O ex-prefeito da cidade de Irecê, José Carlos Dourado das Virgens, conhecido por Zé das Virgens (gestão de 2008 a 2012), se defendeu nesta terça (06), durante entrevista à rádio Caraíbas, de acusações proferidas pelo também ex-prefeito do município e seu sucessor Luiz Pimentel Sobral (gestão de 2013 a 2016).
O Ministério Público Federal (MPF) em Irecê (BA) havia acionado os ex-prefeitos do município, por improbidade administrativa e pelos crimes de aplicação indevida e desvio de verbas públicas (lembre aqui).
Segundo as ações, de autoria do procurador da República Márcio Castro, os réus cumpriram apenas 20% do Convênio nº 016/2011, no valor de R$ 14,9 milhões, firmado com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Para Zé das Virgens, o MPF questiona a não compatibilidade do que foi gasto e feito. “Agora o meu concorrente [Luizinho Sobral] age com leviandade, pois ele também é réu, assim como eu sou”. “Quem vai dizer se houve fraude, desvio é a Justiça Federal e não ele”.
Em nota divulgada pela assessoria de Luizinho Sobral, diz que Zé das Virgens, prefeito entre 2008 e 2012, levou cerca de nove meses para iniciar a execução do convênio em questão, que tinha prazo de vinte e quatro meses para ser finalizado. Sobral informou ainda que José das Virgens efetuou pagamento de serviços não executados, adquiriu cimento, cujo vencimento ocorreu em dezembro de 2012, ou seja, um mês antes da posse de Luizinho Sobral, e concluiu parcialmente apenas 39 das 700 cisternas previstas para a 1ª etapa do projeto.
Zé das Virgens relatou que o processo eleitoral em 2012 não foi legal e nem democrático, existindo uma alternância de governo criminosa e abrupta. “ O meu sucessor, à época, ao invés de dar continuidade ao convênio de quase 15 milhões de reais celebrados em meu governo, preferiu passar cinco meses me investigando e fazendo auditoria. Deixei cinco milhões em caixa e R$ 65 milhões em convênios. Não tenho gado, dinheiro e nem carro de luxo, disse.
O ex-petista concluiu a entrevista dizendo que contratou um bom advogado criminalista para se defender. “ Não me apropriei de R$ 1 real desses quase 3 milhões que querem que eu devolva (sic), vou provar minha isenção e inocência nesse processo”.
Fonte: Central Notícia
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