Professores de Ibipeba saíram pelas principais ruas da cidade, na última quinta-feira, 24, para anunciar em ato pacífico, que entraram em estado de greve na última terça-feira, 21, reivindicado valorização dos profissionais de ensino e pagamento do Piso Nacional do Magistério, que estabeleceu aumento de 33,24% em 2022 e 14,95% em 2023. Com o aumento concedido pelo Ministério da Educação, no inicio letivo deste ano, o salário base dos professores chegou a R$ 4.420,55 (quatro mil, quatrocentos e vinte reais e cinquenta e cinco centavos).
De acordo com o ex-presidente da APLB/Sindicato, núcleo de Ibipeba, professor concursado da rede municipal, Elmo Moura, “a categoria entrou em estado de greve para alertar aos gestores municipais que podemos entrar em greve por tempo indeterminado em quinze dias”, informou.
Ainda segundo ele, até a manhã deste domingo, 26, nenhum representante da gestão municipal procurou os professores para dialogar sobre as pautas reivindicatórias.
Em Comunicado, a Secretaria da Educação reconhece que não foi possível acompanhar o aumento concedido ao piso nacional no ano passado, de 33,24%, em razão de extrapolar, segundo a nota, a capacidade orçamentária do município.
O órgão municipal de educação afirma também que em reunião realizada no dia 20 de março para fazer uma escuta dos professores, propôs a criação de uma comissão ou a contratação de uma consultoria de interesse da APLB/Sindicato, para a realização de estudos que comprovem a inviabilidade orçamentária em pagar os 33.24% auferidos pelo MEC em 2022.
Os professores da Rede Municipal de Ensino de Ibipeba, conforme afirma Elmo Moura, não concordam com as informações contidas na nota. “Nunca chamaram a categoria para o diálogo e todos sabem que se for comprovada a incapacidade de pagamento, o Ministério da Educação já confirmou que faz o repasse da diferença. Portanto, o que está ocorrendo é um desrespeito aos professores, por isso vamos paralisar as atividades. No momento estamos com indicativo de greve e não queremos paralisar, para evitar prejuízos à comunidade escolar, mas se não ocorrer um entendimento e reparação dos direitos dos professores, infelizmente não haverá outro jeito”, afirma o professor.
Fonte: Caraíbas FM
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