Quinta-feira, 27 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Agência Brasil

Representantes de vários países se encontram nesta quinta (27) e sexta-feira (28), em Paris, na França, com o objetivo de melhorar as condições de alimentação para a população global. A cúpula Nutrition for Growth reúne governos, doadores, sociedade civil, pesquisadores e setor privado.

“Trata-se de um momento de intercâmbio entre sociedade civil, cientistas, empresas, governos, ONGs, todos aqueles que trabalham no setor da nutrição, para procurar ideias novas, boas, que possam mudar a vida das pessoas localmente”, explica o secretário-geral da cúpula, Brieuc Pont.

O objetivo é firmar compromissos para garantir uma nutrição melhor para as pessoas. Entre as propostas estão coordenar investimentos para superar o déficit de 13 bilhões de dólares por ano no financiamento à nutrição, integrar a discussão sobre alimentação aos esforços nas áreas de saúde, agricultura, educação e ações climáticas e fomentar planos nacionais voltados para a segurança alimentar.

“A cúpula é também um momento em que se anunciam os recursos financeiros. Então vamos ter vários anúncios nos próximos dias, que já foram registrados na plataforma onde se registram esses compromissos financeiros. Mas também são feitos compromissos políticos”, ressalta o secretário.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que 2,8 bilhões de pessoas não consigam ter acesso a uma nutrição saudável. Mais da metade das mortes de crianças é provocada pela desnutrição.

A cúpula Nutrition for Growth teve sua primeira edição em 2013, em Londres. Também já passou por Milão (em 2017) e Tóquio (em 2021). Em sua última edição, na capital japonesa, foram registrados 396 compromissos por 181 entidades, em um total de 27 bilhões de dólares.

“Em Tóquio, quem não se mobilizou foram os bancos públicos de desenvolvimento. E são eles que agora estamos procurando. E temos boas expectativas. O Banco Africano de Desenvolvimento triplicou seu compromisso financeiro. O Banco Asiático passou de zero a 3 bilhões de dólares de compromisso. E temos entidades que ainda não posso anunciar agora, que, realmente, estão fazendo um esforço substancial para a nutrição, inclusive a França”, afirma Pont.

Segundo Brieuc, neste momento, muitos investimentos estão direcionado para os sistemas de defesa, mas é preciso também focar na segurança alimentar.

“Sabemos que a segurança dos povos não é baseada unicamente na defesa, também é baseada no desenvolvimento. É muito importante que estejamos todos cientes disso. Não existe segurança para povos endinheirados se os vizinhos estão morrendo de fome”.

Na edição deste ano, em Paris, a cúpula terá entre seus focos principais a transição para sistemas alimentares sustentáveis em um contexto de mudanças climáticas. Relatório de um dos grupos de trabalho preparatórios para o evento, que reuniram governos, empresas e sociedade civil, mostram que os sistemas atuais de produção de alimentos contribuem para a degradação ambiental e para as mudanças climáticas.

Ao mesmo tempo, esses sistemas produtivos são altamente vulneráveis a eventos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor.

Outros temas principais são a resiliência a crises e a saúde e proteção social. Entre os temas transversais estão o uso de dados, inovação e inteligência artificial para planejamento de políticas para enfrentamento à fome.

O Brasil será representado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, que além de fazer um discurso na abertura da cúpula, terá um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, a diretora do Programa Mundial de Alimentos, Cindy McCain, e outras lideranças. 

Fonte: Agência Brasil



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Quinta-feira, 27 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Reprodução

O aquecimento climático a longo prazo e a frequência crescente de ondas de calor a curto prazo estão a reduzir significativamente os níveis de oxigénio dissolvido (OD) nos lagos de todo o mundo.

Os ecossistemas de água doce requerem níveis adequados de oxigénio para sustentar a vida aeróbica e manter comunidades biológicas saudáveis.

Um estudo publicado na Science Advances, liderado pelos professores Shi Kun e Zhang Yunlin do Instituto de Geografia e Limnologia de Nanquim, da Academia Chinesa de Ciências, em colaboração com investigadores da Universidade de Nanquim e da Universidade de Bangor (Reino Unido), quantifica os efeitos do aquecimento climático contínuo e da intensificação das ondas de calor nos níveis de OD à superfície em lagos de todo o mundo.

A equipa de investigação utilizou um conjunto de dados abrangente e aplicou um modelo baseado em dados para analisar as variações de OD à superfície em mais de 15.000 lagos nas últimas duas décadas.

O estudo revela uma diminuição generalizada das concentrações de OD à superfície, com 83% dos lagos estudados a apresentarem desoxigenação significativa.

A taxa média de desoxigenação nos lagos excede a dos oceanos e rios, o que sublinha a gravidade do problema, noticiou na segunda-feira a agência Europa Press.

Os investigadores exploraram ainda mais o papel do aquecimento global e da eutrofização na determinação das concentrações de oxigénio dissolvido (OD) à superfície.

As suas descobertas indicam que o aquecimento global, ao reduzir a solubilidade do oxigénio, contribui para 55% da desoxigenação da superfície global.

Enquanto isso, o aumento da eutrofização é responsável por aproximadamente 10% da perda global total de oxigénio à superfície.

Foram também analisadas as tendências históricas nas ondas de calor, avaliando quantitativamente o seu impacto nos níveis de OD à superfície.

O estudo mostra que as ondas de calor exercem efeitos rápidos e pronunciados na redução do OD da superfície, resultando numa redução de 7,7% do OD da superfície em comparação com as condições climáticas médias.

Estas descobertas sublinham o profundo impacto das alterações climáticas nos ecossistemas de água doce, enfatizando a necessidade urgente de estratégias de mitigação e adaptação para preservar os ecossistemas lacustres em todo o mundo.

O estudo fornece informações cruciais para os decisores políticos e gestores ambientais que trabalham para combater a crescente ameaça da desoxigenação da água doce. 

Fonte: CNN Portugal



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Quinta-feira, 27 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A ex-presidenta Dilma Rousseff continuará à frente do Banco do Brics. A recondução da brasileira ao cargo – indicada em 2023 para mandato que se encerraria em julho deste ano – foi confirmada pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

“Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos Brics vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”, postou Gleisi em suas redes sociais.

A indicação de Dilma para continuar à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB – sigla em inglês) pelos próximos cinco anos já havia sido acenada no final do ano passado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

De acordo com as regras do banco, há um rodízio de indicações para o cargo, entre cada país-membro fundador do Brics, para mandatos de cinco anos. São membros fundadores do bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Seguindo esse critério, a próxima indicação ficaria a cargo da Rússia.

No entanto, durante o encerramento da 16º Cúpula dos Brics, em Kazan, na Rússia, Putin já havia acenado com a indicação de Dilma, enquanto estratégia para evitar “transferir todos os problemas [que em função da guerra com a Ucrânia] estão associados à Rússia”, discursou o presidente russo.

Dilma assumiu a chefia do banco em março de 2023, no lugar de Marcos Troyjo, indicado pelo governo de Jair Bolsonaro. A troca dos ocupantes do cargo foi feita após Luiz Inácio Lula da Silva assumir a Presidência do Brasil.

Fonte: Agência Brasil



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Segunda-feira, 24 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (19) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinará uma ordem executiva com intuito de fechar o Departamento de Educação.

Essa é uma das medidas que havia sido prometida por ele durante a campanha. A informação foi divulgada pela própria Casa Branca.

Linda McMahon, Secretária de Educação dos EUA, foi orientada a seguir a ordem de “tomar todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento [do] Departamento de Educação e devolver a autoridade educacional aos estados, enquanto continua a garantir a entrega eficaz e ininterrupta de serviços, programas e benefícios dos quais os americanos dependem”.

A ordem executiva ainda exige que qualquer programa ou outra atividade que seja patrocinada ou ajudada pelos fundos restantes do Departamento de Educação não poderão promover campanhas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI, na sigla em inglês) ou “ideologia de gênero”.

Essa ação não é repentina, já que o presidente Trump já havia entrado com essa proposta em seu primeiro mandato, de 2017 e 2021, porém não foi bem sucedida por conta da negação do Congresso. Atualmente, o Departamento emprega 4.245 pessoas e gastou US$251 bilhões no ano mais recente.

Já em sua última campanha para o cargo, Trump apontou inúmeras vezes que via o departamento como um exagero federal e o vinculou a questões de guerra cultural.

“Vamos drenar o pântano educacional do governo e parar o abuso do dinheiro dos seus contribuintes para doutrinar a juventude americana com todos os tipos de coisas que vocês não querem que nossos jovens ouçam”, exclamou ele.

Alguns Thinktanks conservadores apoiaram a ordem do presidente estadunidense de fechar o Departamento de Educação, e sugeriram que outras agências assumissem seus programas de auxílio e deveres de supervisão.

Fonte: CNN Brasil



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Sábado, 22 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com um currículo repleto de prêmios – entre eles, o Nobel da Paz de 2007, pelos trabalhos feitos em parceria com o ex-presidente norte-americano Al Gore –, o “cientista do solo” Rattan Lal diz que, ao contrário do que muitos pensam, a agricultura tem muito a contribuir para amenizar os efeitos danosos das mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que pode garantir alimento à população como um todo.

“No entanto, isso só será possível caso os produtores sigam alguns princípios básicos”, diz o premiado cientista paquistanês.

Para ele, o que importa não é a quantidade de terra utilizada para a produção, mas a qualidade técnica adotada para o cultivo.

Em visita a Brasília, onde participa de um evento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre cooperações no setor agrícola entre Brasil e África, Rattan Lal disse à Agência Brasil, que natureza, agricultura e produtores não estão necessariamente em campos opostos.

“Podem e devem trabalhar juntos, um em favor do outro. Até porque a atividade agrícola também retira carbono da atmosfera”, argumentou o pesquisador que está no Brasil a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Cinco princípios

Segundo o pesquisador, a garantia de uma produção suficiente de alimentos não está relacionada ao tamanho, mas à forma como a terra é usada. Para que isso seja possível, é necessário que os produtores tenham, em mente, cinco princípios básicos.

“O primeiro é o de não arar terra. Isso é péssimo. Esta é uma técnica antiga, que prejudica muito a qualidade do solo”, explicou. O segundo princípio citado por Lal é deixar a cobertura vegetal protegendo a terra, após a colheita. “Isso garante a proteção do solo.”

Em terceiro lugar está a gestão integrada de nutrientes para o solo. “Fertilização química só se faz quando ela é realmente necessária”. O quarto princípio a ser seguido pelos produtores é a rotação de culturas.

Por fim, em quinto lugar, está a integração, em um mesmo ambiente, entre lavoura, pecuária e florestas, complementou Lal, que considera “fundamental” a preservação de florestas como a Amazônica e a do Congo, no centro do continente africano, para garantir a retirada de carbono da atmosfera.

“Para que essas florestas sejam mantidas, é também importante remunerar as populações locais, para manter as árvores em pé”, acrescentou o cientista, ao defender políticas que estimulem a produção sustentável nessas regiões.

África

Sobre as parcerias entre Brasil e África – construídas com o objetivo de, com a expertise brasileira, melhorar a produção de alimentos nos países daquele continente –, Lal diz que serão positivas para ambas as partes.

Para os países africanos, a parceria representa acesso a conhecimentos que ajudarão no combate à fome. Para o Brasil, representa, além de empregos, a ampliação do conhecimento.

“O Brasil tem muito a aprender por lá para, depois, aplicar aqui, uma vez que Savana e Cerrado têm muitas similaridades. São solos considerados impuros, mas que podem ser trabalhados para a produção”, complementou.

Metade é suficiente

Rattan Lal lembra que há, no planeta, cerca de 8,2 bilhões de pessoas, e que, em 25 anos, esse número chegará a cerca de 10 bilhões. “Agricultura, nesse contexto, não é problema, mas solução porque todos precisam de alimentos”, argumentou.

Segundo o pesquisador, a área total utilizada para agricultura é de 5,2 bilhões de hectares, sendo 1,5 bilhão usado para a produção de alimentos e 3,7 bilhões de hectares, para a pecuária.

“Com a adoção de tecnologias já conhecidas, precisamos apenas da metade disso para garantir produção de grãos suficiente para alimentar toda a população do planeta”, acrescentou o cientista paquistanês, ao informar que cerca de 35% de todo alimento produzido acaba sendo jogado fora.

Produção urbana

Segundo Rattan Lal, há, nas grandes cidades, uma tendência cada vez maior da chamada agricultura urbana, que pode resultar em uma produção de alimentos saudáveis sem uso de terra, por meio de técnicas como as hidropônicas e as aeropônicas, que são feitas por meio da aplicação de nutrientes via água ou névoa.

Ele ressalta que 1 milhão de pessoas em cidades consomem 6 mil toneladas de comida por dia.

“Imagine uma cidade de 15 milhões de habitantes. Com a agricultura urbana há potencial para atender 20% da demanda por comidas frescas, como legumes, vegetais e ervas. São comidas saudáveis. E alimento saudável, todos sabemos, é medicina”, argumentou.

Paz e solo

Rattan Lal é, atualmente, professor emérito da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos. Ele conquistou, além do Nobel da Paz com a equipe do ex-vice-presidente americano Al Gore, prêmios como o World Food Prize e o Arrell Global Food Innovation Award, em 2020, e o Japan Prize, em 2019.

Perguntado sobre o que, em sua área de atuação, possibilitou agregar a essa lista de premiações o Nobel da Paz, Rattan Lal é sucinto: “há uma relação direta entre paz e uso do solo, em especial para a produção de alimentos. Sem terra, povos e pessoas brigam. É, portanto, um assunto político, além de científico”.

Fonte: Agência Brasil



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Segunda-feira, 10 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil ocupa a sétima posição no ranking de 40 países que apresentaram dados de crescimento econômico referente a 2024. A listagem é elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conhecida como clube dos países ricos, por reunir nações com as economias mais avançadas do mundo.

Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, conforme divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Países

A OCDE tem 38 países, e o Brasil não está entre os membros efetivos, mas iniciou processo de adesão.

A organização lista informações sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 39 países, entre eles os não membros Brasil, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul. A Agência Brasil acrescentou o dado da Rússia, que cresceu 4,1% em 2024.

Chile, Grécia, Luxemburgo e Nova Zelândia fazem parte da OCDE, mas não foram listados pois ainda não terem divulgado dados relativos a 2024.

Comparação

País mais populoso do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, a Índia lidera o ranking de crescimento, com taxa anual de 6,7%. Em seguida aparecem China e Indonésia, ambos com expansão de 5%.

O primeiro país das Américas a figurar no ranking é a Costa Rica, que cresceu 4,3% em 2024. Os Estados Unidos, maior economia do mundo, têm a 11ª maior alta (2,8%).

O salto do PIB do Brasil foi superior à média dos países da OCDE, da União Europeia e do Grupo dos 7 (G7, países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido).

Já entre os primeiros países a formarem o Brics (grupo de nações emergentes: Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), o Brasil fica na frente apenas da África do Sul.

Cinco países apresentam queda no PIB, incluindo a Alemanha (-0,2%), maior economia da Europa.

Confira o ranking:

1) Índia: 6,7%

2) Indonésia: 5%

3) China: 5%

4) Costa Rica: 4,3%

5) Rússia: 4,1%

6) Dinamarca: 3,6%

7) Brasil: 3,4%

8) Espanha: 3,2%

9) Turquia: 3,2%

10) Polônia: 2,9%

11) Estados Unidos: 2,8%

12) Lituânia: 2,7%

13) Noruega: 2,1%

14) Eslováquia: 2%

15) Coreia: 2%

16) Portugal: 1,9%

17) Colômbia: 1,7%

18) Eslovênia: 1,6%

19) Canadá: 1,5%

20) México: 1,5%

21) Suíça: 1,3%

22) Arábia Saudita: 1,3%

23) França: 1,2%

24) República Tcheca: 1,1%

25) Austrália: 1,1%

26) Bélgica: 1%

27) Suécia: 1%

28) Países Baixos: 0,9%

29) Reino Unido: 0,9%

30) Itália: 0,7%

31) África do Sul: 0,6%

32) Hungria: 0,5%

33) Islândia: 0,5%

34) Israel: 0,1%

35) Japão: 0,1%

36) Finlândia: -0,2%

37) Alemanha: -0,2%

38) Estônia: -0,3%

39) Letônia: -0,4%

40) Áustria: -1,2%

Comparação com grupo de países:

Brasil: 3,4%

G7: 1,7%

OCDE: 1,7%

União Europeia (27 países): 1%

Zona do Euro (20 países): 0,9%

Fonte: Agência Brasil



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Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2025
MUNDO

Foto: Frame/Dilma Rousseff/X

Ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff está respondendo bem ao tratamento após quadro de neurite vestibular. De acordo com a nota desta manhã de terça-feira (25) divulgada pela assessoria da atual presidente do banco Brics, grupo econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passa bem e está mantendo suas atividades de trabalho durante a internação no hospital em Xangai, na China.

“Dilma Rousseff passa bem e tem mantido suas atividades de trabalho normalmente durante o período em que está internada. A presidenta agradece as mensagens de apoio e solidariedade recebidas”, diz o comunicado.

Dilma está internada no Shanghai East International Medical Center desde a última sexta (21) para tratar do quadro de neurite vestibular, uma inflamação do nervo vestibular, responsável por conectar o ouvido ao cérebro. Quando inflamado, o nervo pode interferir na maneira como informações são interpretadas pelo cérebro. Na maioria dos casos, o problema é causada por vírus e, em geral, seus sintomas são confundidos com os da labirintite.

Dilma Rousseff mora na China desde abril de 2023 quando assumiu a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição financeira do Brics, em sistema de rotação entre os países membros. Inicialmente, o mandato do Brasil estava previsto para terminar em julho de 2025, mas o governo brasileiro articulou uma prorrogação por mais cinco anos. Devido a internação, ela não irá à reunião de ministros da fazenda e presidentes de bancos centrais em Cidade do Cabo, na África do Sul, nesta semana. O encontro ocorreria com participação do conselho de membros do NBD.

Fonte: Bahia.ba



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Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2025
MUNDO

Foto: Reprodução

Ao completar três anos nesta segunda-feira (24), a Guerra na Ucrânia vive importante reviravolta motivada pela reestruturação do capitalismo no interior dos Estados Unidos (EUA). Tal reviravolta é marcada pela exclusão da Europa das negociações de paz, o isolamento do governo da Ucrânia e o atendimento às exigências de Moscou.

Os novos rumos da guerra são fruto da resposta de Donald Trump à perda de espaço e competitividade de economia estadunidense para, principalmente, a Ásia. com destaque para a China. Essa é a avaliação do especialista em Europa, ex-senador pela Itália em 2006, o ativista ítalo-brasileiro José Luís Del Roio.

“Pesquisas e livros dos EUA vêm alertando que todo aparato norte-americano, toda sua economia, está para estourar. A produção dos Estados Unidos é muito baixa. As tensões entre os estados são altíssimas. O nível da dívida interna é inimaginável. É uma Hollywood, parece que está tudo bem, mas está tudo mal”, destacou.

Desde o final da 2ª Guerra Mundial, a Europa - então aliado de primeira ordem dos EUA - recebe recursos do Tesouro estadunidense por meio da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Agora, Washington diz que a Europa deve pagar sua própria segurança.

Del Roio avalia que Trump tenta uma alternativa à situação atual da economia dos EUA. “Se a alternativa é boa ou ruim, para os EUA e para o mundo, vamos ver. O que está em jogo é a reestruturação do capitalismo norte-americano a partir do seu interior”, acrescentou.

Para o analista, a Europa vai precisar se reinventar e avalia que tanto a Otan, quanto a União Europeia (UE), devem se desintegrar. “Esse terremoto interno nos EUA atinge profundamente a Europa. Agora, ela está órfã”, completou.

Para especialistas em relações internacionais consultados pela Agência Brasil, a Guerra da Ucrânia marca o início de uma nova ordem global com o fim da arquitetura de poder criada após a 2ª Grande Guerra.

O professor de relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Elídio A. B. Marques, lembra que, quando a guerra começou, em fevereiro de 2022, a Europa vinha se aproximando da Rússia, especialmente por causa da necessidade do gás barato russo.

Elídio diz que o conflito levou o continente, em especial à Alemanha, a se alinhar de maneira incondicional à posição de Washington, que tentava isolar Moscou. “Contraditoriamente, a nova política dos EUA pode significar uma aceleração do fim do conflito na sua forma atual. Agora, com a interferência do Trump no processo, a Europa fica ainda mais rebaixada a um aliado ainda menos relevante”, completou.

Ucrânia

As exigências impostas por Trump à Ucrânia, como o acesso à recursos estratégicos do país, é visto pelos especialistas como uma chantagem e um tipo de relação que retoma à escravidão.

Bombeiro nos destroços de hotel atingido por ataque russo em Odesa, na Ucrânia

O presidente estadunidense quer controlar recursos do território ucraniano, como as chamadas terras raras, grupo de 17 elementos químicos de interesse das grandes potências. Trump alega que a Ucrânia deve retribuir a ajuda militar e financeira de cerca de U$S 350 bilhões para a guerra.

A doutora em relações internacionais e professora da FIA Business School, Carolina Pavese, avalia que a proposta viola os princípios mais básicos da diplomacia comercial.

“Uma chantagem extrema. Essa contribuição não é uma doação. Quando os EUA ajudam a Ucrânia, na verdade, estão ajudando sua própria indústria bélica porque a maior parte dela foi canalizada para armamentos produzidos nos EUA”, disse.

Para Pavese, Washington tenta reservar os recursos da Ucrânia para corrida tecnológica. "Esses elementos de terras raras são muito concentrados em poucas geografias. Os EUA querem impedir que a Europa e a China tenham acesso a esses recursos. A Ucrânia tem 20% do grafite do mundo”, completou a também professora do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

Para o especialista José Luiz Del Roio, as exigências de Trump para Ucrânia remontam a uma relação de tipo escravocrata. “Isso é uma coisa implacável. É a destruição e escravidão em uma população. Mesmo que o governo ucraniano tenha sido ladrão [dos recursos enviados pelos EUA], e parece que foi, você não pode cobrar da população”, ponderou.

Nova Ordem Mundial

O professor da UFRJ, Elídio Marques, afirma que a invasão da Ucrânia marcou o fim da ordem mundial criada em 1945. “Uma grande questão para todos os atores é a de como se posicionar para se defender das ondas de turbulência produzidas por esta mudança”, pontou.

Avaliação semelhante faz Del Roio, que diz que será preciso construir um novo arcabouço institucional para as relações entre os Estados nacionais. “É necessário um esforço muito complicado. Será preciso sentar-se Rússia, China e Estados Unidos para tentar, se for possível, desenhar um novo arcabouço”, informou.

Para o especialista, não será possível excluir a Índia dessa equação e a África teria que ser levada em consideração, principalmente devido à sua expansão demográfica acelerada.

“Todo o arcabouço mundial vai ter que ser refeito. Requer muita coragem, muita inteligência, pouca ambição dos Estados e uma grande ambição à humanidade porque a situação não está boa, não. Essa mudança é justa porque a Europa era um centro mundial e hoje não é mais, e será sempre menos”, completou.

Rússia

Já a Rússia sai fortalecida no cenário global dessa guerra com a nova conjuntura, tendo suas demandas atendidas, como a aquisição dos territórios do leste e a não adesão de Kiev à Otan, avaliou a doutora pela London School of Economics, Carolina Pavese.

“Direta ou indiretamente, os EUA estão ajudando Moscou a sair fortalecida perante o continente europeu. E ela ainda continua exercendo forte influência global, como na China ou com o Irã, países com os quais, ao contrário dos EUA, a Rússia tem um canal de diálogo forte. Nesse sentido, fortalece a Rússia não só na região, mas na política internacional”, analisou.

Fonte: Agência Brasil



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Sábado, 22 de Fevereiro de 2025
MUNDO

Foto: Reprodução

Um novo estudo publicado na última terça-feira (18) por cientistas chineses detalha o encontro de um novo tipo de coronavírus que pode contaminar humanos das mesmas formas que o SARS-CoV-2, vírus causador da covid-19.

O que aconteceu

Novo coronavírus foi encontrado em morcegos-anões. Cientistas apontam que esse vírus tem potencial contagioso entre humanos e animais semelhante ao vírus causador da Covid-19. Ambos se ligam à enzima conversora da angiotensina 2 (ECA-2) para infectar as células.

Vírus não foi detectado em humanos. O HKU5-CoV-2 vem da mesma linhagem do merbecovirus, que inclui vírus como o causador da Mers (Síndrome respiratória do Oriente Médio).

Testes em laboratórios indicaram que vírus pode contaminar células humanas. Os cientistas do Laboratório de Guangzhou publicaram que o coronavírus contaminou tecidos pulmonares e intestinais cultivados artificialmente com células humanas. Apesar disso, a publicação aponta que “os riscos de disseminação do vírus para humanos precisa ser investigada”.

Estudo foi liderado pela virologista conhecida como “mulher-morcego”. Shi Zhengli é uma das maiores pesquisadoras em coronavírus em morcegos, e ficou conhecida por seu trabalho no Instituto de Virologia de Wuhan, apontado por conspiracionistas como o local de origem do SARS-CoV-2.

Descoberta de vírus fez dólar subir. A moeda norte-americana fechou em R$ 5,731, com alta de R$ 0,026 (+0,46%), após operar em R$ 5,69 por volta das 13h45. A notícia também trouxe turbulências no mercado de ações, reduzindo o valor do índice Ibovespa, e gerando queda de juros dos títulos norte-americanos, considerados os investimentos mais seguros do planeta.

Fonte: As informações são do UOL.



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Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025
MUNDO

Instagram/Reprodução

Internado há quase uma semana para tratar uma pneumonia bilateral, o Papa Francisco, de 88 anos, vem apresentando melhoras em seu quadro de saúde. Mas, de acordo com o jornal britânico The Sun, o Vaticano já estaria ensaiando o funeral do pontífice.

A publicação contou que os integrantes da Guarda Suíça, responsável pela segurança do comandante da Igreja Católica, já estariam passando por um treinamento para a cerimônia de despedida. A medida teria sido tomada, segundo fontes, porque o Papa teria dito a assessores próximos que teme não sobreviver.

Apesar da divulgação do preparo, o capitão da Guarda Suíça, Christian Kühne, negou à agência de notícias católica KNA, nesta quarta-feira (19/2), que ele e seus homens estejam se preparando para o funeral e afirmou que tudo está normal, com os protocolos mantidos.

Fiéis lotam as ruas

O jornal relatou também que fiéis de toda parte do mundo têm lotado as ruas próximas ao hospital Gemelli, em Roma, onde o pontífice está.

O Vaticano revelou, na última segunda-feira (17/2), três dias depois da internação, que ele estava lutando contra um “quadro clínico complexo” que envolvia uma “infecção polimicrobiana do trato respiratório”.

Fonte: Metrópoles



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