Sexta-feira, 18 de Setembro de 2020
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A agenda política do candidato a prefeito de Presidente Dutra pelo PSB, Pedro Rocha, não está sendo feliz esta semana. Defesa de prática criminosa em atividade midiática, citação em prática eleitoral ilegal e busca de tirar proveito político de ação comunitária independente são ocorrências que se revelaram negativas ao candidato, que disputará a prefeitura contra o ex-prefeito Robertão.

“A maré de azar de Pedro Rocha em Presidente Dutra sobrou até mesmo para o deputado Jacó e o candidato a vereador Wendel Machado, que resolveram usar as mídias sociais e emissora de rádio, para se colocarem como vítimas. Eles saíram da comunidade de Sapecado humilhados pela população, que os expulsaram do local sob intenso vendaval de vaias”, comenta Marcos Vitório, presidente do MDB do município.

Na quarta-feira, após tomar conhecimento de que seu correligionário Suedney Barretos fora condenado pela Justiça Eleitoral a pagar uma multa de R$ 25 mil, Pedro Rocha invocou a democracia e o direito à livre manifestação do pensamento. “... Digo também a todos os cidadãos e cidadãs desta terra – seja contra ou a favor às ideias políticas do nosso grupo, uma vez que o homem público que não tem medo – está sujeito às opiniões do povo”, disse Pedro Rocha em seu manifesto.

“O que ele não entende é que o direito à livre manifestação do pensamento deve ser usado fundamentado na verdade e na legalidade, o que não é o caso. Primeiro que o Suedney não emitiu uma opinião. Ele plantou uma informação falsa, na qual não consta fonte tecnicamente legal. Depois, comete o crime de divulgar dados de uma pesquisa fantasiosa. Isto é, em seu livre manifesto, Pedro faz defesa de um ato criminoso porque, em tese, ele acha que o ato o favorece. Como seria uma gestão desta, em que a pessoa defende prática criminosa para se dá bem?”, questiona o presidente do MDB, Marcos Vitório.

No dia seguinte, na quinta-feira, 17, o grupo de coordenação da agenda política de Pedro Rocha arquitetou a usurpação de uma conquista da Associação Comunitária de Sapecado, presidida por Ionara (Mahado). “Após vários anos de luta de Ionara e seus colegas da associação, junto a diversos órgãos, sem intervenção política de ninguém, foi destinado à associação um trator para as atividades agrícolas dos associados. Porém, o candidato a prefeito pela oposição, um candidato a vereador e o deputado estadual Jacó, tentaram persuadir Ionara a realizar um ato político para entrega do equipamento, o que seria feito. Mas deu errado. A presidenta até emitiu convites para o ato solene, que seria um marco histórico positivo para a sua gestão.  Porém, ao verificar que os políticos citados estariam tirando proveito de algo que não investiram um alfinete sequer, a população, sentenciou como ato de uso político e criminoso da ação, e logo se reuniu para expulsar da comunidade os candidatos e o deputado, sob uma saraivada de vaias. Pelos vídeos, Jacó e Wendel mal desceram do carro da Assembleia Legislativa do Estado e logo retornaram ao interior do veículo, saindo de Sapecado sob intensas vaias.

O outro lado

À reportagem, o deputado Jacó disse que foi convidado para um evento.   “ Para mim é uma alegria utilizar o espaço do Central Notícia e explicar ao povo o que ocorreu. Eu fui convidado para um evento em Sapecado. Tem um projeto lá que trata da produção de mamona para o biodiesel e o nosso mandado tem parceria com a cooperativa que está executando esse projeto junto com associação de Sapecado. Eles ganharam o edital da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR),  com a nossa ajuda. Fizeram um bom projeto e foi aprovado. Dentre os benefícios, estão a distribuição de equipamentos (tratores, batedeiras) para incentivar o cultivo da mamona. Levei uma pessoa de lá (para o evento em Sapecado) que é candidato ao cargo de vereador, mas eu não tinha nem noção sobre a proibição de candidatos de participar de eventos nesse período. Quando cheguei em Sapecado, desci do carro, fui hostilizado, intimidado, ameaçado por vários homens. Fui embora para não ser agredido”.

Jacó e Wendel também divulgaram áudios e se manifestaram através da rádio Caraíbas FM, citando que as vaias foram um gesto de agressão a um deputado que estava ali para entregar um bem público e que a agressão e vaias foram arquitetadas pelos aliados de Robertão.

Em vídeo, a presidente da Associação Comunitária de Sapecado, Ionara Machado contou a sua luta para conseguir o trator para a comunidade e a forma ardilosa como a equipe liderada por Pedro Rocha tentou usurpar a conquista do trator e fazer ato político eleitoreiro.

Marcos Vitório, presidente do MDB, em nota púbica, repudiou a postura do deputado Jacó e dos candidatos oposicionistas. “É inaceitável que estejamos vivendo esta prática política arcaica, em que o PT, sendo PT, aqui representado pelo deputado Jacó, insiste em praticar. O deputado vai a uma comunidade com os candidatos da sua preferência, tenta praticar um ato criminoso e ainda busca tirar proveito das ações de uma associação liderada por uma mulher. Isto é uma vergonha e uma confissão de incompetência, ausência de serviços, ausência de propostas e uma total descompostura e ainda vai para os meios de comunidade se colocar de vítima. A quem pensam que enganam? Vergonha alheia!”, diz o medebista.

Fonte: Central Notícia



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