As ações do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) foram definidas, em novembro, com o objetivo de reduzir a dependência externa do Brasil nesse setor e garantir a segurança alimentar, desde que prevaleçam critérios para minimizar os impactos ambientais. Há tempos alinhada à agenda verde, a Galvani, uma das maiores produtoras de fertilizantes fosfatados do país, cumpriu as exigências do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) e acaba de obter uma licença de instalação para nova fase da unidade em Irecê (480 km de Salvador).
De acordo com dados do Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), mais de 87% dos fertilizantes hoje utilizados pela agricultura brasileira são importados, ao custo anual de US$ 25 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões). Com diretrizes, metas e ações de curto e longo prazos, o PNF quer chegar a 2050 com uma produção nacional capaz de atender a 45% da demanda interna. É preciso, então, reativar, concluir ou ampliar fábricas de fertilizantes estratégicas para o Brasil, sobretudo nitrogenados e fosfatados.
A licença emitida pelo Inema, no dia 29 de janeiro, permite à Galvani ingressar em nova fase de mineração e beneficiamento de fosfato usado na produção de fertilizantes. Com investimento estimado em R$ 340 milhões, o projeto aprovado permitirá a duplicação da produção da Galvani no município baiano de Luís Eduardo Magalhães (950 km de Salvador), passando de 600 mil para 1,2 milhão de toneladas/ano.
"É um marco significativo para a Galvani e para a comunidade de Irecê”, diz a diretora da Sustentabilidade e Relações Institucionais da Galvani, Sylvia Tabarin. “A obtenção da licença de instalação representa um avanço estratégico para a empresa e reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável”, acrescenta, citando ainda o êxito da parceria com a Companhia Baiana de Produção Mineral (CBPM).
A partir de agora, a Galvani pode iniciar a instalação da unidade de produção e, simultaneamente, conduzir os estudos necessários para fundamentar o pedido de licença de operação que brevemente será formalizado perante o órgão estadual de proteção do meio ambiente. Na fase atual, é estimada a geração de aproximadamente mil empregos diretos e indiretos. A previsão é dar início à operação da nova unidade em 2026.
Companhia 100% brasileira de produção verticalizada de fertilizantes, a Galvani opera na mineração, beneficiamento, industrialização e distribuição destes insumos. Atuante desde a década de 1960, lidera a produção e a distribuição na região agrícola do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
A Galvani possui um complexo industrial em Luís Eduardo Magalhães e uma unidade de mineração e beneficiamento em Campo Alegre de Lourdes (875 km de Salvador). No ano passado, conquistou o seu primeiro financiamento verde de R$ 15 milhões para um projeto de gestão de recursos hídricos em sua fábrica de fertilizantes em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano. A iniciativa permite reduzir em 50% o consumo de água de poço artesiano com a infraestrutura para captar, armazenar e reciclar a água da chuva.
Para avançar com a agenda verde, a Galvani realizou aportes superiores a R$ 1 milhão na região de Irecê, por meio de leis de incentivo fiscal federal, que viabilizaram projetos sociais ao longo de 2023, com seguimento em 2024. Estas ações beneficiam cerca de 3.700 pessoas da região em áreas como música e artes cênicas, educação, esporte, saúde integral, empreendedorismo e preservação ambiental.
Há 17 anos, a empresa mantém o Parque Vida Cerrado de educação socioambiental no Oeste da Bahia. A instituição promove a conservação integrada da fauna e flora com a manutenção de espécies, algumas ameaçadas de extinção. O parque já contribuiu para a restauração de mais de 135 hectares, área equivalente a 135 campos de futebol, além da produção e distribuição de mais de 200 mil mudas nativas, valorizando a biodiversidade.
Num cenário em que o aquecimento global reduz a produtividade da lavoura, a Galvani demonstra interesse em superar obstáculos presentes da cadeia de valor. Dentre os muitos caminhos possíveis, os cuidados ambientais são insubstituíveis na busca por maior sustentabilidade na produção de alimentos. Quem já ingressou na jornada socioambiental e de governança, sem dúvida, está mais próximo de atender às expectativas do consumidor e da sociedade.
Fonte: Bahia Notícias
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