Sexta-feira, 12 de Novembro de 2021
MUNDO

A Alemanha vive “uma pandemia dos não vacinados”, foi dessa maneira que o ministro da Saúde, Jens Spahn, classificou a atual situação do país, que nas últimas 24 horas registrou 50 mil novos casos e vive uma nova onda do coronavírus.

Essa é a primeira vez que o país ultrapassa a marca de 50 mil casos em um único dia. Anteriormente, o maior registro tinha sido de 45.333 novas infecções, registradas em 7 de janeiro.

Apesar do alto número de internados, o número de mortes está baixo, o que está relacionado à vacinação.

De acordo com o ministério de saúde alemão, 69% da população recebeu, pelo menos, uma dose, e 66% estão completamente imunizados.

Pandemia: Alemanha impõe restrições aos não vacinados

Apesar da alta taxa de pessoas vacinadas, a Alemanha conta com um alto contingente de sujeitos não imunizados: 11% da população, índice que é apenas inferior ao da Rússia e dos Estados Unidos, duas nações que também enfrentam a chamada pandemia dos não vacinados.

Por causa disso, o vírus não para de circular e, dessa maneira, acaba por provocar novas ondas de contágio.

Neste momento, o governo de Angela Merkel estuda reverter algumas medidas de relaxamento e proibir que as pessoas não vacinadas frequentem locais públicos, mesmo que apresentem testes com resultado negativo.

Os não vacinados não poderão frequentar restaurantes sem espaços a céu aberto, bares, ginásios e cabeleireiros.

Em declaração realizada nesta quarta-feira (11), Angela Merkel afirmou que a situação no país é “dramática” e que a “pandemia volta a alastrar-se de forma espetacular”.

Não vacinados representam 99% dos mortos por covid nos EUA

A “pandemia dos não vacinados”, também é dessa maneira que o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos EUA classifica a atual etapa de combate ao vírus, visto que 99% das mortes pela Covid-19, neste momento, são de pessoas não vacinadas. Além de serem maioria na causa de mortes, as pessoas que não se vacinaram são também maioria dos internados: 94%.

De acordo com reportagem do New York Times, alguns desses pacientes se recusam até a acreditar que estão com Covid-19, mesmo com os resultados dos exames e a confirmação dos médicos.

Além disso, o levantamento do NYT também revela que alguns desses pacientes se arrependem de não terem tomado a vacina e, depois que se curam, compartilham as suas experiências nas redes e em programas de TV.

“Eles choram. E dizem que não sabiam. Eles achavam que era um hoax. Eles achavam que era político. Achavam que era ‘apenas uma gripe’. Eles gostariam de poder voltar atrás. Mas não podem. Então me agradecem e vão se vacinar. E eu volto ao consultório, faço a notificação da morte e faço uma oração para que essa perda salve mais vidas”, relata a médica Brytney Cobia ao NYT.

Fonte: Com informações do g1 e Gazeta do Povo



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