Foto: Reprodução
A paisagem de cachoeiras, vales e serras é deslumbrante, mas o solo avermelhado da cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina, não colabora muito. Com baixos níveis de nutrientes, acidez elevada e uma estrutura química pouco amigável à agricultura, o solo da região é uma latossolo típico, pobre em nutrientes essenciais como fósforo, potássio, cálcio e magnésio.
Já não bastasse isso, o solo sofre com a degradação provocado pelas atividades humanas, o que contribui ainda mais para essa deficiência. Mas isso começou a mudar em 2014, ano em que pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura, sediada na cidade de Cruz das Almas, no Recôncavo baiano, em parceria com a Bioenergia Orgânicos, empresa agroindustrial com sede em Lençóis, deu início a um processo de recuperação e manejo do solo com foco na agricultura orgânica.
Em 2010 a empresa já havia buscado a Embrapa para formalizar uma parceria para produção orgânica de frutas, mas as ações efetivas de campo só foram iniciadas quatro anos depois. Mas antes da germinação de qualquer coisa que se propusessem a plantar era preciso, tratar aquela terra.
“O solo é a base para o cultivo, principalmente em sistemas orgânicos. O cultivo orgânico de fruteiras tem crescido no Brasil, também no estado da Bahia e a Chapada Diamantina é uma região promissora no Estado”, diz Ana Lúcia Borges, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura e representante da Empresa na Comissão de Produção Orgânica da Bahia, fórum composto por membros de entidades governamentais e não governamentais.
A área escolhida para o plantio pertence à Bioenergia Orgânicos e é caracterizada por latossolos vermelhos-amarelados distróficos, tipo de solo comum na Bahia, mas sabidamente pobre. O excesso de alumínio e a baixíssima presença de cálcio, magnésio e potássio compunham um cenário desolador para quem pensasse em cultivar frutas tropicais por ali.
Além disso, o pH era abaixo de 5,0, o que classificava o solo como muito ácido e prejudicial para a maioria das culturas. A título de comparação, o pH 5,5 a 6,5 é encontrado em solos levemente ácidos, mas ainda assim esse efeito é ideal para a maioria das plantas.
A equipe, diz a pesquisadora, começou avaliando os atributos físicos, químicos e biológicos da área, já que era preciso mais que adubo para tratar aquele solo, naturalmente castigado. Era necessário entendê-lo e cuidá-lo com técnicas sustentáveis. A primeira intervenção, portanto, envolveu a aplicação de calcário e gesso, além de duas formas distintas de preparo do solo: o convencional arado, removendo camadas superficiais da terra de até 30 cm e de gradagem, etapa que acontece depois da aração, onde se nivela a terra.
Na sequência, foram incorporadas coberturas vegetais com um coquetel de leguminosas e gramíneas: feijão-de-porco, mucuna-preta, milheto e sorgo. Espécies que são fundamentais por enriquecerem o solo com matéria orgânica e aumentarem sua capacidade de retenção de nutrientes. As plantas de cobertura foram plantadas, roçadas, replantadas, e novamente roçadas.
“Após, aproximadamente, 100 dias as coberturas vegetais foram roçadas e a fitomassa mantida no solo. Houve uma rebrota, novo plantio das espécies vegetais, rebrota e roçagens das coberturas vegetais. Após 24 meses deste preparo do solo foi realizado o plantio das bananeiras”, conta a pesquisadora.
A matéria seca ficou no solo, agindo como adubo natural. Essa diversidade de espécies e a decomposição gradual delas fizeram a diferença. O resultado foi quase imediato: em apenas sete meses, os teores de cálcio e magnésio aumentaram em mais de 1.000%, e o potássio teve crescimento de 71%. O solo passou a respirar.
“As plantas de cobertura são fontes de matéria orgânica e a matéria orgânica proporciona melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo, bem como dá garantia de produtividade e qualidade dos produtos agrícolas nos sistemas orgânicos de produção. O manejo solo com espécies vegetais é fundamental no sistema orgânico e a melhoria dos seus atributos químicos, físicos e biológicos é a base para o sucesso da produção”, explica Ana Lúcia.
Com o solo recuperado, a etapa seguinte foi o plantio da banana “BRS Princesa”, variedade desenvolvida pela própria Embrapa e adaptada ao cultivo orgânico. Essa variedade se parece com a banana-maçã, porém menor e com um sabor mais suave. Além disso, é resistente a doenças como a sigatoka-negra, que ataca as folhas de bananeiras, e a murcha de Fusarium, ou Mal-do-Panamá, que afeta as raízes e o caule da planta.
No primeiro ciclo, diz a pesquisadora, a produtividade surpreendeu. O resultado foram bananeiras com mais folhas, pseudocaules mais robustos e cachos mais pesados. No segundo ciclo, por sua vez, os ganhos se acentuaram. “Além do número de frutos, notadamente no segundo ciclo. A dose de gesso mineral que aplicamos também aumentou o número de folhas e a área foliar no florescimento, a massa do cacho e a produtividade estimada, no primeiro ciclo”, explica a pesquisadora.
Ana Lúcia ressalta que a banana ‘BRS Princesa’ se mostrou ideal para a região não apenas pela produtividade, mas pela resistência natural às principais pragas, o que elimina a necessidade do uso de defensivos químicos. Em sistemas orgânicos, diz ela, isso representa uma economia importante e uma garantia de qualidade para o consumidor.
“Uma das recomendações para o sistema orgânico é que a variedade da cultura a ser plantada deve ser adaptada às condições locais e resistentes à pragas e doenças. Por isto considera-se que a BRS Princesa é adequada, por ser resistente às principais doenças da bananeira”, explica.
A ideia é que o experimento, que também foi Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) não beneficie apenas a empresa parceira, mas que essas práticas sejam também replicadas por produtores vizinhos, fazendo com que a experiência de Lençóis vire modelo em cursos e palestras sobre agricultura regenerativa na Bahia.
“Os resultados foram apresentados em eventos e continuam sendo divulgados em palestras e cursos ministrados. Na empresa parceira as práticas recomendadas estão sendo adotadas e os produtores vizinhos e outros da região podem conhecer os resultados positivos da prática. Geramos publicações sobre a forma correta de amostragem de solo e as características de espécies de plantas de cobertura do solo, para poderem melhorar os atributos físicos, químicos e biológicos do solo e com isso a sua qualidade”, destaca a pesquisadora.
Os resultados do experimento, continua ela, também servem como base para políticas de conversão agroecológica em outras regiões, especialmente nas áreas onde predominam os latossolos distróficos, comuns em diversas partes da Bahia e do Nordeste.
“As práticas empregadas, como preparo mínimo do solo e uso de plantas melhoradoras, reduzem os riscos de erosão e poluição por nitrato. Ao substituir a adubação nitrogenada mineral pela orgânica, promovemos uma agricultura mais limpa e resiliente”, conclui a pesquisadora.
Fonte: Correio
Foto: Divulgação / Polícia Civil
Um homem foi preso acusado de matar o próprio irmão em Iraquara, na Chapada Diamantina. Segundo a Polícia Civil, o mandado de prisão preventiva foi cumprido na quinta-feira (8). O acusado, que não teve o nome informado, é apontado como autor da morte do irmão, identificado como Gilmar Batista de Sá Teles.
O crime ocorreu após a vítima ser atingida por golpes de faca depois de uma desavença entre os dois, no dia 6 de abril passado, no povoado de Capim de Azeite, na zona rural de Iraquara.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido por equipes da delegacia da cidade em conjunto com a Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI/Depin). Na delegacia, o homem confessou o homicídio. Ele segue preso na unidade policial, à disposição da Justiça.
Fonte: Bahia Notícias
Foto: Divulgação
Um especial sobre a Chapada Diamantina, na Bahia, fez o Globo Repórter registrar sua maior audiência de 2025 em São Paulo e no Rio de Janeiro, na última sexta 02/05. Em São Paulo, foram 15 pontos de audiência e 30% de participação. No Rio, 18 pontos de audiência e 33% de participação.
Já no sábado 03/05, foi a vez de o Supercine, com o filme Casa Gucci, marcar sua melhor audiência deste ano no Rio de Janeiro, com 9 pontos de audiência e 31% de participação. O filme, estrelado por Lady Gaga, foi exibido logo após o apoteótico show da cantora na Praia de Copacabana.
Fonte: As informações são do site Terra.
Foto: Tiago Dantas/Sema
Para mapear os impactos da seca e subsidiar ações emergenciais e estratégicas adotadas pelo Governo do Estado na sub-bacia do Rio Utinga, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) ampliou, nesta última terça-feira (1º), o monitoramento ambiental e hídrico na região. Durante três dias, uma equipe técnica sobrevoou, com drones, os pontos mais críticos da bacia, nos municípios de Wagner e Utinga, coletando imagens dos cursos d’água e da vegetação nativa.
O analista e operador de drones do Inema, Danilo Lima, ressaltou que o uso dessa tecnologia tem sido essencial para fazer um diagnóstico do cenário atual das matas ciliares e dos rios. “Os sobrevoos nos permitem capturar imagens detalhadas, que embasam as análises dos técnicos na busca por soluções mais eficazes. Hoje, estamos mapeando as matas ciliares da região para avaliar seu estado de conservação e os impactos na disponibilidade hídrica. Já registramos um perímetro de aproximadamente 22 km”.
Os drones são equipados com câmeras de alta resolução que conseguem capturar imagens de áreas com grandes extensões e de locais que são praticamente impossíveis de alcançar por terra. “Essas imagens são processadas com o auxílio de softwares especializados para identificar, por exemplo, mudanças na cobertura vegetal e possíveis intervenções nos cursos de rios e fontes”, explicou o analista.
A ação é um desdobramento da campanha “Dia do Rio Utinga”, lançado em 2024, que combina ações de sensibilização, educação ambiental, monitoramento e regularização ambiental e cadastral dos usuários.
Segundo Bruno Barros, técnico do Inema, além de diagnosticar as causas da escassez, a ação faz parte de um conjunto de ações concretas, envolvendo diretamente o poder público, as comunidades locais e os usuários.
“São recursos tecnológicos que chegaram para agregar ao trabalho que tem sido realizado, embora a nascente nunca tenha deixado de abastecer a barragem, sua vazão é irregular. O desafio maior não é apenas a disponibilidade da água, mas sua gestão entre os usuários do território para a manutenção da vazão ecológica do rio, reforçando que este é um compromisso de todos, o de preservação e o uso sustentável da água”, pontuou.
Sobre a bacia do Rio Utinga
Com cerca de 70 km de extensão, o Rio Utinga fornece água doce essencial para a agricultura, consumo humano, produção e a manutenção da biodiversidade. O rio é responsável pelo abastecimento de grande parte da população dos municípios de Utinga, Wagner, Lajedinho e Andaraí. Percorre, além desses municípios, Lençóis, Nova Redenção e Bonito. Suas águas são usadas para consumo humano e animal e as grandes responsáveis pelo desenvolvimento econômico de toda a região, através da agricultura familiar, irrigada, pecuária e a piscicultura.
Fonte: As informações são de assessoria.
Foto: Divulgação
Um incêndio de grandes proporções atingiu uma região de mata na Chapada Diamantina no início da tarde desta quinta-feira (27). Em vídeos enviados ao Bahia Notícias, nesta noite, as chamas se aproximam do Morro do Pai Inácio, no município de Palmeiras, uma das grandes atrações do parque nacional da Chapada. Segundo relatos, o incêndio se iniciou em Mucugêzinho.
Conforme as imagens, as chamas avançam rapidamente, e chegam a ficar muito próximas de residências da região. Moradores fizeram apelos pedindo urgência na contenção do incêndio, pedindo para que as prefeituras de Palmeiras e de Seabra enviassem carros pipa.
Pessoas que estão no local informaram ao Bahia Notícias que uma equipe de brigadistas do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e da Secretaria do Meio Ambiente de Palmeiras estão no local.
No domingo (23), um helicóptero do Grupamento de Operações Aereas (GOA) do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) iniciou o reconhecimento aéreo nos incêndios florestais que atingem a Chapada Diamantina. Na ocasião, as chamas as equipes atuaram no Morro do Macaco, no município de Iraquara, na BR-242, próximo ao Rio Santo Antônio e numa fazenda localizada na cidade de Wagner.
Fonte: Bahia Notícias
Foto: Reprodução
Uma turista de Londres precisou ser resgatada, no último sábado (8), após sofrer um acidente durante uma trilha no Vale do Pati, na Chapada Diamantina.
A mulher fraturou o tornozelo e não conseguiu seguir caminho, exigindo a intervenção do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA).
Os bombeiros caminharam cerca de 7 km até a região da Igrejinha, onde resgataram a vítima. Ela já estava com o tornozelo imobilizado, graças ao atendimento de uma médica que passou pelo local.
A equipe passou ao lado do turista durante toda a noite, garantindo sua segurança até a chegada do helicóptero.
O resgate foi realizado pela aeronave Fênix 01, que levou a mulher até Tanquinho de Lençóis. Lá, uma ambulância já estava aguardando para transportá-la por terra até o Hospital Regional da Chapada, em Seabra.
A turista recebeu atendimento especializado e se recupera sob cuidados médicos.
Fonte: Da Redação
Foto: Reprodução
O café da Chapada Diamantina conquistou, no fim de 2024, o selo de Denominação de Origem (DO), certificação inédita para a cafeicultura baiana. O reconhecimento tem impulsionado pequenos produtores a investir em marcas próprias e impulsionado o turismo rural na região.
A produção de café sempre foi uma tradição na Chapada Diamantina, mas enfrentou desafios na década de 1970, quando preços desanimadores e doenças nas lavouras levaram muitos produtores a abandonar o cultivo. Esse cenário reduziu significativamente a produção na região por anos.
Atualmente, municípios como Piatã e Ibicoara simbolizam a retomada do café de alta qualidade, conquistando reconhecimento em premiações nacionais e internacionais desde 2019. O retorno do cultivo sustentável e valorizado tem impulsionado a economia local e fortalecido a identidade cafeeira da região.
Novas possibilidades
Para Sivaldo da Silva Luz, presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais de Ibicoara e Chapada (Copric), a cafeicultura na região vive um momento promissor, tornando-se mais atrativa para os produtores. O reconhecimento da Denominação de Origem trouxe novas oportunidades, agregando valor ao café da Chapada Diamantina e fortalecendo a identidade do produto no mercado.
Esse avanço ocorre em um cenário favorável, impulsionado pela valorização do grão. Nos últimos 12 meses, os preços do café mais que dobraram no mercado internacional, incentivando ainda mais os pequenos produtores a investirem na qualidade e diferenciação de suas marcas.
Para Sivaldo da Silva Luz, presidente da Copric, a cafeicultura na região vive um momento promissor - Foto: Reprodução/ O Globo
Para Sivaldo da Silva Luz, o grande diferencial do café da Chapada Diamantina está no terroir, influenciado pela altitude elevada, temperaturas amenas e pela presença da Mata Atlântica. Além disso, o cuidado manual na colheita garante um produto de alta qualidade, fatores que foram reconhecidos com o selo de Denominação de Origem. Esse reconhecimento não apenas fortaleceu a identidade do café regional, mas também contribuiu para a geração de renda dos produtores locais.
Luz relembra as dificuldades enfrentadas pela comunidade durante a crise da cafeicultura nos anos 1970, quando muitas famílias enfrentaram empobrecimento e escassez de alimentos. “Não tínhamos como sobreviver sem o café, e só havia banana para comer”, recorda.
Conhecido como Canjerana, em referência ao sítio onde cultiva, o café de Sivaldo da Silva Luz é comercializado torrado e moído em três categorias: tradicional, gourmet e especial. Além de fornecer para torrefadoras baianas e grandes empresas como Nestlé e Três Corações, ele aposta no crescimento da própria marca, valorizando a produção local.
Os cafés certificados, premiados ou com selo de qualidade fazem parte da categoria de “cafés diferenciados” e possuem um valor de mercado entre 15% e 50% superior ao do café tradicional no varejo. De acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), os produtores que investem nesses grãos recebem, no mínimo, R$ 600 a mais por saca de 60 quilos em comparação ao café convencional. Na última sexta-feira, o indicador Cepea/Esalq apontou o preço do café arábica em R$ 2.482,22 por saca, mas, dependendo das características do café especial, o valor pago ao produtor pode ser até três vezes maior.
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Os cafés da Chapada Diamantina são comercializados em armazéns especializados, pela internet ou diretamente pelos produtores, alcançando consumidores com preços que variam conforme a qualidade e certificação do grão. A região se destaca pela produção de cafés especiais, o que tem impulsionado investimentos em novas variedades e técnicas de cultivo.
Entre os planos para o futuro, a produtora Isabela pretende introduzir o geisha, uma variedade panamenha de alto padrão, geralmente cultivada acima de 1,4 mil metros de altitude e considerada uma das mais caras do mundo. “Definitivamente, o geisha se daria bem aqui e ficaria até melhor”, afirma, destacando o potencial da Chapada para agregar ainda mais valor ao café baiano.
Atualmente, a Bahia ocupa a quarta posição na produção nacional de café arábica, ficando atrás de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Em 2024, o estado colheu 3,4 milhões de sacas, das quais 34% vieram da Chapada, somando 1,16 milhão de sacas. Para 2025, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de um aumento para 3,6 milhões de sacas em todo o estado.
Fonte: O Globo
Fotos: André Reis/Ascom Sema|Inema
As visitas técnicas a povoados e assentamentos marcaram a terça-feira (11) na sub-bacia do Rio Utinga, nos municípios de Wagner e Utinga, dando continuidade às ações que seguem até quinta-feira (13). Nesta quarta-feira (12), as atividades incluem visitas a assentamentos no município de Lençóis. O objetivo é dialogar com as comunidades, entender suas demandas e criar estratégias para enfrentar a escassez hídrica. A iniciativa envolve técnicos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater).
Para Antônio Martins Rocha, diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental (DIRAM) do Inema, a presença em campo permite um entendimento mais próximo da realidade local. “Estamos aqui num dia de campo, conhecendo, dialogando melhor com essas comunidades e vendo essa realidade”, afirmou, destacando que as discussões incluem um projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) em parceria com a Bahiater.
Além do diagnóstico da situação hídrica, foram discutidas alternativas para melhorar o manejo da água e garantir o acesso dos agricultores familiares aos recursos hídricos. Edison Ribeiro, coordenador de sistemas agroflorestais da Diretoria de Inovação e Sustentabilidade (DIS) da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), reforçou a necessidade de “criar novas tecnologias de produção e manejo de solo” e de promover uma gestão mais equilibrada da água, para que pequenos produtores não sejam prejudicados.
“Até escassez para o consumo humano a gente está identificando aqui nesses dias de visita. Então, a nossa parceria é para construir alternativas, medidas emergenciais e planejar ações de médio e longo prazo, que garantam sustentabilidade ambiental, produção sustentável e mais alimento na mesa dos nossos agricultores e agricultoras.”, completou Ribeiro.
Já Benedito Reis, presidente do Instituto Agregar – Centro de Desenvolvimento Sustentável Socioambiental e Agroecológico –, acompanhou as visitas aos assentamentos e destacou que as famílias enfrentam dificuldades recorrentes devido à seca.
“Essa crise hídrica do Rio Utinga já vem se estendendo ao longo dos anos, e essa escuta nas comunidades, vivenciando de perto, nos dá esperança de encontrar soluções. Muitas famílias perdem sua renda quando o rio seca. Ver esse rio voltar a ser perene pode parecer uma utopia, mas é por isso que lutamos, com parcerias entre instituições e sociedade civil, para garantir o futuro do Utinga e dos povos ribeirinhos.”
As atividades seguem nesta quarta-feira, no município de Lençóis, com novas visitas a assentamentos e reuniões para consolidar as propostas discutidas. Pela manhã, a equipe se deslocará até os assentamentos Jaraguá e Padre Cícero e pela tarde, visita ao assentamento Bela Flor.
Na quinta-feira (13), último dia dessa etapa das ações de campo que nortearão estratégias para combater a seca no Rio Utinga, a equipe visitará a nascente do Rio Utinga, nas comunidades próximas e a Estação Experimental SDR no município de Utinga. E pela tarde uma reunião de avaliação da ação de campo acontecerá na sede do Instituto Agregar, no município de Wagner.
Entre os participantes da iniciativa também estão Aldo Carvalho, assessor técnico da Coordenação de Ações Estratégicas (COAES), o especialista Eduardo Athayde, técnico da DIRAM e Guido Brasileiro, especialista em políticas ambientais da Sema. Pelo Inema, participaram a especialista em Meio Ambiente, Ana Carolina Delfino, da Unidade Regional da Chapada, e Thamires Mercês Gomes, coordenadora da Secretaria Executiva dos Comitês de Bacias Hidrográficas.
Fonte: Ascom- Sema|Inema
Foto: Divulgação
O 2º Facine – Festival de Cinema Ambiental da Chapada Diamantina é um festival de cinema totalmente voltado às questões socioambientais que estão em evidência na atualidade. O festival vai acontecer de 21 a 30 de novembro de 2024 em 15 localidades da Chapada Diamantina, com exibições e debates de 52 filmes socioambientais brasileiros, nordestinos, baianos e chapadeiros e 2 internacionais, além da realização de 3 oficinas de audiovisual e 1 plantio e criação de mudas nativas.
O festival têm os objetivos de difundir e promover a produção audiovisual brasileira de temática socioambiental; formar público para o audiovisual nacional; estimular a educação ambiental através do cinema; e sensibilizar o olhar do público para as questões socioambientais atuais. O Facine terá formato híbrido, com sessões presenciais seguidas de debates em 15 localidades da Chapada Diamantina: Andaraí, Barra da Estiva, Capão, Ibicoara, Igatu, Iraquara, Itaetê, Lençóis, Morro do Chapéu, Mucugê, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas, Seabra e Utinga; e com exibições online nas plataformas de streaming Bombozila e Ubu Play.
Os filmes do festival estão divididos em 6 Mostras: Nacional, com obras representativas da riqueza atual da produção audiovisual brasileira de temática socioambiental; Nordeste, que reconhece a potência do cinema nordestino; Chapada Diamantina, que valoriza e dá visibilidade à produção audiovisual do território chapadeiro; Indígena, com filmes que revelam a força do cinema indígena na atualidade; Direitos Humanos e da Natureza, com obras que sensibilizam para a questão dos direitos humanos e para o reconhecimento crescente da natureza como sujeito de direitos; e Educação Ambiental, com filmes infantis que vão divertir e sensibilizar a criançada.
O Facine vai oferecer também 3 oficinas de audiovisual: Oficina de Cinema Socioambiental, com o cineasta e ativista André D´Elia, nos dias 21 e 22 de novembro na Casa e Memorial Afrânio Peixoto, em Lençóis; Oficina de Audiovisual com Celular, com a cineasta Lara Beck, de 27 a 29 de novembro no CETI Iraquara; e Oficina de Animação e Sessão de Cinema para Crianças com o Mirá – Núcleo de Animação da Escola de Belas Artes da UFBA, nos dias 28 e 29 de novembro na Escola Comunitária Brilho do Cristal e no Colégio Municipal de Primeiro Grau de Caeté Açu, no distrito de Caeté Açu, município de Palmeiras.
O evento terá sua abertura oficial no dia 21 de novembro às 19h na Casa e Memorial Afrânio Peixoto, em Lençóis, com a exibição do filme Cinzas da Floresta, de André D´Elia, que reconhece o valor das brigadas voluntárias de combate a incêndios florestais no Brasil, e que na Chapada Diamantina têm uma importância fundamental para a preservação ambiental do território. A sessão será seguida de uma roda de conversa com a participação do diretor do filme, da professora Marjorie Nolasco e de um representante da BRAL – Brigada de Resgate Ambientalista de Lençóis.
O Facine terá sua sessão de encerramento no dia 30 de novembro às 19h no Território Indígena Payayá, em Utinga, com a exibição do filme A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, que faz uma imersão na cultura dos Povos Yanomami. A sessão será seguida de uma roda de conversa com a participação do Cacique Juvenal Payayá, escritor e líder indígena, e Edilene Payayá, cineasta e líder indígena.
O Festival terá uma atividade especial em sua programação, que é o Plantio e Criação de Mudas no dia 30 de novembro, às 9h, no Território Indígena Payayá, em Utinga, em parceria com o MAIP – Movimento Associativo Indígena Payayá.
O evento conta com patrocínio do Banco do Nordeste, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e é realizado pela Araçá Cultura e Meio Ambiente, em parceria com o Ministério da Cultura e o Governo Federal. O Facine também recebe patrocínio do Festival Movies that Matter e conta com o apoio do MAIP – Movimento Associativo Indígena Payayá, além do Estúdio Caetê.
Fonte: As informações são de assessoria.
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