Sexta-feira, 04 de Abril de 2025
Chapada Diamantina

Foto: Tiago Dantas/Sema

Para mapear os impactos da seca e subsidiar ações emergenciais e estratégicas adotadas pelo Governo do Estado na sub-bacia do Rio Utinga, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) ampliou, nesta última terça-feira (1º), o monitoramento ambiental e hídrico na região. Durante três dias, uma equipe técnica sobrevoou, com drones, os pontos mais críticos da bacia, nos municípios de Wagner e Utinga, coletando imagens dos cursos d’água e da vegetação nativa.

O analista e operador de drones do Inema, Danilo Lima, ressaltou que o uso dessa tecnologia tem sido essencial para fazer um diagnóstico do cenário atual das matas ciliares e dos rios. “Os sobrevoos nos permitem capturar imagens detalhadas, que embasam as análises dos técnicos na busca por soluções mais eficazes. Hoje, estamos mapeando as matas ciliares da região para avaliar seu estado de conservação e os impactos na disponibilidade hídrica. Já registramos um perímetro de aproximadamente 22 km”.

Os drones são equipados com câmeras de alta resolução que conseguem capturar imagens de áreas com grandes extensões e de locais que são praticamente impossíveis de alcançar por terra. “Essas imagens são processadas com o auxílio de softwares especializados para identificar, por exemplo, mudanças na cobertura vegetal e possíveis intervenções nos cursos de rios e fontes”, explicou o analista.

A ação é um desdobramento da campanha “Dia do Rio Utinga”, lançado em 2024, que combina ações de sensibilização, educação ambiental, monitoramento e regularização ambiental e cadastral dos usuários.

Segundo Bruno Barros, técnico do Inema, além de diagnosticar as causas da escassez, a ação faz parte de um conjunto de ações concretas, envolvendo diretamente o poder público, as comunidades locais e os usuários.

“São recursos tecnológicos que chegaram para agregar ao trabalho que tem sido realizado, embora a nascente nunca tenha deixado de abastecer a barragem, sua vazão é irregular. O desafio maior não é apenas a disponibilidade da água, mas sua gestão entre os usuários do território para a manutenção da vazão ecológica do rio, reforçando que este é um compromisso de todos, o de preservação e o uso sustentável da água”, pontuou.

Sobre a bacia do Rio Utinga

Com cerca de 70 km de extensão, o Rio Utinga fornece água doce essencial para a agricultura, consumo humano, produção e a manutenção da biodiversidade. O rio é responsável pelo abastecimento de grande parte da população dos municípios de Utinga, Wagner, Lajedinho e Andaraí. Percorre, além desses municípios, Lençóis, Nova Redenção e Bonito. Suas águas são usadas para consumo humano e animal e as grandes responsáveis pelo desenvolvimento econômico de toda a região, através da agricultura familiar, irrigada, pecuária e a piscicultura.

Fonte: As informações são de assessoria.



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