O garoto Gabriel Serrano Ursule, de 11 anos, e sua família estão na luta para conseguir fazer com que ele possa viver uma experiência única. A de ser bailarino na Escola Bolshoi de Ballet, que é Russa, mas tem sua única filial fora do país em Joinville, Santa Catarina. Gabriel, é natural de Seabra, na Chapada Diamantina, e passou por todas as etapas de seletiva da escola, tendo ido para Ilhéus – sul da Bahia -, para a primeira seletiva e depois para a cidade catarinense.
“A segunda seletiva, em outubro, aconteceu em três etapas, em dois dias. A fisioterápica primeiro e depois seleção artística e cognitiva, todas três eliminatórias”, contou a mãe Andrea Serrano ao Jornal da Chapada. O menino estudou em uma escola que desenvolve as questões artísticas das crianças e foi lá que Gabriel ele se aproximou da dança. “Ele ficou cinco anos na escola. Lá sempre fez circo e sempre trabalhou com artes em geral, música e teatro. Ano passado uma professora de ballet de uma academia da cidade perguntou se ele estava bem fisicamente para fazer o teste do Bolshoi. Aí começou tudo”, disse Andrea.
Gabriel foi selecionado entre 4.870 inscritos e faz parte dos 40 alunos que passaram para 2019, lembrando que a concorrência é de 120 para uma vaga. Sendo confeiteira, Andrea não tem uma reserva de dinheiro para levar a família toda para Santa Catarina, Gabriel é o filho mais novo de quatro irmãos, e por isso criou uma vaquinha virtual (acesse aqui).
A criança já tem as passagens e a papelada. No entanto, para seu conforto e adaptação, toda a família quer estar ao seu lado, e o custo é muito maior. “Estava tudo pronto. Íamos deixar ele com uma cuidadora, uma mãe social, mas não achei que seria adequado para ele deixar com uma pessoa estranha. Como foi tudo acontecendo muito rápido eu não estava estruturada, mas vai a família inteira, com vaquinha ou sem”, afirmou Andrea.
Fonte: Jornal da Chapada
O ‘Circuito Transições’ estimula a produção de curtas metragens como um meio de contar histórias de pessoas nascidas no território e os seus diferentes contextos e enfrentamentos que a realidade local provoca. Esse circuito propõe revelar histórias de transformação e reinvenção de vidas, estimulando o registro documental de realidades diversas, zona rural ou urbana, tendo como guia o documentário piloto produzido pela equipe-base do projeto. Quatro propostas serão contempladas com um valor de R$ 2.500,00, que deverão custear todas as despesas de produção. Jovens entre 16 e 29 anos podem se inscrever e experiência prévia na área do audiovisual é solicitada. As inscrições estão abertas e seguem até o dia 4 de fevereiro.
O prêmio é de abrangência territorial – restrito à profissionais residentes na Chapada Diamantina – e propõe visibilizar mais realidades locais a partir do ponto de vista dos jovens premiados. Será composta uma série com o documentário piloto – resultado da etapa de produção do circuito (realizada em 2018) – e os curtas premiados. O resultado deste trabalho será exibido, a princípio, nos municípios de Marcionílio Souza, Itaetê, Bonito, Wagner e Novo Horizonte, cidades com pouco acesso a ações culturais. As exibições contarão ainda com uma roda de conversa com o público presente e estão previstas para o primeiro semestre de 2019.
Portanto, se você trabalha com audiovisual e tem entre 16 e 29 anos, comece a exercitar a sua criatividade e pesquisar casos, pessoas e histórias. Mande um e-mail para transicoes.projeto@gmail.com e acompanhe as redes sociais para acessar o edital, o formulário de inscrição e demais informações. Transições é uma realização da Coletivas Produtora e da Zanzar Filmes e recebe apoio financeiro da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia através do edital 24/2016 – Territórios Culturais.
Fonte: Assessoria
Na manhã desta quinta feira (10), o Grupo de Policiamento Tático (GPT) da Polícia Rodoviária Federal realizava fiscalização no Km 408 da BR 242, em Seabra, na região da Chapada Diamantina, quando abordou o veículo de carga Mercedes Benz, conduzido por um homem de 39 anos, transportando sacas de carvão vegetal.
Após consultas, verificou-se que a carga composta por 860 sacos de carvão, em tamanho uniforme, e custando no mercado cerca de R$ 43.000,00 (quarenta e três mil reais), estava sem os documentos de porte obrigatório fiscal e florestal, sendo transportada de forma irregular.
O condutor do veículo afirmou para os agentes federais que tinha conhecimento da ilegalidade do transporte de carvão sem a devida documentação e que trabalha para o proprietário do veiculo há 2 anos.
Diante das informações obtidas, foram constatados os delitos de transporte de mercadoria nacional sem nota fiscal e de transportar, adquirir, vender, madeira, lenha, carvão sem licença válida.
Os veículos e a carga foram conduzidos para a Polícia Civil de Seabra para os procedimentos legais cabíveis.
Vídeo:
Fonte: PRF-BA
Cíntia Sena dos Santos, 20 anos, foi capturada, mas seu companheiro, Matheus Bispo Almeida, ainda está sendo procurado.
Cíntia Sena dos Santos, 20 anos, foi presa por uma equipe da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Chapada), na tarde desta quarta-feira (9), em sua residência, no bairro Dom Matias, em Ruy Barbosa, na região da Chapada Diamantina, de posse de 13 trouxas de maconha, seis pinos de cocaína, além de R$ 20.
No momento, estava em companhia de seu parceiro, Matheus Bispo Almeida, 22 anos, que conseguiu fugir. Esta ação foi provocada por denúncias de moradores da comunidade, que alertaram a unidade policial, através do disque-denúncia da companhia, para o fato de o casal traficar drogas na Vila da Dignidade.
A guarnição iniciou a patrulha pela área, quando avistou Matheus. Este, percebendo a presença dos policiais militares, entrou em casa e desapareceu por um matagal. Cíntia também tentou fugir, mas acabou presa. No quarto do casal, foram encontradas drogas (13 trouxas de maconha e seis pinos de cocaína) e R$ 20.
“Já sabíamos que a dupla traficava naquele bairro e estávamos em seu encalço há algum tempo”, afirmou o comandante da Cipe/Chapada, major Ricardo Passos Conceição, lembrando que “buscas estão sendo feitas, inclusive na zona rual, para capturar Matheus”. Embora primária, Cíntia foi autuada em flagrante, na Delegacia Territorial de Ruy Barbosa, em razão de as drogas terem sido apreendidas em seu poder.
Fonte: SSP/BA
O Marimbus é considerada uma área de proteção ambiental e o cenário deslumbrante permite avistar a fauna e flora (Foto: Reprodução/Compartilhe Viagens)
A Chapada Diamantina, além de grutas, cachoeiras e morros, tem locais para passeios incríveis, como o famoso Pantanal de Marimbus. É um passeio imperdível para os aventureiros e quem tem disposição, já que para chegar até lá é preciso remar por cerca de uma hora e meia, e mais duas remando contra a corrente para voltar.
O Marimbus fica entre os municípios de Lençóis e Andaraí e o ponto de partida para o mini-Pantanal no semiárido baiano é a partir da comunidade quilombola de Remanso, localizada a cerca de 20 quilômetros da cidade de Lençóis. Na comunidade aluga-se canoas ou barcos a remo para descer o rio até pertinho da cachoeira do Roncador, onde ele deságua no rio São José.
De acordo com informações, o Marimbus é considerada uma área de proteção ambiental e o cenário deslumbrante permite avistar a fauna e flora da região com flores aquáticas parecidas as existentes no pantanal Matogrossense e Amazonense.
Fonte: Jornal da Chapada
Uma equipe da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe-Chapada) em diligência na tarde da última segunda-feira (07) para averiguar denúncias sobre tráfico de drogas na Rua A, casa 06, Bairro Casas Populares, em Utinga, na região da Chapada Diamantina, apreendeu uma espingarda artesanal de cano curto, sementes e uma porção de maconha.
Segundo a polícia, após a chegada dos militares no local, dois suspeitos conseguiram fugir.
O material foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil.
Fonte: Central Notícia
Após a lamentável decisão de anular a sessão da Câmara Municipal que aprovou por unanimidade o Projeto de Lei nº 021/2018, o vereador Marcos Pires agora é alvo de uma Nota de Repúdio assinada pela APLB –Sindicato dos Trabalhadores em Educação.
O Projeto, que permitiria que a Prefeitura realizasse o pagamento dos salários da Educação através de uma simples suplementação de recursos já existentes em caixa, foi anulado pelo presidente da casa legislativa de “forma unilateral e arbitrária”, desrespeitando a decisão unânime dos vereadores.
Na Nota de Repúdio ao vereador Marcos Pires a APLB Sindicato dá um puxão de orelha no presidente da casa ao lembrá-lo que as suas obrigações com a população deveriam estar acima de tudo. “Quem se dispões a assumir um cargo eletivo está para defender os interesses do povo não permitindo jamais que os interesses políticos partidários sobreponham os interesses coletivos”, diz a Nota.
O que se vê em Seabra é um município refém dos caprichos de um único vereador, que parece exercer uma autoridade sem limites sobre a sua bancada de oposição. O presidente da Câmara Municipal, o vereador Marcos Pires, demonstrou pouco se importar com as consequências da sua anulação, desde que cumprisse o único papel de atingir o seu desafeto pessoal, o prefeito Fábio Miranda.
Esta não foi a primeira decisão tomada por Pires, com intuito de afrontar o prefeito Fábio Miranda, e com certeza não será a última. A população de Seabra deve ficar atenta a esta lamentável quebra-de-braço protagonizada pelo legislativo seabrense.
Leia na integra a Nota de Repúdio ao vereador Marcos Pires publicada pela APLB de Seabra:
Os trabalhadores em educação da rede municipal de Seabra, vem por meio desta repudiar a atitude do Presidente da Câmara de Vereadores, o Sr. Marcos Pires, que forma unilateral e arbitrária, impede o pagamento do salário de dezembro de todos os trabalhadores em educação deste município.
O projeto de suplementação encontrava-se na casa legislativa desde o mês de outubro, entretanto só foi colocado em votação no dia 26 de dezembro em sessão extraordinária, porém não foi encaminhada ao executivo em tempo hábil, sendo posteriormente anulado pelo próprio presidente usando a desculpa pífia que o projeto não tinha o parecer das comissões. A experiência de dois anos que o mesmo tem, não permite desconhecer os trâmites legais da casa legislativa, principalmente sabendo da importância e tal projeto, pois os salários são a única fonte de sobrevivência de pais e mães de famílias. Entendemos que as divergências políticas ente poderes não pode prejudicar uma categoria.
Vale ressaltar que em reunião com a APLB Sindicato e do CME, o referido presidente afirmou que em nenhuma hipótese a Câmara de Vereadores tomaria uma atitude que prejudicasse os servidores públicos municipais.
Quem se dispões a assumir um cargo eletivo está para defender os interesses do povo não permitindo jamais que os interesses políticos partidários sobreponham os interesses coletivos.
Diante do exposto, a assembleia dos trabalhadores em educação decide repudiar a atitude mesquinha do Sr. Marcos Pires, ao prejudicar toda a categoria.
Fonte: APLB Sindicato
Na manhã desta quinta-feira (03), por volta das 09h, um grave acidente envolvendo um caminhão e um micro-ônibus deixou pelo menos seis mortos e 23 feridos em Seabra, na região da Chapada Diamantina.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), outros três veículos de passeio foram atingidos pelo caminhão, que não conseguiu parar após bater no micro-ônibus. O trágico acidente aconteceu na entrada da cidade, na BR-242, próximo a um posto de combustível. O micro-ônibus vinha do estado de Goiás e seguia para Senhor do Bonfim, no centro norte da Bahia.
Os corpos das vítimas, ainda sem identificação, serão removidos para o Instituto Médico Legal de Irecê (IML). Os sobreviventes foram levados para o Hospital da Chapada, em Seabra. Não há informações sobre o estado de saúde deles.
Os veículos ficaram destruídos após a batida. As causas do acidente serão investigadas.
Fonte: Central Notícia
O último dia do ano de 2018 foi de muito trabalho para os policiais militares da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe-Chapada). Na última segunda-feira (31), no município de Ipupiara, na Chapada Diamantina, por exemplo, duas armas de fogo foram apreendidas pelos militares. Durante patrulhamento, por volta das 2h, após relatos de transeuntes, a Cipe-Chapada foi averiguar se dentro de uma construção de uma creche próximo ao lago no bairro das casas populares havia mesmo homens em atitude suspeita.
“De imediato a guarnição se dirigiu até o local, onde encontrou somente uma espingarda de fabricação caseira e três trouxinhas aparentando ser maconha. Já por volta das 9h, ao se deslocar pela BA-156, próximo à Vila Ibepetum, um homem ao avistar a viatura jogou uma espingarda no chão e adentrou no mato não sendo possível alcançá-lo”, salienta nota do major Ricardo Passos, comandante da Cipe-Chapada. Todo o material foi entregue na Delegacia de Seabra ao delegado Marcos Pereira Santa Bárbara.
Fonte: Com informações da Cipe-Chapada
Produtores da Chapada Diamantina apostam em produtos refinados (Foto: TV Bahia)
De terra fértil e clima ameno, a Chapada Diamantina, na Bahia, já muito conhecida pelo turismo, está se tornando também um polo de produtos sofisticados. Hoje, quem visita a região pode tomar bons vinhos locais, comer queijos variados, embutidos e defumados. São produtos que nascem no campo e movimentam a economia rural.
Silvano Leal é um dos produtores que apostam nesse novo mercado. Ele tem uma fazenda de 62 hectares em Morro do Chapéu, onde cria 350 cordeiros para engorda. Ao lado do filho, cuida de cada detalhe da propriedade, desde o milho que vai ser usado na ração até a escolha da genética dos animais.
Todo os animais da fazenda já têm mercado certo. Um dos compradores é Benedito Maciel Aguiar, dono de uma fábrica de embutidos, a primeiro do gênero em toda a chapada.
"Sempre foi meu sonho, mas para construir isso aqui eu tive que me desfazer de uma fazenda. Eu era produtor de café e também produtor de ovinos", conta.
A fábrica tem capacidade para 2 toneladas por dia, mas por enquanto processa 700 quilos. De lá saem pernil, paleta, carré, costela e t-bone de carneiro e as sobras das peças de carne vieram embutidos: linguiças bem temperadas com sal, ervas e toucinho. Já são 30 produtos no cardápio.
Depois de tudo preparado e temperado, as peças das carnes, as linguiças e outros embutidos são levadas para o defumador, o lugar mais importante da produção, onde a temperatura varia entre 60 e 80 graus. O processo é todo artesanal.
"É um processo que requer muito cuidado porque a temperatura tem que ser controlada, não usamos aditivos químicos. Essa característica a gente não pode perder, que é justamente o nosso diferencial", diz Maurício Aguiar, engenheiro de produção, filho e braço direito de Maciel.
O cardiologista Rogério Roney Rocha Martins é dono de uma fazenda perto de Morro do Chapéu e investe na produção de queijos finos.
A fazenda tem montanhas de pedra e o clima propício para a criação de vacas leiteiras. A área utilizada para a produção de queijo ocupa 8 hectares, apenas 0,5% das terras que Roney herdou do avô. No resto ele não mexe, porque quer manter a paisagem.
Para viabilizar a queijaria, o médico precisou vender a maior parte do rebanho. Errando e acertando, chegou ao equilíbrio que pretendia. Hoje trabalha apenas com duas raças: holandesa e Jersey.
A escolha tem um motivo. "O leite deve ter alguns teores de gordura e proteína adequados para cada tipo de queijo. Então ou eu faço isso em laboratório, o que eleva o custo, ou tento fazer a campo. Aí faço o blend desse leite e consigo fazer todo tipo de queijo", afirma.
Com a mistura, ele diz que conseguiu aumentar o rendimento da produção em até 30%. Hoje, 7 litros de leite rendem, em média, 1 quilo de queijo. Além da seleção das raças, o cuidado com a alimentação dos animais é fundamental para a qualidade do produto final: o rebanho come capim nativo e outras variedades plantadas.
"Cada um tem uma particularidade. A matéria verde é essencial principalmente no teor de gordura, que é o que vai dar a característica, mais sabor ao queijo", explica o veterinário Flávio Souza.
Cada vaca produz cerca de 20 litros de leite por dia, uma boa média, suficiente para abastecer a queijaria.
Dentro da queijaria, o leite é pasteurizado em banho-maria. Depois de meia hora a 65 graus, não há risco de contaminação. O processo serve para matar as bactérias que o produto adquire durante a ordenha. Mas como é impossível fazer queijo sem bactéria, elas precisam ser repostas artificialmente.
No caso da fazenda de Roney, que produz mais de 30 variedades de queijos finos, as bactérias vêm de longe. "São bactérias próprias para que o queijo desenvolva o sabor, o aroma, a coloração", explica.
O doutor segue receitas clássicas de queijos italianos, franceses e suíços, mas gosta também de criar o seu próprio, como um que é feito com rapadura.
Para ele, o que confere sabor único a seus produtos é o chamado "terroir". "É aquela combinação de temperatura, umidade, pressão atmosférica, até a água", afirma.
Conheça a produção de uvas e vinhos da Chapada Diamantina
Vinhos experimentais
As parreiras de uva também compõem o cenário da Chapada Diamantina. Na região da Serra do Sincorá, município de Mucugê, a fazenda Progresso, que cultiva café há 20 anos, está apostando também na produção de vinhos.
"Eu costumo dizer que onde dá café, dá vinho. Porque as condições exigidas para um café de qualidade são as mesmas em termos climáticos que se exige também numa vinícola de qualidade", diz Fabiano Borré, administrador da propriedade.
O tipo de solo da região também contribui para a qualidade final do vinho. Por ser bem drenado, permite que as raízes, das plantas alcancem as camadas mais profundas.
O projeto na fazenda começou em 2015 com 14 hectares, hoje já são 32. São 10 variedades de uvas plantadas, irrigadas por gotejamento.
Do campo, as uvas seguem para a vinícola e são descarregadas em um tonel de alumínio que fica no teto do prédio. A fruta entra e já sai esmagada lá embaixo: o suco é armazenado em tanques de aço inox trazidos da Serra Gaúcha. Lá, o líquido fermenta, transformando os açúcares em álcool e vinho.
Por enquanto, a produção anual é de 15 mil garrafas, mas a ideia é elevar para ao menos 400 mil garrafas a partir de 2021, quando os primeiros rótulos devem chegar ao mercado.
Em Morro do Chapéu, Norte da Chapada, a produção de uvas ocorre em pequenas propriedades. Em uma delas, de 1,5 hectare, já trabalham 10 funcionários fixos. Durante a colheita, o número sobe para 30. Segundo o dono da propriedade, Ciro Mirante de Azevedo, a ideia é ampliar a plantação para 5 hectares, posteriormente.
Ciro não está sozinho. Hoje, os parreirais de Morro do Chapéu somam 10 hectares. Mas a expectativa é de que essa área aumente muito nos próximos anos e, para organizar o crescimento, os pequenos produtores do município criaram uma cooperativa, que já conta com 34 integrantes.
"Nós estamos com expectativa de produzir uma faixa de 10 mil a 20 mil hectares. Nós abrimos o horizonte não só para o vinho, que é nosso carro-chefe, porque vamos produzir um vinho de excelente qualidade. Mas vamos também derivar para produzir passas, sucos e vinagre", diz Damares Rodrigues, presidente da Cooperativa Vinícola da Chapada Diamantina.
Outro sítio, de 5 hectares, também está fazendo sua primeira colheita de uvas. Há três anos, o proprietário e agrônomo Jairo Vaz trocou a cidade pelo clima da chapada e diz que está realizando um sonho.
A produção na propriedade de Jairo é orientada por Giuliano Pereira, enólogo da Embrapa Uva e Vinho, uma das autoridades em uvas viníferas do Brasil. Ele diz que um dos segredos em um vinhedo tão jovem é não sobrecarregar a planta.
"No início nós temos que focar no estabelecimento dessa planta, na formação radicular. Se nós deixarmos toda a produção, os dois cachos, vai comprometer a formação, então é preferível eliminar, deixar um só", explica.
Morro do Chapéu ainda não tem nenhuma vinícola mecanizada, por isso os produtores precisam mandar a maior parte de sua safra para as vinícolas do Vale do São Francisco, a 400 quilômetros de distância. A menor parte, cerca de 10% da colheita, deixam na cidade mesmo, para a produção artesanal.
O pessoal do sítio faz tudo à mão: retira os engaços, examina os cachos para não deixar passar nenhuma uva mal formada. Na hora do esmagamento, proprietário e enólogo também colocam a mão na massa.
Em pequenos barris de carvalho, Jairo guarda os primeiros vinhos que produziu. Quanto mais tempo no barril, maior o valor agregado à bebida.
É um vinho que apresenta um excelente potencial. Tem uma bela coloração, um vermelho rubi, aromas frutados, especiarias. Na boca está equilibrado, ou seja, um bom vinho para uma produção experimental.
— Giuliano Pereira, enólogo da Embrapa Uva
Segundo ele, o produto terá condições de competir com vinhos de outras regiões do Brasil e do mundo, como Europa e Estados Unidos.
Vinhos saborosos, queijos variados, cordeiro defumado, embutidos. Com produtos como esses, a Chapada Diamantina vai consolidando sua nova vocação: uma região turística que também é terra de agricultura, criação e alimentos sofisticados.
Fonte: G1
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