Quinta-feira, 05 de Setembro de 2024
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Foto: Divulgação

Na terça-feira, 3 de setembro, o Conselho da Área de Proteção Ambiental (APA) Marimbus-Iraquara se reuniu para debater soluções urgentes de combate aos incêndios florestais que se intensificam durante o período seco. Olivia Taylor, representante do Conselho Regional de Brigadas da Chapada Diamantina, apresentou um projeto voltado para a prevenção, monitoramento e controle de incêndios na região. A proposta visa mobilizar recursos e apoio logístico para brigadas voluntárias que atuam nas áreas mais vulneráveis da APA.

Situação crítica na Chapada Diamantina

A região da Chapada Diamantina, conhecida por suas belezas naturais, enfrenta um crescente desafio: a ameaça constante de incêndios florestais, especialmente durante os meses de seca. A APA Marimbus-Iraquara, que cobre 125.400 hectares distribuídos por cinco municípios, está em sua fase mais vulnerável, necessitando de uma resposta rápida e coordenada.

Plano de ação emergencial

Olivia Taylor destacou a ausência de um plano oficial de prevenção e controle de incêndios para a APA, sublinhando a necessidade de ações imediatas. “Estamos entrando em um período crítico, e não há tempo para desenvolver estratégias de longo prazo. Precisamos de recursos agora”, afirmou. O projeto propõe a contratação de monitores, o fornecimento de transporte para as brigadas e a reposição de equipamentos desgastados.

Desafios no monitoramento

Atualmente, as brigadas voluntárias enfrentam dificuldades significativas para realizar o monitoramento constante da APA. Pontos estratégicos como o Morro do Pai Inácio, o Mirante do Dandá e o Aeroporto de Tanquinho carecem de vigilância regular devido à falta de pessoal, transporte e comunicação adequada. “Sem transporte, os brigadistas precisam caminhar longas distâncias, o que impossibilita uma resposta rápida”, explicou Olivia.

Uso de drones como solução

Uma das inovações propostas no plano de ação é a utilização de drones para monitorar a área. Segundo Olivia, essa tecnologia permitirá uma detecção rápida de focos de incêndio e ajudará na identificação de ações criminosas. Além disso, os drones podem auxiliar na definição de estratégias de combate mais eficazes.

Melhoria na comunicação entre brigadas

Outro ponto crítico levantado foi a falha na comunicação entre as brigadas e os órgãos públicos. A falta de cobertura de celular nas áreas serranas e a escassez de rádios de longo alcance dificultam a coordenação das operações. A solução proposta inclui a criação de estações-base e a distribuição de rádios para garantir uma comunicação eficaz.

Apoio logístico urgente

Olivia também apelou para que as autoridades ofereçam suporte logístico às brigadas. Além do transporte, ela destacou a importância de fornecimento contínuo de equipamentos de proteção e combate ao fogo, fundamentais para a segurança e eficiência dos brigadistas.

O papel das brigadas voluntárias

As brigadas voluntárias, como a Brigada Voluntária do Riacho do Mel em Iraquara e a Brigada Voluntária dos Campos de São João em Palmeiras, desempenham um papel crucial no combate aos incêndios, mesmo com recursos limitados. No entanto, sem o apoio necessário, elas enfrentam grandes desafios para manter as operações.

Cooperação entre brigadas e poder público

Durante a reunião, foi enfatizado que a cooperação entre as brigadas voluntárias e os órgãos públicos é essencial para garantir a preservação das áreas protegidas da Chapada Diamantina. “Precisamos trabalhar em conjunto para evitar tragédias ambientais”, concluiu Olivia.

A reunião do Conselho da APA Marimbus-Iraquara trouxe à tona a urgência de um plano de ação imediato para enfrentar os incêndios florestais. As soluções propostas, que incluem a contratação de monitores, o uso de drones e a melhoria na comunicação, dependem agora de um esforço conjunto entre brigadas, autoridades e sociedade civil para proteger uma das regiões mais ricas em biodiversidade do Brasil.

Fonte: Jornal da Chapada



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