Sexta-feira, 09 de Maio de 2025
MUNDO

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enalteceu o avanço econômico e tecnológico da China e disse que não vai aceitar uma “nova Guerra Fria” do país asiático contra os Estados Unidos. A declaração foi concedida em entrevista à revista americana The New Yorker, publicada nesta quinta-feira (8).

“Precisamos dizer: graças a Deus temos a China que, do ponto de vista tecnológico, é muito avançada e pode competir no mundo tecnológico da IA [Inteligência Artificial], dando-nos uma alternativa para este debate”, afirmou.

Lula disse que a animosidade das potências ocidentais para com a China se deve aos ganhos de mercado do país asiático no cenário internacional. O petista citou Ronald Reagan e Margaret Thatcher, expoentes da direita no mundo na década de 1980, como exemplo de estímulo a esse tipo de globalização e livre comércio.

“A China começou a produzir tudo o que era produzido nos Estados Unidos e na Europa. Não se podia comprar uma única calça, sapato ou camisa que não tivesse a inscrição ‘Made in China’. Eles copiaram tudo com muita habilidade e aprenderam a produzir tão bem quanto, ou até melhor. Agora que os chineses se tornaram competitivos, tornaram-se inimigos do mundo”, declarou irritado, segundo a revista.

“Não aceitamos isso. Não aceitamos a ideia de uma segunda Guerra Fria. Aceitamos a ideia de que quanto mais semelhantes os países forem — tecnológica e militarmente — mais eles precisarão dialogar entre si, porque não tenho certeza se o planeta aguentará uma Terceira Guerra Mundial”, acrescentou.

Lula está em Moscou nesta quinta-feira (8) para um encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e para acompanhar o desfile militar que marca os 80 anos da vitória da antiga União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. 

Fonte: CNN Brasil



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Quinta-feira, 08 de Maio de 2025
MUNDO

Fonte: reprodução/fundacred

O bilionário e cofundador da Microsoft, Bill Gates, anunciou nesta quinta-feira (8) que pretende doar praticamente toda a sua fortuna, estimada em cerca de US$ 200 bilhões, nos próximos 20 anos. O montante será destinado à Fundação Bill & Melinda Gates, que encerrará suas atividades em 31 de dezembro de 2045.

Em comunicado oficial, Gates afirmou que não deseja “morrer rico” e que seu objetivo é aplicar os recursos em causas urgentes, como saúde global, educação e combate à pobreza. Ele destacou que, diante da redução de ajuda internacional por parte de países como Estados Unidos, Reino Unido e França, é fundamental que iniciativas privadas preencham essa lacuna.

A Fundação Gates, criada em 2000, já destinou cerca de US$ 100 bilhões a projetos em todo o mundo, incluindo campanhas de vacinação e programas de combate a doenças como AIDS, tuberculose e malária. Com o novo aporte, a expectativa é dobrar esse valor até o encerramento das atividades da instituição.

Fonte: BPMoney



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Segunda-feira, 21 de Abril de 2025
MUNDO

Papa Francisco Crédito: Shutterstock

Morre o Papa Francisco. O anúncio foi dado, com pesar, na manhã desta segunda-feira, diretamente da Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, pelo camerlengo da Igreja, o cardeal Joseph Farrell, com as seguintes palavras:

“Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja.

Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.

Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”

Última mensagem

Ontem, domingo, o Pontífice apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, deixando sua última mensagem para a Igreja e o mundo.

O texto, lido pelo Monsenhor Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, ressaltou a Páscoa como festa da vida:

“Cristo ressuscitou! Neste anúncio encerra-se todo o sentido da nossa existência, que não foi feita para a morte, mas para a vida. A Páscoa é a festa da vida! Deus criou-nos para a vida e quer que a humanidade ressurja! Aos seus olhos, todas as vidas são preciosas! Tanto a da criança no ventre da mãe, como a do idoso ou a do doente, considerados como pessoas a descartar num número cada vez maior de países.”

Este anúncio de esperança ressoa hoje ainda mais forte enquanto vemos todos os dias os inúmeros conflitos que ocorrem em diferentes partes do mundo. “Quanta violência vemos com frequência também nas famílias, dirigida contra as mulheres ou as crianças! Quanto desprezo se sente por vezes em relação aos mais fracos, marginalizados e migrantes!”, escreve com pesar Francisco, que formula os seus votos:

“Neste dia, gostaria que voltássemos a ter esperança e confiança nos outros” e “a ter esperança de que a paz é possível!” O Santo Padre então elenca os vários países e regiões em conflito, a partir da Terra Santa, onde este ano católicos e ortodoxos celebram a Páscoa juntos, manifestando preocupação com o crescente clima de antissemitismo e definindo como “dramática e ignóbil” a situação humanitária em Gaza”.

Em sua última mensagem, o Papa também fez seus apelos pela paz, que “não é possível sem um verdadeiro desarmamento”. O pedido do Pontífice foi para que os recursos disponíveis sejam utilizados para ajudar os necessitados, combater a fome e promover iniciativas que favoreçam o desenvolvimento. “Estas são as ‘armas” da paz: aquelas que constroem o futuro, em vez de espalhar morte!”, afirmou.

“Que o princípio da humanidade nunca deixe de ser o eixo do nosso agir quotidiano. Perante a crueldade dos conflitos que atingem civis indefesos, atacam escolas e hospitais e agentes humanitários, não podemos esquecer que não são atingidos alvos, mas pessoas com alma e dignidade.” Por fim, os votos de que neste ano jubilar a Páscoa seja uma ocasião para libertar os prisioneiros de guerra e os presos políticos”.

Fonte: CNBB



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Terça-feira, 08 de Abril de 2025
MUNDO

Foto: Reprodução

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou nesta terça-feira (8) que os Estados Unidos vão cobrar tarifas de 104% sobre os produtos chineses a partir de quarta-feira (9). A medida é mais um episódio da guerra comercial entre os países.

Na coletiva de imprensa transmitida pelas redes sociais da Casa Branca nesta tarde, a secretária foi questionada por um repórter se o presidente Donald Trump manteria a decisão de adicionar 50% em taxas sobre os produtos da China.

“Elas [as novas taxas] entrarão em vigor à meia-noite de hoje. Então, efetivamente amanhã”, respondeu Karoline Leavitt.

Minutos antes, a secretária havia criticado o governo chinês por não recuar e aceitar uma negociação com os Estados Unidos.

“Países como a China, que escolhem retaliar e tentam redobrar os maus-tratos aos trabalhadores americanos, estão cometendo um erro. O presidente Trump tem uma espinha dorsal de aço e não vai quebrar. A América não vai quebrar sob sua liderança. Ele é guiado por uma firme convicção de que a América deve ser capaz de produzir bens essenciais para o nosso próprio povo e exportá-los para o mundo”, disse Leavitt.

 

Na segunda-feira, Donald Trump havia ameaçado impor tarifas adicionais sobre todas as importações da China caso Pequim não recuasse da decisão de impor tarifas recíprocas contra Washington.

“Se a China não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas adicionais à China de 50%, com efeito em 9 de abril”, disse o americano em rede social.

Histórico de taxação

Em março, Washington impôs taxas específicas de 20% à China, em um dos primeiros movimentos de Trump para pressionar o país asiático. No último dia 2 abril, os EUA iniciaram uma guerra de tarifas contra todos os parceiros comerciais, com taxação adicional de 34% sobre todos os produtos chineses que entram no país norte-americano. Com a promessa de uma terceira taxação de 50%, o total iria para 104%.

Além de retaliar com tarifas de 34% sobre os produtos estadunidenses, Pequim também estabeleceu restrições para exportação de minerais raros, chamados terras raras, e proibir o comércio com 16 empresas dos EUA.

Em editorial publicado no domingo (6), o jornal porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCCh) – o Diário do Povo – disse que a China está preparada para a guerra de tarifas de Donald Trump e que o “céu não cairá” por causa das novas barreiras comerciais.

“Devemos transformar pressão em motivação e encarar a resposta ao impacto dos EUA como uma oportunidade estratégica para acelerar a construção de um novo padrão de desenvolvimento”, afirmou o editorial do principal jornal do PCCh.

Fonte: Agência Brasil



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Sexta-feira, 04 de Abril de 2025
MUNDO

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Os 11 países-membros do Brics reafirmaram, nesta quinta-feira (3), em Brasília, o compromisso de ampliar urgentemente as ações necessárias ao enfrentamento das consequências das mudanças climáticas globais, bem como da perda de biodiversidade, desertificação, degradação da terra, seca, poluição e outros problemas ambientais.

O compromisso consta da declaração conjunta divulgada ao término da 11ª reunião dos ministros de Meio Ambiente do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã. O encontro ocorreu no Palácio do Itamaraty e foi presidido pelo Brasil.

“Reafirmamos nosso firme compromisso de ampliar ações urgentes para enfrentar os desafios impostos pela mudança do clima, perda de biodiversidade, desertificação, degradação da terra, seca e poluição, entre outros”, declaram os signatários do texto, acrescentando que “a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável”.

“O que está decidido é que nós temos que triplicar [o uso de fontes de energia] renovável, duplicar a eficiência energética, fazer a transição [energética] justa e planejada para o fim dos combustíveis fósseis e que seja justa para todos”, declarou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em entrevista coletiva após o término do encontro ministerial.

Durante a reunião, os ministros do Meio Ambiente dos países do Brics debateram quatro temas, que foram incluídos na declaração conjunta: poluição por plástico e gestão de resíduos; desertificação, degradação da terra e seca; preservação, restauração e valoração dos serviços ecossistêmicos e a liderança coletiva para o clima: sinergias com a Agenda 2030 – plano de ação global definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que estabelece 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas interconectadas.

Na declaração aprovada durante a reunião desta quinta-feira, as autoridades governamentais defendem também a importância do multilateralismo e da colaboração em ações de proteção ambiental e promoção do desenvolvimento sustentável. E expressam preocupação com a possibilidade de metas de financiamento pré-acordadas não serem atingidas, a exemplo do compromisso dos países desenvolvidos destinarem, conjuntamente, US$ 300 bilhões por ano, até 2035, para financiar ações climáticas em países em desenvolvimento, conforme aprovado na 29ª Conferência das Partes (COP29) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, realizada em 2024, no Azerbaijão.

“Não nos furtamos a fazer o debate neste processo todo e de colocarmos com muita ênfase a importância do enfrentamento da mudança climática e a importância de viabilizarmos o US$ 1,3 trilhão para a devida implementação desses esforços”, afirmou a ministra, ao ser questionada sobre o tom das conversas entre os países-membros do Brics, alguns dos quais são grandes produtores de combustíveis fósseis.

Marina Silva destacou que todos concordam que é preciso implementar as decisões que são tomadas. “A forma como isso vai ser feito na realidade de cada país vai ser expressa nas Ndcs [sigla em inglês para Contribuições Nacionalmente Determinadas, nas quais cada nação estabelece sua meta e estratégia para reduzir a emissão de gases de efeito estufa até 2035]. “Que devem ser ambiciosas”, disse Marina, lembrando que, do países do Brics, apenas Brasil e Emirados Árabes já apresentaram oficialmente suas Ndcs.

O prazo para que as demais nações apresentem seus planos termina em setembro.

Fonte: Agência Brasil



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Quinta-feira, 27 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Agência Brasil

Representantes de vários países se encontram nesta quinta (27) e sexta-feira (28), em Paris, na França, com o objetivo de melhorar as condições de alimentação para a população global. A cúpula Nutrition for Growth reúne governos, doadores, sociedade civil, pesquisadores e setor privado.

“Trata-se de um momento de intercâmbio entre sociedade civil, cientistas, empresas, governos, ONGs, todos aqueles que trabalham no setor da nutrição, para procurar ideias novas, boas, que possam mudar a vida das pessoas localmente”, explica o secretário-geral da cúpula, Brieuc Pont.

O objetivo é firmar compromissos para garantir uma nutrição melhor para as pessoas. Entre as propostas estão coordenar investimentos para superar o déficit de 13 bilhões de dólares por ano no financiamento à nutrição, integrar a discussão sobre alimentação aos esforços nas áreas de saúde, agricultura, educação e ações climáticas e fomentar planos nacionais voltados para a segurança alimentar.

“A cúpula é também um momento em que se anunciam os recursos financeiros. Então vamos ter vários anúncios nos próximos dias, que já foram registrados na plataforma onde se registram esses compromissos financeiros. Mas também são feitos compromissos políticos”, ressalta o secretário.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que 2,8 bilhões de pessoas não consigam ter acesso a uma nutrição saudável. Mais da metade das mortes de crianças é provocada pela desnutrição.

A cúpula Nutrition for Growth teve sua primeira edição em 2013, em Londres. Também já passou por Milão (em 2017) e Tóquio (em 2021). Em sua última edição, na capital japonesa, foram registrados 396 compromissos por 181 entidades, em um total de 27 bilhões de dólares.

“Em Tóquio, quem não se mobilizou foram os bancos públicos de desenvolvimento. E são eles que agora estamos procurando. E temos boas expectativas. O Banco Africano de Desenvolvimento triplicou seu compromisso financeiro. O Banco Asiático passou de zero a 3 bilhões de dólares de compromisso. E temos entidades que ainda não posso anunciar agora, que, realmente, estão fazendo um esforço substancial para a nutrição, inclusive a França”, afirma Pont.

Segundo Brieuc, neste momento, muitos investimentos estão direcionado para os sistemas de defesa, mas é preciso também focar na segurança alimentar.

“Sabemos que a segurança dos povos não é baseada unicamente na defesa, também é baseada no desenvolvimento. É muito importante que estejamos todos cientes disso. Não existe segurança para povos endinheirados se os vizinhos estão morrendo de fome”.

Na edição deste ano, em Paris, a cúpula terá entre seus focos principais a transição para sistemas alimentares sustentáveis em um contexto de mudanças climáticas. Relatório de um dos grupos de trabalho preparatórios para o evento, que reuniram governos, empresas e sociedade civil, mostram que os sistemas atuais de produção de alimentos contribuem para a degradação ambiental e para as mudanças climáticas.

Ao mesmo tempo, esses sistemas produtivos são altamente vulneráveis a eventos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor.

Outros temas principais são a resiliência a crises e a saúde e proteção social. Entre os temas transversais estão o uso de dados, inovação e inteligência artificial para planejamento de políticas para enfrentamento à fome.

O Brasil será representado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, que além de fazer um discurso na abertura da cúpula, terá um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, a diretora do Programa Mundial de Alimentos, Cindy McCain, e outras lideranças. 

Fonte: Agência Brasil



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Quinta-feira, 27 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Reprodução

O aquecimento climático a longo prazo e a frequência crescente de ondas de calor a curto prazo estão a reduzir significativamente os níveis de oxigénio dissolvido (OD) nos lagos de todo o mundo.

Os ecossistemas de água doce requerem níveis adequados de oxigénio para sustentar a vida aeróbica e manter comunidades biológicas saudáveis.

Um estudo publicado na Science Advances, liderado pelos professores Shi Kun e Zhang Yunlin do Instituto de Geografia e Limnologia de Nanquim, da Academia Chinesa de Ciências, em colaboração com investigadores da Universidade de Nanquim e da Universidade de Bangor (Reino Unido), quantifica os efeitos do aquecimento climático contínuo e da intensificação das ondas de calor nos níveis de OD à superfície em lagos de todo o mundo.

A equipa de investigação utilizou um conjunto de dados abrangente e aplicou um modelo baseado em dados para analisar as variações de OD à superfície em mais de 15.000 lagos nas últimas duas décadas.

O estudo revela uma diminuição generalizada das concentrações de OD à superfície, com 83% dos lagos estudados a apresentarem desoxigenação significativa.

A taxa média de desoxigenação nos lagos excede a dos oceanos e rios, o que sublinha a gravidade do problema, noticiou na segunda-feira a agência Europa Press.

Os investigadores exploraram ainda mais o papel do aquecimento global e da eutrofização na determinação das concentrações de oxigénio dissolvido (OD) à superfície.

As suas descobertas indicam que o aquecimento global, ao reduzir a solubilidade do oxigénio, contribui para 55% da desoxigenação da superfície global.

Enquanto isso, o aumento da eutrofização é responsável por aproximadamente 10% da perda global total de oxigénio à superfície.

Foram também analisadas as tendências históricas nas ondas de calor, avaliando quantitativamente o seu impacto nos níveis de OD à superfície.

O estudo mostra que as ondas de calor exercem efeitos rápidos e pronunciados na redução do OD da superfície, resultando numa redução de 7,7% do OD da superfície em comparação com as condições climáticas médias.

Estas descobertas sublinham o profundo impacto das alterações climáticas nos ecossistemas de água doce, enfatizando a necessidade urgente de estratégias de mitigação e adaptação para preservar os ecossistemas lacustres em todo o mundo.

O estudo fornece informações cruciais para os decisores políticos e gestores ambientais que trabalham para combater a crescente ameaça da desoxigenação da água doce. 

Fonte: CNN Portugal



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Quinta-feira, 27 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A ex-presidenta Dilma Rousseff continuará à frente do Banco do Brics. A recondução da brasileira ao cargo – indicada em 2023 para mandato que se encerraria em julho deste ano – foi confirmada pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

“Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos Brics vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”, postou Gleisi em suas redes sociais.

A indicação de Dilma para continuar à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB – sigla em inglês) pelos próximos cinco anos já havia sido acenada no final do ano passado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

De acordo com as regras do banco, há um rodízio de indicações para o cargo, entre cada país-membro fundador do Brics, para mandatos de cinco anos. São membros fundadores do bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Seguindo esse critério, a próxima indicação ficaria a cargo da Rússia.

No entanto, durante o encerramento da 16º Cúpula dos Brics, em Kazan, na Rússia, Putin já havia acenado com a indicação de Dilma, enquanto estratégia para evitar “transferir todos os problemas [que em função da guerra com a Ucrânia] estão associados à Rússia”, discursou o presidente russo.

Dilma assumiu a chefia do banco em março de 2023, no lugar de Marcos Troyjo, indicado pelo governo de Jair Bolsonaro. A troca dos ocupantes do cargo foi feita após Luiz Inácio Lula da Silva assumir a Presidência do Brasil.

Fonte: Agência Brasil



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Segunda-feira, 24 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (19) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinará uma ordem executiva com intuito de fechar o Departamento de Educação.

Essa é uma das medidas que havia sido prometida por ele durante a campanha. A informação foi divulgada pela própria Casa Branca.

Linda McMahon, Secretária de Educação dos EUA, foi orientada a seguir a ordem de “tomar todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento [do] Departamento de Educação e devolver a autoridade educacional aos estados, enquanto continua a garantir a entrega eficaz e ininterrupta de serviços, programas e benefícios dos quais os americanos dependem”.

A ordem executiva ainda exige que qualquer programa ou outra atividade que seja patrocinada ou ajudada pelos fundos restantes do Departamento de Educação não poderão promover campanhas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI, na sigla em inglês) ou “ideologia de gênero”.

Essa ação não é repentina, já que o presidente Trump já havia entrado com essa proposta em seu primeiro mandato, de 2017 e 2021, porém não foi bem sucedida por conta da negação do Congresso. Atualmente, o Departamento emprega 4.245 pessoas e gastou US$251 bilhões no ano mais recente.

Já em sua última campanha para o cargo, Trump apontou inúmeras vezes que via o departamento como um exagero federal e o vinculou a questões de guerra cultural.

“Vamos drenar o pântano educacional do governo e parar o abuso do dinheiro dos seus contribuintes para doutrinar a juventude americana com todos os tipos de coisas que vocês não querem que nossos jovens ouçam”, exclamou ele.

Alguns Thinktanks conservadores apoiaram a ordem do presidente estadunidense de fechar o Departamento de Educação, e sugeriram que outras agências assumissem seus programas de auxílio e deveres de supervisão.

Fonte: CNN Brasil



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Sábado, 22 de Março de 2025
MUNDO

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com um currículo repleto de prêmios – entre eles, o Nobel da Paz de 2007, pelos trabalhos feitos em parceria com o ex-presidente norte-americano Al Gore –, o “cientista do solo” Rattan Lal diz que, ao contrário do que muitos pensam, a agricultura tem muito a contribuir para amenizar os efeitos danosos das mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que pode garantir alimento à população como um todo.

“No entanto, isso só será possível caso os produtores sigam alguns princípios básicos”, diz o premiado cientista paquistanês.

Para ele, o que importa não é a quantidade de terra utilizada para a produção, mas a qualidade técnica adotada para o cultivo.

Em visita a Brasília, onde participa de um evento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre cooperações no setor agrícola entre Brasil e África, Rattan Lal disse à Agência Brasil, que natureza, agricultura e produtores não estão necessariamente em campos opostos.

“Podem e devem trabalhar juntos, um em favor do outro. Até porque a atividade agrícola também retira carbono da atmosfera”, argumentou o pesquisador que está no Brasil a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Cinco princípios

Segundo o pesquisador, a garantia de uma produção suficiente de alimentos não está relacionada ao tamanho, mas à forma como a terra é usada. Para que isso seja possível, é necessário que os produtores tenham, em mente, cinco princípios básicos.

“O primeiro é o de não arar terra. Isso é péssimo. Esta é uma técnica antiga, que prejudica muito a qualidade do solo”, explicou. O segundo princípio citado por Lal é deixar a cobertura vegetal protegendo a terra, após a colheita. “Isso garante a proteção do solo.”

Em terceiro lugar está a gestão integrada de nutrientes para o solo. “Fertilização química só se faz quando ela é realmente necessária”. O quarto princípio a ser seguido pelos produtores é a rotação de culturas.

Por fim, em quinto lugar, está a integração, em um mesmo ambiente, entre lavoura, pecuária e florestas, complementou Lal, que considera “fundamental” a preservação de florestas como a Amazônica e a do Congo, no centro do continente africano, para garantir a retirada de carbono da atmosfera.

“Para que essas florestas sejam mantidas, é também importante remunerar as populações locais, para manter as árvores em pé”, acrescentou o cientista, ao defender políticas que estimulem a produção sustentável nessas regiões.

África

Sobre as parcerias entre Brasil e África – construídas com o objetivo de, com a expertise brasileira, melhorar a produção de alimentos nos países daquele continente –, Lal diz que serão positivas para ambas as partes.

Para os países africanos, a parceria representa acesso a conhecimentos que ajudarão no combate à fome. Para o Brasil, representa, além de empregos, a ampliação do conhecimento.

“O Brasil tem muito a aprender por lá para, depois, aplicar aqui, uma vez que Savana e Cerrado têm muitas similaridades. São solos considerados impuros, mas que podem ser trabalhados para a produção”, complementou.

Metade é suficiente

Rattan Lal lembra que há, no planeta, cerca de 8,2 bilhões de pessoas, e que, em 25 anos, esse número chegará a cerca de 10 bilhões. “Agricultura, nesse contexto, não é problema, mas solução porque todos precisam de alimentos”, argumentou.

Segundo o pesquisador, a área total utilizada para agricultura é de 5,2 bilhões de hectares, sendo 1,5 bilhão usado para a produção de alimentos e 3,7 bilhões de hectares, para a pecuária.

“Com a adoção de tecnologias já conhecidas, precisamos apenas da metade disso para garantir produção de grãos suficiente para alimentar toda a população do planeta”, acrescentou o cientista paquistanês, ao informar que cerca de 35% de todo alimento produzido acaba sendo jogado fora.

Produção urbana

Segundo Rattan Lal, há, nas grandes cidades, uma tendência cada vez maior da chamada agricultura urbana, que pode resultar em uma produção de alimentos saudáveis sem uso de terra, por meio de técnicas como as hidropônicas e as aeropônicas, que são feitas por meio da aplicação de nutrientes via água ou névoa.

Ele ressalta que 1 milhão de pessoas em cidades consomem 6 mil toneladas de comida por dia.

“Imagine uma cidade de 15 milhões de habitantes. Com a agricultura urbana há potencial para atender 20% da demanda por comidas frescas, como legumes, vegetais e ervas. São comidas saudáveis. E alimento saudável, todos sabemos, é medicina”, argumentou.

Paz e solo

Rattan Lal é, atualmente, professor emérito da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos. Ele conquistou, além do Nobel da Paz com a equipe do ex-vice-presidente americano Al Gore, prêmios como o World Food Prize e o Arrell Global Food Innovation Award, em 2020, e o Japan Prize, em 2019.

Perguntado sobre o que, em sua área de atuação, possibilitou agregar a essa lista de premiações o Nobel da Paz, Rattan Lal é sucinto: “há uma relação direta entre paz e uso do solo, em especial para a produção de alimentos. Sem terra, povos e pessoas brigam. É, portanto, um assunto político, além de científico”.

Fonte: Agência Brasil



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