O delegado Michael Alves concedeu entrevista ao Central Notícia para fazer um balanço sobre os cerca de seis meses em que está no comando da Delegacia de Polícia Civil em Central.
Incêndio
Michael começou o bate-papo falando sobre um incêndio que destruiu parte da estrutura física de uma emissora de rádio comunitária da cidade. O fato ocorreu em agosto do ano passado. “ Cheguei no final de setembro, peguei o inquérito parado e achei interessante uma frase que foi escrita na parede da rádio”: “esquerdista, otário, Monteiro veado”. Nessa época Pedro Lopes da Silva, o Pedrinho estava preso aqui na delegacia. Ele havia furtado um aparelho de celular numa loja e arrombado a agência dos Correios. Pela sequência de crimes que ele [Pedrinho] cometeu na mesma época, fiquei suspeitando que ele poderia ter entrado na rádio. Conduzi até Irecê para fazer o exame grafotécnico (realização de perícia com finalidade de determinar a autenticidade e autoria de escritas de fidedignidade e legitimidade controvertidas). A perícia concluiu que Pedrinho foi quem escreveu os palavrões em uma das paredes onde funciona a emissora de rádio comunitária”, frisou.
Segundo o delegado, Pedrinho foi indiciado por dano qualificado e por incêndio criminoso. “ Diante das circunstâncias, constatei que o objetivo não era furtar. Nada foi levado por ele. A motivação foi política. Ele agiu a mando de alguém”, disse. Alves ressaltou se o acusado for condenado, poderá pegar aproximadamente dez anos de prisão em regime fechado.
Homicídios
O delegado fala dos assassinatos que aconteceram na cidade. “Desde quando cheguei aqui ocorreram dois homicídios, o de Paulo Roberto Cambuí dos Santos que ocorreu no final de novembro e mais recentemente Marcos Pereira da Silva. Através de técnicas de inteligência, nós vamos conseguir elucidar o crime em que foi vítima Roberto Cambuí, pois pedimos a quebra do sigilo telefônico dele. Ele tinha dois telefones, cada um com um chip da vivo”. “ Já o segundo homicídio não tive dificuldade de esclarecer, porque tiveram várias testemunhas na rua que presenciaram o fato”. Ainda segundo o delegado Michael, o suspeito do crime é Luiz Carlos Amorim, o “Lú de Valé”, que fugiu após ter assassinado o seu rival. De acordo com Alves, Lú de Valé é periculoso, e inclusive comanda o tráfico de drogas na Rua Antônio Lopes de Lima – trecho conhecido por “Caçola Baixa”. “ Ele responde uma ação penal por tráfico e porte de arma e agora está com prisão preventiva decreta pela Justiça, por homicídio”, realçou.
Estatística
Durante o período que está atuando em Central, Michael Alves conseguiu manter o mesmo número de homicídios em 2016, que foram (03), 2017 (03) e 2018 (01). O índice de furto e roubo diminuiu em torno de 80%. “ Só houve um roubo em uma loja de celulares. Prendemos o autor, mas ele [Emerson de Jesus] acabou fugindo, porém já está com mandado de prisão decretado – não só por Central, mas também pelas Justiças das Comarcas de Irecê e Bom Jesus da Lapa”. “ E quem arquitetou todo o roubo foi Alisson Abade Teixeira, o “Galeguinho do Bradesco” que foi morto em confronto com a Polícia Militar de Central, no final do ano passado”.
Tráfico de drogas
O tráfico de drogas é um mal que assola a sociedade brasileira, infelizmente. Em Central, a polícia combateu fortemente o tráfico nos últimos meses e conseguiu alcançar resultados bastante positivos. “Galeguinho do Bradesco e Romário Freire de Souza, o Má, comandavam o tráfico de drogas no bairro do Barreirão”, disse. O corpo de Má foi encontrado em estado de decomposição na rodovia BA-052 no final do ano. Segundo a perícia, a causa da morte foi excesso de uso de drogas. Ainda conforme Alves, Romário tinha inúmeras passagens pela polícia, por crimes de tráfico de drogas e roubos, além de ter sido condenado pela Justiça, tendo ficado preso por mais de dez anos em presídios do estado da Bahia. “ O tráfico na região do Barreirão desapareceu, pois Célio Cardoso de Souza, o “Capa Rato”, com diversas passagens por tráfico de drogas, porte de arma e estupro, morreu em confronto com a Companhia de Ações Especiais do Semiárido (Caesa) e, além de Galeguinho e Má”. “O tráfico de cima (Caçola Baixa) é liderado por Lú de Valé”, finalizou.
Fonte: Central Notícia
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