Quarta-feira, 30 de Abril de 2025
BAHIA

Foto: Reprodução

Para marcar o 1º de maio, Dia do Trabalhador, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulga um panorama do mercado de trabalho baiano, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações são do ano de 2024, em relação ao ano de 2023, e foram sistematizadas pela Diretoria de Pesquisas da SEI. Confira a seguir.

MERCADO DE TRABALHO DA BAHIA PANORAMA RECENTE: O ANO DE 2024 EM COMPARATIVO AO DE 2023

No geral, sem desconsiderar a ocorrência de retrocessos pontuais, pode-se dizer que o trabalhador teve motivos para celebrar em 2024. Em síntese, a economia brasileira não enfrentou o prenunciado revés, a despeito de algumas previsões em sentido contrário. O que de fato ocorreu foi que a economia cresceu de forma robusta.

Diante desse contexto, o mercado de trabalho baiano continuou em rota de progresso em 2024, absorvendo mão-de-obra e gerando renda ao longo do referido ano. Entre os principais pontos positivos constatados para a Bahia, vale destacar:

1- a taxa média anual de desocupação (ou desemprego) recuou pelo terceiro ano consecutivo, atingindo 10,8% da população na força de trabalho e alcançando a segunda menor taxa da série (maior apenas do que a de 2014, estimada em 9,8%);
2- o recuo da taxa média anual de desemprego (de 13,2%, em 2023, para 10,8%, em 2024) incorporou outra dimensão positiva, pois decorreu de dois movimentos favoráveis: o aumento do número de ocupados e o recuo do total de desocupados;
3- o ritmo de queda da taxa de desocupação aumentou, já que o recuo anual foi maior em 2024 do que em 2023;
4- a população ocupada aumentou pelo quarto ano seguido e chegou a 6,420 milhões em 2024, registrando o maior montante de trabalhadores da história e demarcando a maior sequência de altas na série;
5- o crescimento da ocupação de 2023 a 2024 se deu predominantemente pelo aumento da formalidade, já que a informalidade cresceu em menor magnitude;
6- o aumento anual da ocupação foi maior em 2024 do que em 2023, indicando ampliação do ritmo de crescimento de um ano para o outro;
7- o crescimento relativo da população ocupada de 2023 a 2024 foi maior na Bahia (+5,7%) do que no país (+2,6%) e no Nordeste (+4,8%);
8- o desemprego atingiu 779 mil indivíduos em 2024, menor marca desde 2014 (quando havia 685 mil desocupados à época) e o segundo menor patamar da série;
9- o número de desempregados caiu pelo terceiro ano consecutivo, catalogando três recuos anuais seguidos pela primeira vez;
10- a queda anual da desocupação foi maior em 2024 do que em 2023;
11- o recuo relativo da população desocupada de 2023 a 2024 foi maior na Bahia (-15,5%) do que no país como um todo (-13,2%);
12- o quantitativo de pessoas em situação de desalento (aquelas fora da força de trabalho que estavam disponíveis para assumir um trabalho, mas não tomaram providência por algum dos motivos associados ao mercado) diminuiu de 2023 a 2024 e contabilizou 540 mil pessoas, menor montante desde 2016 (com 523 mil desalentados à época);
13- a taxa média anual de informalidade recuou pela segunda vez seguida, atingindo 51,4% da população ocupada em 2024 – o que indica um menor percentual de trabalhadores sob proteções legais como benefícios previdenciários e direitos trabalhistas;
14- em 2024, o percentual dos ocupados na informalidade (51,4%) se revelou o segundo menor da série;
15- a taxa anual de informalidade recuou mais na Bahia (-2,3 p.p.) do que no país (-0,2 p.p.) e no Nordeste (-0,7 p.p.) na passagem de 2023 a 2024;
16- o rendimento médio anual real de todos os trabalhos aumentou pela segunda vez consecutiva, chegando a R$ 2.165 e alcançando o maior valor desde o ano de 2020 e o terceiro maior montante da série;
17- o rendimento médio anual real cresceu mais na Bahia (+11,8% ou mais R$ 228) do que no país (+3,7% ou mais R$ 115) e no Nordeste (+8,4% ou mais R$ 174);
18- o crescimento percentual do rendimento médio real baiano (+11,8%) foi o quinto maior do país na passagem de 2023 a 2024;
19- a massa de rendimento real de todos os trabalhos aumentou pelo terceiro ano consecutivo, contabilizando R$ 13,634 bilhões em 2024 e demarcando o maior montante da série;
20- de 2023 a 2024, a variação da massa de rendimento real decorreu de dois movimentos positivos, já que houve aumento concomitante do rendimento médio real e da ocupação;
21- a variação relativa da massa de rendimento real da Bahia (+19,0%) se mostrou maior do que a da região nordestina (+13,9%) e a do país (+6,5%) na passagem de 2023 a 2024; e
22- das unidades da Federação, de 2023 a 2024, a Bahia (+19,0%) registrou a quinta maior ampliação percentual da massa de rendimento real.

Por fim, tudo indica que os indicadores fundamentais do mercado de trabalho devem permanecer melhorando durante o ano de 2025, mas de forma relativamente mais comedida do que outrora, já que há chances de materialização de um cenário marcado por um dinamismo um pouco menor. 

Fonte: As informações são de assessoria.



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