A EBC, empresa do governo que administra uma rádio, uma TV e uma agência online, tem na sua folha de pagamento ao menos 83 empregados que recebem mais de R$ 20 mil por mês, além de outros benefícios. De acordo com a Coluna do Estadão, entre os concursados, o maior vencimento é de R$ 35,8 mil de uma funcionária do setor de contabilidade. Por ser mais do que o salário de um ministro do Supremo (R$ 33,7 mil), sofre o abate-teto. Há cinegrafistas que receberam, em maio, R$ 25 mil (a iniciativa privada paga, em média, R$ 4 mil) e uma secretária, R$ 27,8 mil, mesmo salário de um juiz em início de carreira. A carga horária varia de seis a oito horas de trabalho por dia.
Ainda segundo a publicação, do orçamento de R$ 726 milhões da EBC para este ano, 56% é referente a despesas com pessoal e encargos sociais. A Coluna revelou ontem que os funcionários têm benefícios como poder faltar ao trabalho para acompanhar parentes em consultas odontológicas.
Do orçamento de R$ 726 milhões da EBC para este ano, 56% é referente a despesas com pessoal e encargos sociais. A Coluna revelou ontem que os funcionários têm benefícios como poder faltar ao trabalho para acompanhar parentes em consultas odontológicas.
Outro lado
A EBC informa que os “vencimentos mais altos concentram-se entre os empregados que “obtiveram progressão salarial em décadas de carreira” ou que “recorreram à Justiça para incorporar valores a sua remuneração”. Os dados são públicos.
Farra de atestados
Há três dias, a mesma coluna noticiou que funcionários da EBC entregaram na empresa 2.845 atestados médicos e pedidos de afastamento nos últimos seis meses. O elevado número fez com que a estatal contratasse uma empresa especializada em perícia e homologação de atestados médicos. O número de atestados dá uma média de 16 por dia. O total também é maior do que o quadro de funcionários da empresa: 2.307 empregados.
Um acordo coletivo permite aos funcionários até mesmo faltarem cinco vezes ao trabalho para acompanhar parentes em consultas ao médico ou ao dentista. Outra vantagem é que o empregado só perde o salário integral após 4 meses de afastamento.
Fonte: Estadão Conteúdo
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