Sábado, 03 de Novembro de 2018
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Lideranças do Sindicato dos Agricultores Familiares de Petrolina (Sintraf) buscam há 24 horas um posicionamento da 3ª Superintendência Regional da Codevasf sobre uma possível reintegração de posse ilegal realizada na Fazenda Copa Fruit, próxima ao Núcleo 4 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho. Na manhã desta quarta-feira (31), agentes da Companhia e do Distrito atearam fogo e usaram tratores para derrubar casas das famílias do acampamento Chico Sales.

A ação ocorreu enquanto os acampados estavam trabalhando no campo, e não resultou em violência. De acordo com o agricultor familiar, Antônio José Pereira, durante a reintegração eles perderam móveis, roupas e objetos pessoais.  Ao ser informado da derrubada, Antônio se dirigiu ao acampamento, mas só conseguiu fazer filmagens dos móveis em chamas.

“Quando cheguei não tinha o Oficial de Justiça, policiais ou nenhum documento com a ordem de reintegração de posse, apenas os guardas que fazem a vigilância do canal e uma representante do departamento de Latifúndio da Codevasf dizendo que tinha o poder de polícia para fazer aquilo”, comentou ele.

Sem entender o motivo de a Codevasf se envolver num ato não relacionado à companhia, a presidente do sindicato, Isália Damacena, o advogado José Netto Bezerra e o diretor do Sintraf, Natalício Sá, marcaram uma reunião com representantes da instituição para as 14h de ontem – o que acabou não acontecendo.

“Até agora não entendi por que a Codevasf fez essa desocupação se a área do acampamento Chico Sales não pertence a ela, já que é uma propriedade privada. E mesmo que fosse dela, deveria haver uma notificação prévia ou algo do tipo. O que não ocorreu”, afirma.

Segundo a sindicalista, o Sintraf tem buscado contato com responsáveis pelo DINC (Distrito de Irrigação) e a própria Superintendência da Codevasf, mas não obtém respostas. “A única informação que tive foi que o pessoal do DINC serviu apenas de apoio [à ação]”, concluiu ela ao lembrar que a Fazenda Copa Fruit está desativada há 10 anos.

Fonte: Ascom/Sindicato dos Agricultores Familiares de Petrolina (Sintraf)



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