Segunda-feira, 23 de Outubro de 2023
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A comunidade escolar de Seabra, na Chapada Diamantina, foi envolvida em atividades de produção científica por meio da Mostra de Conhecimento, Linguagens, Ciência e Tecnologia, promovida pelo Colégio Estadual de Seabra (CES). A escola atende cerca de 1300 alunos, incluindo estudantes da sede e de duas escolas anexas, uma delas predominantemente frequentada por alunos quilombolas.

No contexto da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), o CES realizou sua mostra anual, abordando o tema geral deste ano, ‘Ciências Ambientais para o Desenvolvimento Sustentável.’ A escola se juntou a outras 203 instituições na SNCT, com apenas 11 delas situadas na Bahia.

Durante o encontro, o chefe de gabinete da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), Marcius Gomes, enfatizou a importância da educação científica para os jovens. “A provocação desse ano é justamente fazer com que nossos jovens se aproximem do tema e possam pensar a partir do seu lugar e das suas relações a importância da ciência.”

O CES pôde realizar a mostra com o auxílio de diversas instituições, como a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), o Instituto Federal da Bahia (IFBA) e o Governo do Estado. Esse suporte foi possibilitado por meio de um edital promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). As universidades desempenharam um papel importante, organizando oficinas e palestras no espaço da escola para a comunidade.

De acordo com o diretor do CES, Celsino Teixeira, a participação das universidades em um evento produzido pela escola no ambiente escolar é uma mudança de paradigmas. “É um fato importante, primeiro por estarmos participando desse evento nacional pela primeira vez, mas especialmente por estarmos sediando. Antes, era de praxe que as universidades sediassem os eventos e nós, da educação básica, levássemos os alunos como ouvintes. Pela primeira vez, estamos como protagonistas, recebendo as universidades.”

Outras instituições de ensino públicas e privadas, tanto de Seabra quanto de outros municípios, juntamente com a comunidade em geral, tiveram a oportunidade de assistir às apresentações das pesquisas dos alunos. Além disso, participaram de uma ampla gama de atividades, incluindo palestras, oficinas, exposições artísticas, cine-ciências e rodas de conversa com autores de livros e artistas locais.

O evento também contou com a presença do professor de física Gilson Cruz, que destacou a importância de as escolas estarem preparadas para lidar com as novas tecnologias, oferecendo uma oficina de Robótica e Arduino, vindo especialmente de Salvador para participar.

Além disso, as tecnologias sociais relacionadas à agroecologia foram abordadas em uma oficina ministrada por Emílio Marques, representante da equipe técnica da Secretaria de Educação de Boninal. Durante essa oficina, os estudantes aprenderam a criar um microaspersor de palito de pirulito, uma alternativa de baixo custo para a irrigação.

Janaina Barros, que atua como coordenadora pedagógica na escola, enaltece a mostra como um momento singular em que os estudantes têm a oportunidade de compartilhar o conhecimento adquirido, atribuindo significado aos saberes que estão sendo consolidados. Essa responsabilidade de coordenação é compartilhada com a educadora Maria Joselma Noronha, que partilha da mesma opinião. “Este é um evento que promove, também, o fortalecimento cultural da nossa região que já é conhecida pelos atrativos turísticos, mas que precisa alargar os horizontes.”

A educadora Maria Joselma Noronha foi a responsável pela inscrição do projeto, que também beneficiou outros três municípios da região: Andaraí, Lençóis e Iraquara. Segundo Joselma, com base nas parcerias estabelecidas este ano, existe a perspectiva de que nas próximas edições da mostra, mais escolas possam participar e a comunidade possa se envolver ainda mais no evento

Fonte: Correio



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