Sexta-feira, 29 de Outubro de 2021
MUNDO

Meta: novo nome do Facebook vai somente para a empresa-mãe, e não para a rede social (Facebook Reality Labs/Captura de tela/Reprodução)

Durante o evento Facebook Connect nesta quinta-feira, 28, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que agora a companhia passará a se chamar Meta.

A alteração será no nome da empresa-mãe, o que significa que a rede social continuará com o mesmo nome. Ela é dona não só do Facebook, como também do Instagram e WhatsApp. O Google fez a mesma coisa em 2005, quando se reorganizou em uma holding chamada Alphabet.

A mudança vem como parte da concentração em volta do metaverso, conceito que vem sendo falado pelo CEO desde julho. O grupo vem investindo fortemente em realidade virtual e realidade aumentada, especialmente com a subsidiária Oculus.

No evento, Zuckerberg explicou que o nome Facebook não abrange totalmente tudo o que a empresa faz. “No momento, nossa marca está intimamente ligada a um produto”, disse. “Mas, com o tempo, espero que sejamos vistos como uma empresa metaverso.”

Recentemente, o Facebook vem sendo alvo de críticas por conta de documentos internos vazados pela ex-funcionária, Frances Haugen. O conteúdo divulgado indica que a rede social priorizou lucro em detrimento do público e que sabia, por exemplo, que o Instagram era prejudicial para mulheres jovens e adolescentes.

Em meio ao escândalo, a companhia divulgou o balanço do último trimestre nesta segunda-feira, 25, e mostrou resultados abaixo do esperado.

Fonte: Revista Exame



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Sexta-feira, 29 de Outubro de 2021
MUNDO

O presidente Jair Bolsonaro desembarca nesta sexta-feira (29), por volta das 7h30 no horário de Brasília (12h30 no horário local), em Roma, capital da Itália, onde participa no fim de semana da Cúpula de Líderes do G20, o grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo.

O único compromisso do dia para Bolsonaro é uma audiência com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Palácio do Quirinal. Na Itália, cujo sistema de governo é parlamentarista, o presidente é o chefe de Estado. Já a chefia de governo é exercida pelo primeiro-ministro, posto atualmente ocupado por Mario Draghi.

A comitiva presidencial é integrada pelos ministros Carlos França (Relações Exteriores) e Paulo Guedes (Economia). No sábado (30) e domingo (31), o presidente brasileiro participa das atividades do G20, onde deve ter outros encontros bilaterais com autoridades estrangeiras, além de reuniões internas.

O encontro dos principais líderes globais deve ter como temas centrais o enfrentamento à pandemia e a situação climática do planeta. Do lado brasileiro, estarão em pauta assuntos como saúde, tecnologia e meio ambiente, segundo informou o Palácio do Itamaraty.

Após o encontro do G20, o cronograma de Bolsonaro na Itália inclui viagem até a província de Pádua, onde está prevista uma cerimônia de entrega do título de cidadão honorário do município de Anguillara Veneta, seguida de um almoço oferecido pela prefeita da cidade, Alessandra Buoso. Ela é integrante do partido de direita italiano A Liga. Esta região também é tida como local de origem da família do presidente brasileiro, de onde seu bisavô paterno teria emigrado para o Brasil.

Já na terça-feira (2), o compromisso de Bolsonaro é na província de Pistoia, onde participará de um cerimônia em memória dos pracinhas brasileiros que lutaram pelas Forças Armadas brasileiras durante a Segunda Guerra Mundial. A cerimônia ocorrerá no Monumento Votivo Militar Brasileiro.

A previsão é que, depois deste compromisso, Bolsonaro retorne da Itália para o Brasil, onde deve chegar já na madrugada de quarta-feira (3).

Sobre o G20

O G20 foi criado em 1999, em resposta às crises financeiras dos anos 1990. Foi concebido inicialmente como um fórum de diálogo econômico entre ministros de finanças e presidentes de bancos centrais. Com a eclosão da crise financeira global de 2008, o nível de participação das autoridades foi elevado para chefes de estado e de governo e passou a incluir de maneira central as chancelarias e, gradualmente, outros ministérios setoriais, além do Ministério da Economia ou equivalente dos países integrantes.

Os membros permanentes são: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.

Além dos 20 membros, também participarão dos trabalhos do grupo este ano, como convidados da presidência italiana a Espanha, os Países Baixos e Singapura, além de Ruanda, representando a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África; a República Democrática do Congo, representando a União Africana; e Brunei, representando a Associação de Nações do Sudeste Asiático.

Com presidência rotativa, o G20 será liderado no ano que vem pela Indonésia, sede da próxima cúpula, em 2022.

De acordo com dados oficiais, os países do Grupo representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e riquezas) global, além de 75% das exportações, cerca de 70% dos investimentos diretos estrangeiros e 60% da população mundial.

Fonte: Agência Brasil



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Terça-feira, 05 de Outubro de 2021
MUNDO

Mais de 5 bilhões de pessoas poderão ter dificuldade de acesso à água em 2050, alertou hoje (5) a Organização Mundial de Meteorologia (OMM).

Em 2018, já eram 3,6 bilhões que não tinham acesso suficiente à água por pelo menos um mês, segundo novo relatório da organização.

A OMM insistiu ainda no fato de, nos últimos 20 anos, o armazenamento de água no solo ter diminuído um centímetro por ano, tendo em conta a superfície, o subsolo, mas também a umidade do solo, neve e o gelo.

As perdas mais significativas ocorrem na Antártica e na Groenlândia, mas "muitas áreas densamente povoadas, localizadas em latitudes mais baixas, estão sofrendo perdas significativas em lugares que geralmente fornecem abastecimento de água", disse a OMM.

Essas perdas têm "consequências importantes para a segurança hídrica", destacou a organização, sobretudo porque "a água doce utilizável e disponível representa apenas 0,5% da água presente na Terra".

Ao mesmo tempo, os riscos relacionados à água aumentaram nas últimas duas décadas.

Desde 2000, o número de desastres relacionados às inundações aumentou em 134%, em comparação com as duas décadas anteriores, mas o número e a duração das secas também aumentaram 29% no mesmo período.

A maioria das mortes e danos econômicos causados pelas inundações ocorre na Ásia e a maioria dos problemas provocados pela seca, na África.

Para a OMM, é essencial investir tanto em sistemas que permitam melhor gestão dos recursos quanto em sistemas de alerta precoce.

"Esses serviços, sistemas e investimentos ainda não são suficientes", observou a organização.

Cerca de 60% dos serviços meteorológicos e hídricos nacionais - responsáveis pelo fornecimento de informações e alertas às autoridades e ao público em geral - "não dispõem de toda a capacidade necessária para prestar serviços climáticos ao setor das águas".

A organização afirmou que em cerca de 40% dos países-membros "não há coleta de dados sobre as variáveis hídricas básicas" e em "67% deles não há dados hídricos disponíveis".

Os sistemas de previsão e de alerta para a seca são inexistentes ou inadequados em pouco mais da metade dos países. Em um terço dos países-membros, os sistemas de previsão e alerta para enchentes de rios também são inexistentes ou inadequados.

Fonte: RTP - Genebra



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Sexta-feira, 01 de Outubro de 2021
MUNDO

Pelo menos um sintoma de longo prazo foi encontrado em 37% dos pacientes que tiveram Covid-19, de três a seis meses após serem infectados pelo coronavírus, mostrou um estudo da Universidade de Oxford e do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde do Reino Unido (NIHR) divulgado na última quarta-feira (29). O estudo foi publicado na revista PLOS Medicine.

“Os resultados confirmam que uma proporção significativa de pessoas, de todas as idades, pode ser afetada por uma série de sintomas e dificuldades nos seis meses após a infecção por Covid-19”, disse o pesquisador clínico acadêmico do NIHR, Max Taquet.

Mais de um terço dos pacientes foi diagnosticado com pelo menos um dos sintomas da Covid longa entre três e seis meses após a Covid-19, relata o estudo.

Sintomas mais comuns da Covid longa

Os sintomas mais comuns detectados na pesquisa incluem problemas respiratórios, fadiga, dor e ansiedade e foram ligeiramente mais comuns entre as mulheres, disse a Universidade de Oxford depois de investigar os sintomas em mais de 270 mil pessoas em recuperação da Covid-19.

A pesquisa também identificou que alguns sintomas eram mais comuns conforme o sexo e a idade. Por exemplo, pessoas mais velhas e homens tinham mais dificuldades respiratórias e problemas cognitivos, enquanto jovens e mulheres tinham mais dores de cabeça, sintomas abdominais e ansiedade ou depressão.

Os pesquisadores também identificaram que pacientes internados com Covid em hospitais eram mais propensos a sofrer problemas cognitivos, como névoa cerebral e fadiga, em comparação com pessoas que não precisaram ser internadas.

Pessoas que não precisaram de cuidados hospitalares foram mais propensas a ter dores de cabeça do que aquelas que foram hospitalizadas. Porém, muitos pacientes tiveram mais de um sintoma de Covid longa, disseram os pesquisadores.

“Esses dados complementam as descobertas de pesquisas de autorrelato e mostram que os médicos estão diagnosticando pacientes com esses sintomas. Precisamos de serviços configurados apropriadamente para lidar com as necessidades clínicas atuais e futuras”, disse Taquet.

O estudo também analisou os mesmos sintomas em pessoas que estavam se recuperando da gripe. Isso porque pessoas que contraem a gripe podem ter sintomas prolongados semelhantes aos observados em alguns pacientes com Covid longa, sugere o estudo, mas os sintomas duradouros ocorrem em uma extensão muito menor naqueles que tiveram gripe.

Os sintomas associados a Covid longa foram 50% mais comuns entre aqueles que tiveram Covid em comparação com aqueles que tiveram gripe, estimam os pesquisadores.

“Precisamos identificar os mecanismos subjacentes aos diversos sintomas que podem afetar os sobreviventes”, disse o professor da Universidade de Oxford Paul Harrison, que chefiou o estudo. “Esta informação será essencial se as consequências de longo prazo de Covid-19 para a saúde forem evitadas ou tratadas de forma eficaz”, acrescentou Harrison.

O que é a Covid longa

Uma série de sintomas e sequelas relatados pelo menos depois de três a quatro semanas após o diagnóstico de Covid é caracterizada como Covid Longa ou síndrome pós-Covid. Apesar de a Covid ser causada por um vírus respiratório, o Sars-CoV-2, pesquisas mostram que a doença pode afetar quase todos os sistemas orgânicos do corpo.

Uma pesquisa publicada pela Nature avaliou 379 diagnósticos de doenças possivelmente relacionadas à Covid-19 nos Estados Unidos, que envolvem os sistemas respiratórios, cardíaco, nervoso, circulatório, gastrointestinal e musculoesquelético, além de alterações na pele, rins e no cérebro.

Há ainda a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), diagnosticada quando surgem alterações fisiológicas após o diagnóstico de Covid. Considerada muito rara, porém grave, ela foi descoberta em crianças e adolescentes e tem como sintomas principais manchas pelo corpo, olhos vermelhos, barriga inchada, febre e vômitos, podendo avançar para insuficiência respiratória e alterações cardíacas.

Tanto na Covid longa em adultos, quanto na SIM-P em crianças e adolescentes, o tratamento costuma ser feito para tratar as sequelas. No caso da SIM-P, em especial, a criança e o adolescente geralmente precisam de um tratamento intensivo com suporte hospitalar, porque a inflamação pode atingir diferentes órgãos.

No entanto, ainda é um mistério para a ciência porque algumas pessoas que contraíram Covid-19 desenvolvem as sequelas enquanto outras não.

Um estudo mais recente publicado no periódico científico The Lancet mostrou que as vacinas reduziram pela metade as chances de sintomas relacionados à Covid-19 longa. A análise considerou pessoas vacinadas com as duas doses dos imunizantes disponíveis no Reino Unido, onde foi feita a pesquisa, incluindo a Pfizer, AstraZeneca e Moderna.

Segundo o estudo, após a imunização completa, as chances de hospitalização foram reduzidas em mais de dois terços. Além disso, as pessoas vacinadas apresentaram quase duas vezes mais probabilidade de desenvolver quadros assintomáticos do que as não completamente vacinadas.

Fonte: CNN Brasil



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Quarta-feira, 22 de Setembro de 2021
MUNDO

O discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nessa terça-feira (21), na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, foi praticamente ignorado pela maioria dos grandes jornais do planeta.

O diário americano The New York Times resumiu em uma pequena nota e o título: “momentos embaraçosos”, a fala do presidente brasileiro:

“O presidente Jair Bolsonaro do Brasil, que repetidamente minimizou a pandemia e ele próprio não foi vacinado, defendeu o uso de drogas não comprovadas para a Covid em discurso na terça-feira na Assembleia Geral da ONU”, afirmou o diário.

A rede de notícias Al Jazeera seguiu na mesma linha e cravou na chamada: “Primeiro líder mundial a falar, Bolsonaro não vacinado”. O canal destacou que Bolsonaro se irritou com as medidas de restrição em Nova York e na ONU.

A rede também chamou a atenção para o fato do presidente brasileiro ter defendido em seu discurso o uso de medicamentos não comprovados contra o coronavírus.

A All Jazeera ainda disse que Bolsonaro responsabilizou a quarentena pelo aumento da inflação e sustentou que não há corrupção em seu Governo, “investigado por tentativa de compra fraudulenta de vacinas”.

Nada muito mais o que isso. Bolsonaro foi solenemente ignorado pela imensa maioria dos jornais do planeta.

Fonte: Revista Fórum



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Domingo, 19 de Setembro de 2021
MUNDO

A capacidade de adaptação dos países às mudanças causadas pelo aquecimento global pode acabar, caso as emissões de gases de efeito estufa não sejam drasticamente reduzidos nesta década. Segundo relatório da Chatham House, think tank (instituições que se dedicam a produzir conhecimento sobre temas políticos, econômicos ou científicos) britânica de pesquisa sobre o desenvolvimento internacional, fundada em 1920, as mudanças podem ser irreversíveis entre 2040 e 2050.

O alerta está na Avaliação de Riscos das Mudanças Climáticas, documento desenvolvido para subsidiar as tomadas de decisões dos chefes de Governo e ministros antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), marcada para ocorrer de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.

Para o pesquisador sênior do Programa de Meio Ambiente e Sociedade da Chatham House, Daniel Quiggin, um dos autores do relatório, as metas estabelecidas por muitos países para neutralizar as emissões de carbono e a maior ambição com relação às metas nacionais de redução de gases de efeito estufa são uma esperança. Embora, segundo ele, não passem de promessas.

“Muitos países não têm políticas, regulamentações, legislação, incentivos e mecanismos de mercado proporcionais para realmente cumprir essas metas. Além disso, os NDCs [da sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada] revisados globalmente ainda não fornecem uma boa chance de evitar o aquecimento em 2ºC. Devemos lembrar que muitos cientistas do clima estão preocupados que, além dos 2ºC, uma mudança climática descontrolada possa ser iniciada”, alerta.

As metas nacionais foram determinadas a partir do Acordo de Paris, tratado negociado durante a COP21, em 2015, no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. O acordo rege a redução de emissão de gases de efeito estufa a partir de 2020, para tentar manter o aquecimento global abaixo de 2ºC até o fim do século, num contexto de desenvolvimento sustentável.

Quiggin alerta que as metas definidas ainda não garantem a neutralidade do carbono.

“O balanço zero líquido das emissões depende de tecnologias de emissão negativa, que atualmente não são comprovadas empiricamente em escala comercial. Em resumo, as metas que os países buscam estão se movendo na direção certa, mas ainda não conseguem evitar a devastadora mudança climática. E as políticas de apoio às metas existentes são insuficientes para atingir essas metas”, disse.

Ondas de calor

A avaliação, lançada essa semana em Londres, aponta que a falta de medidas concretas por parte dos governos pode levar a temperaturas extremas a partir da década de 2030, causando 10 milhões de mortes ao ar livre. Ondas de calor anuais podem afetar 70% da população mundial e 700 milhões de pessoas estarão expostas a secas severas e prolongadas todos os anos.

O documento também alerta para a redução de 30% na produção agrícola até 2050 e que 400 milhões de pessoas não poderão mais trabalhar ao ar livre por causa do aquecimento global. Para 2040, há uma expectativa de perda de rendimento de pelo menos 10% nos quatro principais países produtores de milho: Estados Unidos, China, Brasil e Argentina.

Na virada do próximo século, um aumento de 1 metro no nível do mar pode aumentar a probabilidade das grandes inundações em cerca de 40 vezes para Xangai, 200 vezes para Nova York e mil vezes para Calcutá.

Segundo Quinggin, os atuais esforços globais para conter o aquecimento dão ao mundo menos de 5% de chance de manter o aquecimento abaixo de 2°C.

“Sem ações radicais em todos os setores, mas especialmente dos grandes emissores, temperaturas extremas, quedas dramáticas nos rendimentos agrícolas e secas severas prolongadas provavelmente resultarão em milhões de mortes adicionais na próxima década. Ainda há uma janela de oportunidade real (embora ela esteja se fechando) para uma ambição muito maior de todos os governos, para evitar os impactos mais catastróficos das mudanças climáticas”.

A avaliação da Chatham House indica que o ritmo atual dos esforços de descarbonização podem segurar o aquecimento até 2100 em 2,7°C, mas a chance de a temperatura média do planeta subir 3,5°C é de 10%. O pesquisador explica que as restrições de mobilidade ocorridas por causa da pandemia da covid-19 contribuíram apenas momentaneamente para a redução das emissões.

“Nós consideramos isso, mas dado que as emissões se recuperaram muito rapidamente, e agora estão subindo novamente, o breve alívio oferecido pelos bloqueios nas emissões foi insuficiente para mudar nossa avaliação do ritmo e gravidade das mudanças climáticas”, explica.

A Avaliação de Riscos das Mudanças Climáticas é o primeiro de uma série de relatórios de pesquisa aprofundados que a Chatham House vai lançar até a COP26, analisando as consequências do aquecimento do planeta e indicando as ações que precisam ser tomadas para evitar o desastre climático. O trabalho é feito por cientistas e analistas políticos no Reino Unido e na China.

Fonte: Agência Brasil



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Quinta-feira, 16 de Setembro de 2021
MUNDO

O Facebook está ciente de que o Instagram, rede social da qual é dono, é potencialmente danoso para a saúde mental de meninas adolescentes, de acordo com reportagem publicada nessa terça-feira (14) pelo Wall Street Journal.

Segundo o jornal americano, uma apresentação que circulou entre os funcionários em março de 2020 mostrou que as comparações no Instagram poderiam mudar a maneira como as jovens se viam. Os documentos teriam sido acessados pelo jornal.

Em outra apresentação, de 2019, a rede social teria sido informada de que a plataforma piorava as questões de imagem de uma em cada três meninas. As adolescentes também culpariam o Instagram por problemas de ansiedade e depressão.

Estaria nessa apresentação, ainda, que entre as jovens que relataram pensamentos suicidas, 13% das britânicas e 6% das americanas ligaram o desejo de se matar à rede social.

Essas pesquisas teriam sido feitas por funcionários da própria companhia, muitos deles com experiência em psicologia, ciência computacional e análise de dados.

Segundo o jornal, foram cinco apresentações ao longo de 18 meses que mostraram resultados de grupos focais, pesquisas online e acompanhamentos voltados para a saúde mental de adolescentes. Uma das sugestões teria sido o uso de mais filtros (recurso que muda a imagem das selfies, comuns na rede) “divertidos” no lugar daqueles que retocam o rosto dos usuários.

Os estudos teriam concluído também que o Instagram, especificamente, e não as redes sociais em geral, é problemático, ao levar os usuários a comparações sociais. Os documentos, segundo o jornal, mostram que 40% dos usuários da rede social têm 22 anos ou menos.

As informações que o Wall Street Journal afirma ter obtido contrariam o que a empresa vem dizendo publicamente. “As pesquisas que temos visto mostram que o uso de redes sociais para se conectar com outras pessoas pode ter benefícios positivos para a saúde mental”, afirmou o presidente-executivo da companhia, Mark Zuckerberg, em março de 2021.

Ele não enviou a suposta pesquisa de sua companhia em resposta aos senadores americanos Richard Blumenthal e Marsha Blackburn, em agosto. Em uma carta, disse que pesquisas internas eram mantidas em sigilo e que não teria conhecimento de um consenso entre especialistas sobre quando o tempo de tela se torna prejudicial.

Em maio, Adam Mosseri, executivo do Facebook encarregado do Instagram, disse a jornalistas que as pesquisas indicam que os efeitos do aplicativo em adolescentes são pequenos.

Em uma entrevista mais recente, ele afirmou que não quer de forma alguma “diminuir essas questões”, e que os problemas apontados pela reportagem do jornal não são necessariamente abundantes, embora seu impacto sobre as pessoas possa ser enorme.

Mosseri afirmou ainda que o Facebook demorou a perceber os problemas de conectar tantas pessoas. “Eu tenho pressionado muito forte para que nós assumamos nossas responsabilidades de forma mais ampla.”

Sobre as pesquisas que buscam mensurar os efeitos na saúde mental, o executivo disse que se orgulha delas. Embora afirme que alguns recursos do Instagram sejam danosos para os mais jovens, ele afirma que “também há muita coisa boa que resulta do que fazemos”.

Fonte: O Globo



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Terça-feira, 10 de Agosto de 2021
MUNDO

 

Dias quentes pela frente - Foto: Correio

Frio recorde no Brasil — e uma estiagem que já ameaça o fornecimento de energia elétrica. Inundações históricas em regiões da Europa. Incêndios florestais nos Estados Unidos. Onda de calor sem precedentes no Canadá. O relatório divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) é alarmante e traz o embasamento científico para os problemas ambientais cujos sintomas têm sido vistos, com cada vez mais recorrência, na prática: por conta da atividade humana, o mundo está a um passo de entrar em um colapso climático.

A temperatura média do planeta subiu 1,1 grau desde a segunda metade do século 19, com o advento da Revolução Industrial. E, no melhor dos cenários, deve alcançar 1,5 grau de aquecimento nas próximas duas décadas, apresenta o relatório.

O relatório do IPCC desenha 5 possíveis cenários para o futuro. São eles: SSP3 – 7,0 e SSP 5 – 8,5, cenários com altas emissões de gases de efeito estufa e CO2; SSP 2 – 4,5, cenário intermediário de emissões; e SSP 1 – 1,9 e SSP1 – 2,6, cenários com baixa emissão de gases de efeito estufa e CO2. Na tabela abaixo, é possível ver as estimativas de aumento de temperatura de acordo com cada cenário.

Assim, nos cenários mais pessimistas (SSP3 – 7,0 e SSP 5 – 8,5), o aquecimento global no século 21 superaria 2°C em relação ao período de 1850-1900. No cenário intermediário (SSP 2 – 4,5), seria extremamente provável um aquecimento global de 2°C e, nos cenários otimistas (SSP 1 – 1,9 e SSP 1 – 2,6), seria improvável um aquecimento global de 2°C.

Tal projeção carrega várias consequências: com temperaturas mais altas, o ciclo da água ocorre de maneira mais intensa; assim, o tempo fica desregulado, com cada vez maior ocorrência dos chamados eventos adversos — de longas secas a enchentes pontuais, passando por temperaturas elevadas que trazem danos para a produção de alimentos e até mesmo para saúde humana.

Especialistas ouvidos pela CNN concordam que o relatório subiu o tom na atual edição com relação à gravidade da questão. A explicação principal é que, com o passar do tempo, a crise climática se torna cada vez mais severa, exigindo, portanto, uma linguagem mais direta e alarmista. Mas também pesaram outros dois fatores, um científico e um político.

“O texto é muito mais direto porque há maior certeza sobre a contribuição antropogênica sobre o aquecimento global. O relatório reflete a evolução dos modelos climáticos e o melhor histórico dos dados”, comenta Natalie Unterstell, presidente do think thank Talanoa, dedicado à política climática, e mestre em políticas públicas pela Universidade de Harvard.

Pesquisador no Instituto Ambiental de Estocolmo, o biólogo Mairon Bastos Lima atenta para o fato de que a palavra “human” aparece 42 vezes no texto divulgado pelo IPCC, “mais que o triplo do relatório anterior (12 vezes)”, dando uma amostra que o texto é muito mais categórico sobre a responsabilidade humana pelas mudanças climáticas.

“A ciência avançou muito nestes últimos sete anos [quando foi divulgado o relatório anterior]. 2013 parece quase a pré-história em termos de modelagem, computação de dados etc, que permitem associar a ação humana a uma apreciação cada vez mais detalhada nas mudanças do clima”, diz ele.

O aspecto político, segundo os especialistas, tem a ver com o negacionismo climático, ampliado com a ascensão ao poder de políticos considerados negacionistas, como o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. “Pode haver uma clareza no painel de que, diante de tanto negacionismo de lá para cá, é preciso ser nítido e categórico acerca de qual é a situação em que estamos”, pontua Lima.

“Os sinais [da crise climática] já tinham sido alertados no relatório anterior, mas parece que não foi suficiente. Este novo, reforça mensagem: não há mais espaço para o negacionismo”, define o engenheiro florestal Argemiro Teixeira Leite Filho, professor na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Ação humana

Para o diretor executivo do WWF-Brasil, o engenheiro florestal Mauricio Voivodic, o tom mais elevado se justifica porque “a janela de oportunidade para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C [cenário otimista] está se fechando”. “Os alarmes já tocam há muito tempo e este relatório é um megafone”, ressalta ele. “Não há mais dúvidas de que o clima está mundo por conta da ação humana. Nós alteramos irreversivelmente o planeta.”

O relatório aponta, por exemplo, que em 2019 as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera estiveram mais altas do que em qualquer momento dos últimos 2 milhões de anos. Considerando que o planeta — e os próprios seres vivos que nele habitam — passaram por muitas transformações no período, é inevitável concluir que esse tipo de cenário coloca em risco às próprias sobrevivências das espécies.

“Estamos caminhando para uma temperatura média que corresponde à que a Terra tinha há 3 milhões de anos — antes do australopiteco”, ilustra Lima. “Um ambiente muito diferente daquele em que a espécie humana surgiu, para não falar daquele em que as culturas humanas, os padrões de habitação, produção de alimentos se organizaram.”

Tanto organizações não-governamentais quanto cientistas da área concordam que esta década de 2020 será crucial para conter a crise climática. Em comunicado divulgado à imprensa, a diretora de Clima da WRI Brasil, Carolina Genin, ressaltou que “temos 10 anos críticos diante de nós para conter o aumento da temperatura média da Terra” e lembrou que o Brasil tem papel importante esse contexto e precisa “acelerar a transição de sua economia para um modelo bem menos dependente de combustíveis fósseis”.

Referência mundial no tema, o físico Paulo Artaxo, pesquisador na Universidade de São Paulo, ressalta que, ao quantificar os eventos climáticos extremos, o relatório “coloca de maneira mais forte a urgência de reduzir emissões se não quisermos atingir pontos de não retorno, irreversíveis, no sistema climático global.”

O fenômeno tende a se tornar mais nocivo para quem vive nas grandes cidades. “O aquecimento induzido pelo homem e pela urbanização provoca ondas de calor mais frequentes, o que pode superlotar hospitais, por exemplo”, pontua Leite Filho. Estudo recém-publicado mostra que o aquecimento global já causa 37% das mortes por calor no planeta.

Um outro problema a ser enfrentado será a produção de alimentos. O relatório indica que as regiões tropicais, onde é produzida a maior parte das commodities alimentícias globais são as mais suscetíveis aos efeitos do desarranjo climático, enfrentando estiagens e oscilações bruscas de temperatura, além de maior incidência de fenômenos como ciclones. “O relatório é democrático: mostra que não se trata de um problema isolado, de um só país, mas sim que todos nós iremos sofrer por conta dos eventos extremos”, pontua Leite Filho.

COP 26 em novembro

Os pontos trazidos pelo IPCC devem nortear os debates e as conclusões da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021, a COP 26, que acontece em Glasgow de 31 de outubro a 12 de novembro.

“O IPCC manda uma mensagem muito clara para a COP 26: temos de reduzir emissões da maneira mais forte e mais rápida possível, não podemos mais atrasar a implementação de políticas públicas urgentes de redução de emissões. Os países desenvolvidos vão ter de reduzir sua queima de combustíveis fósseis e o Brasil vai ter de implementar políticas de redução de desmatamento, já que esses dois fatores são os dois maiores impactantes do sistema climático global”, afirma Artaxo.

Nesse sentido, apesar do viés alarmista e, em muitos aspectos, desalentador do relatório, o IPCC cumpre o papel de apresentar perspectivas. “Cada ação que fizermos pode implicar em diferença para o futuro. E um futuro com 1,5°C a mais será melhor do que um futuro com 2°C a mais”, afirma a engenheira ambiental Rafaela Flach, pesquisadora da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, comparando os cenários otimista e pessimista. “Nunca é tarde. Tudo o que fizermos importa.”

Finalizado em reunião on-line ocorrida na última sexta-feira (6), este é o sexto relatório do IPCC, organismo criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. O IPCC não produz ciência — sua função é consolidar o conhecimento científico recentemente produzido, em um só documento. Participaram da elaboração do relatório divulgado hoje, de 42 páginas, 234 cientistas de 66 países — que também receberam contribuições de 517 outros pesquisadores. No total, mais de 14 mil referências acadêmicas foram citadas.

Em nota enviada à CNN, o Ministério de Minas e Energia informou que “as instituições do setor energético continuam trabalhando, incessantemente, para o provimento da segurança energética no ano que se deflagrou a pior hidrologia de toda a série histórica de 91 anos.”

“Não obstante, considerando que a questão hidrológica afeta outros usos dos recursos hídricos, assim como o meio ambiente, foi criada a Câmara de Regras Excepcionais de Gestão hidroenergética – CREG onde são discutidas as medidas e ações a serem tomadas, em especial aquelas que visam à melhor gestão dos recursos hídricos, têm sido também discutidas na Sala de Situação do Governo Federal com os diversos órgãos da administração pública. Isso é importante para que haja sinergia, tempestividade e segurança jurídica nas respostas”, diz trecho da nota.

Segundo a pasta, as medidas adotadas pelo setor elétrico visam “passar o período seco de 2021 sem impor aos brasileiros um programa de racionamento de energia elétrica”. “O MME reitera, desta forma, com transparência, que este é o momento em que cada um tem que fazer a sua parte, governo e sociedade, buscando o uso racional dos recursos hídricos e da energia elétrica, permitindo que todos nós passemos por esta conjuntura crítica com serenidade e sem alarmismos”, diz a pasta.

A CNN procurou o Palácio do Planalto, o Ministério do Meio Ambiente e o Conselho da Amazônia para comentar o relatório e a opinião dos especialistas e aguarda retorno.

Fonte: CNN Brasil



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Domingo, 18 de Julho de 2021
MUNDO

Na tarde deste sábado, 17 de julho de 2021, o Boleiros FC enfrenta o Arena Azevedo em um jogo amistoso na Arena Régis Brindes na região da Catuaba de Cima em Jacobina.

Já imaginou uma partida de futebol com dois tempos de 30 minutos ou com substituições ilimitadas? Essas mudanças estão sendo testadas no Future of Football Cup, competição sub-19 disputada na Holanda. Apesar de não apoiar oficialmente o torneio, a Fifa está de olho no impacto dessas mudanças nas partidas, na aposta de alterar as regras e revolucionar o esporte.

Ao todo são quatro mudanças, que podem ser implementadas nos principais campeonatos mundiais, inclusive no Brasil.

Segundo o jornal esportivo espanhol Mundo Deportivo, a Fifa avaliará como foram os testes e poderá fazer uma solicitação formal ao International Board, órgão que define as regras do jogo em todo o mundo.

Confira as quatro regras em teste que serão avaliadas pela Fifa:

  • Dois tempos de 30 minutos no lugar dos dois tempos de 45 minutos. Nesta nova regra, porém, o relógio é parado sempre que o jogo é paralisado, como falta, lateral, tiro de meta ou escanteio;
  • Lateral cobrado com os pés e para si mesmo. O jogador não precisa passar para um companheiro nessas bolas paradas. É só parar a bola no local da infração ou no escanteio e sair jogando sozinho;
  • Cartões amarelos têm uma punição extra. O jogador que receber o amarelo terá que ficar 5 minutos fora, deixando o time com um atleta a menos nesse período. Ele pode retornar normalmente depois desse tempo;
  • Substituições ilimitadas. Um jogador que for substituído pode retornar depois, assim como acontece no basquete, por exemplo. E o técnico pode alterar os jogadores quantas vezes quiser.

Por conta da pandemia, a regra de substituições foi alterada provisoriamente. Hoje, os times podem realizar até cinco alterações durante a partida, anteriormente eram somente três.

As mudanças têm como objetivo aumentar a intensidade das partidas com mais tempo de bola rolando e menos paralisações. Na transmissão da partida entre PSV e Club Brugge, disputada na quinta-feira, 15, é possível observar em poucos minutos as novidades.

Fonte: Exame



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Sábado, 10 de Julho de 2021
MUNDO

O governo argentino prorrogou as restrições que limitam o regresso dos seus cidadãos, apesar de ter aumentado o número de entradas diárias, levando as companhias aéreas a avaliarem as operações no país.

Desde o dia 28 de junho, apenas 600 argentinos e residentes podem entrar no país diariamente pela única porta aberta, o Aeroporto Internacional de Buenos Aires. Esse número será elevado a mil até, pelo menos, 6 de agosto, mas de forma gradual.

"Foram estabelecidas as seguintes cotas semanais para voos de passageiros: 5.200 lugares até 16 de julho, 6.300 lugares até o dia 17 e 7 mil lugares até 6 de agosto", diz o texto da Decisão Administrativa publicado na sexta-feira (9).

A medida permite o regresso de 742 pessoas por dia na primeira semana, de 900 na segunda e de mil a partir da terceira semana.

Existem cerca de 25 mil argentinos retidos no exterior, número que deve aumentar progressivamente a cada dia, devido às medidas de controle fronteiriço impostas pelo governo, sob o argumento de conter a chegada ao país da variante Delta.

A quantidade de pessoas com permissão para entrar é equivalente a uma média de três a quatro aviões diários. Nos últimos quatro meses, mais de 45 mil argentinos viajaram ao exterior, sobretudo aos Estados Unidos, para se vacinarem.

"A Argentina é o único país do mundo a restringir a volta dos seus próprios cidadãos. O setor aéreo avalia se é viável operar num país que não está agindo de forma transparente e previsível ao mudar as regras do jogo a cada duas semanas", adverte Peter Cerdá, vice-presidente regional para as Américas da Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata na sigla em inglês).

"Aqueles que regressarem do exterior estarão obrigados a se isolarem em lugares que os governos provinciais determinarem durante dez dias, a serem contados a partir do teste realizado no país de origem. As estadias nos locais de isolamento serão pagas pelo passageiro", diz a decisão.

"Serão controlados aqueles que regressarem de viagem para cumprir o isolamento nos seus domicílios. Em caso de não cumprimento, por violação das medidas contra epidemias e por desobediência à autoridade pública, serão aplicadas penas prisão de seis meses a dois anos e de 15 dias a um ano, respectivamente", alerta o governo.

 

Fonte: RTP - Buenos Aires



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