posição na hierarquia da entidade.
Cozinheiras e outros membros do estafe, que não tinham credenciais da Fifa, ganharam 25% do valor.
Na época, a federação internacional repassou para a CBF US$ 7,2 milhões (R$ 53,5 milhões, em valores corrigidos) pelo título mundial.
O valor da premiação já foi informado aos integrantes da delegação brasileira, que viaja neste domingo (27) para Londres. Na Inglaterra, a equipe fará a segunda parte da sua preparação para a disputa do Mundial da Rússia.
Também em território britânico, o time disputará seu primeiro amistoso preparatório desde a convocação. A partida será, contra a Croácia, no dia 3 de junho.
A premiação pelo título foi definida antes do embarque para evitar uma tensão como a ocorrida na Copa do Mundo de 1990, disputada na Itália.
Naquele ano, uma discussão sobre a premiação tumultuou o time às vésperas do jogo contra a Argentina pelas oitavas de final, quando a seleção foi eliminada.
Nos dias que antecederam a partida, os jogadores aproveitaram o período de descanso para discutir com os cartolas o valor da premiação.
Em 1994, após a conquista do título, os jogadores ganharam cerca de US$ 80 mil.
Pela conquista do ouro olímpico, a entidade desembolsou R$ 12 milhões. Após a divisão das cotas com o estafe da seleção, cada um dos 18 atletas ficou com cerca de R$ 500 mil.
Fonte: Folhapress
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