O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi absolvido na última quarta-feira (5), no processo de impeachment contra ele no Senado americano. O Senado o absolveu da acusação de abuso de poder, por 48 votos a favor de sua condenação e 52 contra. Já na votação por obstrução do Congresso o presidente foi absolvido por 47 votos a favor e 53 contra. Eram necessários os votos de 67 dos 100 senadores em pelo menos uma das acusações para o republicano ser condenado.
O resultado já era esperado, já que os republicanos têm maioria no Senado e já haviam deixado claro que inocentariam o presidente. O único senador republicano a votar contra Trump foi Mitt Romney, na decisão sobre a acusação de abuso de poder. Trump era acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso por ter pressionado a Ucrânia a investigar um de seus potenciais adversários políticos nas eleições de 2020, o democrata Joe Biden, e seu filho Hunter.
O magnata americano se tornou o terceiro presidente americano a ser absolvido pelo Senado, após os processos de Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1999. Richard Nixon renunciou ao cargo antes mesmo que o seu caso chegasse ao Senado, em 1974. O caso que deu origem ao impeachment parte de uma ligação telefônica entre Trump e o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em 25 de julho de 2019.
Na conversa, o republicano pede que o país do leste europeu investigue se Biden utilizou sua posição como vice-presidente do governo de Barack Obama para favorecer seu filho, Hunter Biden, que trabalhava em uma empresa ucraniana investigada por corrupção. Dois funcionários da inteligência americana que ouviram a chamada denunciaram a atitude de Trump à CIA de forma anônima e o caso se tornou público algumas semanas depois.
Para tentar abafar o escândalo, a própria Casa Branca divulgou a transcrição da conversa. A ação, contudo, gerou um efeito reverso e levou à abertura formal do processo contra o presidente. Durante as investigações do caso e audiências na Câmara dos Deputados, dezenas de testemunhas foram ouvidas, entre elas diplomatas e funcionários da Casa Branca. Após a aprovação do afastamento na Casa, o processo passou para o Senado, onde os legisladores votaram contra a convocação de novas testemunhas.
Fonte: Revista Veja
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