Quinta-feira, 01 de Agosto de 2024
Economia

Foto: Agência Brasil

As compras de até US$ 50 pela internet por pessoas físicas começam a pagar 20% de Imposto de Importação, a partir desta quinta-feira (1º). A taxa se somará à cobrança de 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrada pelos estados desde julho de 2023. Algumas varejistas on-line, como AliExpress e Shopee, começaram a cobrar a tarifa no último sábado (27), mas a legislação só estabelece o início da cobrança nesta quinta.

Em relação ao Imposto de Importação, as compras de até US$ 50 serão tributadas em 20%. Os produtos com valores entre US$ 50,01 e US$ 3 mil terão taxação de 60%, com uma dedução fixa de US$ 20 no valor total do imposto.

Pelas regras aduaneiras, o Imposto de Importação de 20% incidirá sobre o valor do produto, incluídas cobranças de frete ou de seguro. Os 17% de ICMS vão ser cobrados após somar o valor da compra e o Imposto de Importação.

Instituída por meio de um “jabuti” incluído pelo Congresso na lei que criou o Programa Mover, a taxação de 20% foi adiada para 1º de agosto pela Medida Provisória 1.236. A Receita Federal pediu o adiamento da cobrança para dar tempo ao órgão de montar o sistema de cobrança e definir as regulamentações e para esclarecer que a compra de medicamentos continuará isenta.

“Do jeito que estava o texto, poderia suscitar uma dúvida se existiria a taxação para medicamentos que são importados por pessoas físicas. Vai sair uma medida provisória, publicada nesta sexta, que deixa claro que importação de medicamentos por pessoas físicas está isento de qualquer taxação adicional. Mantém as regras de isenção hoje”, disse Padilha.

Segundo Padilha, a MP também estabelecerá o início da cobrança da taxa de 20% em 1º de agosto. Ele disse que esse prazo dará tempo para que a Receita Federal faça as regulamentações necessárias e adapte os sistemas para a cobrança.

“A medida provisória deixa claro que a vigência é a partir de 1º de agosto. Isso permite a organização da Receita e a própria adaptação das plataformas para que tenha essa cobrança", completou o ministro”, declarou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, após a assinatura da lei que instituiu a taxação.

Durante a cerimônia de assinatura da lei, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também mencionou a necessidade de manter os medicamentos isentos. “O que o presidente Lula quer é excluir os medicamentos porque há pessoa física importando medicamentos para alguns tipos de moléstias, de doenças. Então você exclui os medicamentos”, afirmou.

Histórico

Desde agosto do ano passado, as compras de até US$ 50 em sites internacionais eram isentas de Imposto de Importação, desde que os sites estivessem inscritos no Programa Remessa Conforme, que garante liberação acelerada da mercadoria. As transações, no entanto, pagavam 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo arrecadado pelos estados, com as guias sendo cobradas pelos sites ainda no exterior.

No fim de maio, a Câmara dos Deputados aprovou a taxação federal de 20% como uma emenda à lei que criou o Programa Mover, de incentivo à indústria automotiva. O Senado aprovou o texto no início de junho.

No último dia 22, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que o Fisco ainda aguarda o início da cobrança para estimar quanto o governo deve arrecadar com a taxação das compras no exterior. A projeção, informou Barreirinhas, será incluída na edição de setembro do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, documento divulgado a cada dois meses que orienta a execução do Orçamento.

Fonte: Agência Brasil



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Sexta-feira, 19 de Julho de 2024
Economia

Foto: Brenno Carvalho/ Agência o Globo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira (18/7) uma contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprimento do arcabouço fiscal, a nova regra de controle dos gastos públicos.

“Nós vamos ter que fazer uma contenção de R$ 15 bilhões para manter o ritmo de cumprimento do arcabouço fiscal até o final do ano, consistindo em R$ 11,2 bilhões de bloqueio, em virtude de um excesso de dispêndio acima dos 2,5% previstos no arcabouço fiscal, e de R$ 3,8 bilhões de contingenciamento, em virtude da receita, particularmente em função do fato de que ainda não foram resolvidos os problemas pendentes [sobre compensação da desoneração]”, explicou o ministro.

Ele se reuniu, nesta tarde, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros da equipe econômica, no âmbito da Junta de Execução Orçamentária (JEO), para bater o martelo sobre contingenciamentos e bloqueios no Orçamento deste ano.

Também estavam presentes na agenda, no Palácio do Planalto, as ministras do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e da Gestão, Esther Dweck, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

As áreas em que os cortes serão feitos ainda serão anunciadas na próxima segunda-feira (22/7), quando será divulgado o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) do 3º bimestre.

Segundo Haddad, o número de R$ 15 bilhões foi calculado após “um grande apanhado” do que aconteceu nos seis primeiros meses na arrecadação federal, feito pela Receita, e nas despesas, feito pelo Planejamento.

Ele ainda frisou que o cálculo não considera a compensação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e pequenos municípios, cuja votação foi adiada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “Se as negociações com o Senado avançarem, esse contingenciamento pode ser revisto. O bloqueio só se houver uma queda inesperada de despesas”, argumentou.

Em seguida, Tebet explicou que a revisão do bloqueio é “mais difícil” de ser feita.

O titular da Fazenda ressaltou que o corte é suficiente para que o resultado do déficit fique dentro da margem estabelecida no arcabouço. A meta para este ano é de déficit fiscal zero, com uma banda (intervalo de tolerância) de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), para cima ou para baixo.

Corte de R$ 25,9 bilhões

No início do mês o presidente da República autorizou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias para cumprir o arcabouço fiscal no próximo ano. A tesoura será passada por meio de um “pente-fino” em benefícios sociais.

Embora o corte esteja programado para o orçamento de 2025, Haddad afirmou que as medidas podem ser antecipadas, a depender do relatório de despesas e receitas do governo deste mês. O detalhamento sobre esses cortes virá no Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que deverá ser apresentada ao Senado até 31 de agosto.

A meta de resultado primário tanto para este ano quanto para o próximo é de déficit fiscal zero (receitas iguais a despesas, descontados os juros da dívida).

Fonte: Metrópoles



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Quarta-feira, 10 de Julho de 2024
Economia

Foto: Banco de imagens

As exportações baianas se mantiveram estáveis no primeiro semestre de 2024, alcançando US$ 5,162 bilhões, com leve crescimento de 0,1% em relação ao mesmo período de 2023, quando atingiram US$ 5,159 bilhões. O volume embarcado no semestre foi 10,7% inferior no comparativo interanual, mas foi compensado pela valorização dos preços dos produtos exportados, que subiram em média 12,7%. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Com os resultados mensais oscilando bastante, junho fechou com vendas ao exterior de US$ 718,8 milhões, com destaque para o segmento de cacau e derivados, com vendas de US$ 68,7 milhões no mês e incremento de 300%; e o algodão, com receitas de US$ 37,4 milhões e crescimento de 147%, todos no comparativo interanual.

No semestre, o principal destaque pelo lado das exportações ficou por conta da valorização de produtos da indústria extrativa em 73,5% (minérios e metais preciosos), da indústria de transformação (10,3%) e dos agropecuários (6,1%), compensando boa parte da queda registrada no volume exportado, principalmente dos produtos industriais (-16,7%).

O principal segmento da pauta de exportação baiana, a soja e seus derivados, manteve a liderança com 36,8% dos embarques, o equivalente a US$ 1,13 bilhão (22% do total exportado pelo estado no semestre), mas recuou em comparação ao primeiro semestre de 2023 em 11,4%, como consequência da redução dos preços em média em 16,3%. As cotações do grão entraram em rota descendente desde meados do ano passado, uma tendência que se manteve nos seis primeiros meses de 2024, reflexo das boas perspectivas para a safra 2024/25 nos Estados Unidos.

Os melhores desempenhos também ficaram com segmentos da agroindústria, como algodão, que cresceu 282%, café e especiarias (59%) e derivados de cacau (82%) no comparativo interanual. Todos têm previsão anual de aumento na produção.

As exportações baianas para a China, principal destino dos produtos baianos, com 26,2% de participação, cresceram 14,2% no semestre, em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas totais para a Ásia também subiram (6,6%), em ritmo menor, devido à redução dos embarques de derivados de petróleo.

Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte cresceram 2,5%, enquanto para a América do Sul e Mercosul caíram 21,7% e 28,7%, respectivamente. Para a União Europeia foi registrado recuo de  2,7%.

IMPORTAÇÕES

As importações baianas no semestre alcançaram US$ 5,55 bilhões, 17,1 % acima de igual período do ano passado. O crescimento da importação foi puxado por combustíveis e bens de consumo. Em volume, a entrada de bens aumentou 30,8% na mesma base de comparação. Em junho, pelo quinto mês consecutivo, as importações registraram crescimento, desta vez de 29,1%, atingindo US$ 819,3 milhões.

A alta da importação reflete a atividade, mais forte nos primeiros meses deste ano, e fundamenta para cima as projeções de investimento para o segundo semestre de 2024. Entretanto, parcela importante do aumento das importações se deve ao aumento das compras de combustíveis, principalmente petróleo bruto, nafta e gás natural liquefeito. A queda de preços em outro setor importante na pauta de importação, os fertilizantes, não impediu o aumento dos desembolsos em 1,04%. Por outro lado, o volume desembarcado cresceu 47,5%, sobretudo oriundo da Rússia.

Ao contrário do que foi registrado nas exportações, os preços dos produtos importados caíram em média 10,4% no semestre, enquanto o volume de compras aumentou 30,8%. Com os resultados do primeiro semestre, o saldo comercial do estado no período chegou a um déficit de US$ 386,8 milhões, contra um superávit de 419,5 milhões no mesmo período do ano passado. Já a corrente de comércio atingiu US$ 10,7 bilhões, também com incremento de 8,2% no comparativo interanual.

Fonte: Ascom/SEI



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Segunda-feira, 01 de Julho de 2024
Economia

Foto: Reprodução

O Grupo de Trabalho (GT) da Câmara dos Deputados que discute a nova reforma tributária deseja incluir a carne como item da cesta básica, para que, assim, proteínas bovinas, de frango e de peixe passem a ter alíquota zero. Ao contrário da isenção tributária proposta pelos deputados, no projeto inicial, enviado pelo governo, as carnes teriam somente a redução de 60% na alíquota.  

Os deputados ainda propõem adicionar carros elétricos e jogos de azar  - caso sejam autorizados no Brasil - no Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”. O tributo é aplicado sobre itens tidos como prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas. 

A inserção de carros elétricos no “imposto do pecado”, no entanto, não é proposta unânime entre os parlamentares e, por isso, ainda não foi uma decisão tomada. Segundo alguns deputados e ambientalistas, os carros elétricos deveriam estar nesta lista pela presença de lítio na composição das suas baterias. Com o descarte, o minério tem grande potencial de contaminar o solo e a água.

As alterações no relatório serão entregues pelos deputados na tarde desta segunda-feira (1°)  ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Espera-se que a versão final da proposta seja apresentada na quarta-feira (3) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que considera o projeto como prioridade.

Fonte: Metro 1



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Sexta-feira, 28 de Junho de 2024
Economia

Foto: Feijão Almeida/GOVBA

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano, calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), totalizou R$ 16,9 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando 13,76% do PIB estadual para o período. Essa participação é inferior à verificada no mesmo trimestre de 2023, quando era equivalente a 16,4% do PIB total baiano, sendo que a perda de participação se dá, sobretudo, por uma retração significativa nos preços dos produtos da agropecuária e da agroindústria.

A estimativa do PIB do agronegócio baiano é calculada pela equipe de Contas Regionais da SEI a partir da análise e cálculo de quatro grandes agregados: Agregado I (insumos para a agropecuária); Agregado II (agropecuária, conforme consta nas Contas Regionais, incluindo agricultura, pecuária, silvicultura, extrativismo vegetal e pesca); Agregado III (indústrias de base agrícola – consomem produtos do agregado II); e Agregado IV (transporte, comércio e serviços referentes à distribuição final dos produtos dos agregados II e III).

Quando são comparados os valores correntes do 1º trimestre de 2024 com o 1º trimestre de 2023, observa-se que houve retração de 8,2%, o que equivale a R$ 1,5 bilhão a menos entre os trimestres. Neste período, o Agregado IV foi o que mais contribuiu para a definição da taxa final (47,2%); na sequência vem o Agregado II (23,4%), Agregado III (17,4%) e agregado I (12,0%).

Ao se comparar o 1º trimestre de 2024 com o 1º trimestre de 2023, percebe-se todos agregados contribuíram menos na formação do PIB estadual. João Paulo Caetano, coordenador de Contas Regionais da SEI, explica porque o Agronegócio perdeu participação: “quando analisamos a participação de um segmento no PIB, estamos considerando, além das variações em termos reais, também as variações de preços. Nesse sentido, podemos ter, por exemplo, aumento nas quantidades produzidas (variação real) e ao mesmo tempo queda no valor corrente; essa queda se dá quando as variações negativas nos preços são superiores à variação real. No primeiro trimestre de 2024 tivemos essa combinação onde, apesar de se ter crescimento real de 1,3%, houve retração média de 9% nos preços do agronegócio, o que determinou menor participação da atividade na economia baiana”.

Cabe salientar que o primeiro trimestre, apesar da ocorrência de algumas importantes safras, não é o principal para o agronegócio baiano, haja vista que a maior parte da produção agropecuária baiana se desenvolve no segundo trimestre e isso caracteriza impactos positivos tanto no próprio segmento agropecuário (Agregado II) quanto nos demais segmentos, especialmente transporte e comercialização, que compõem o Agregado IV. Considerando essa especificidade, espera-se que no segundo trimestre se verifique um desempenho mais favorável para o segmento do agronegócio baiano com elevação da participação no PIB total da Bahia; entretanto, é possível que o aumento de participação não seja tão significativo como nos anos anteriores em função dos movimentos descendentes nos preços da maior parte dos produtos agropecuários.

Fonte: As informações são de assessoria.



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Sexta-feira, 28 de Junho de 2024
Economia

Foto: Wilson Dias/ABR

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em maio ficou em 7,1%, alcançando o menor patamar para o período desde 2014. O índice representa um recuo em relação ao trimestre móvel anterior, terminado em fevereiro, quando marcou 7,8%. Além disso, fica abaixo do nível registrado no mesmo período de 2023, quando era 8,3%.

Se comparados com todos os trimestres da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012, o indicador é o menor desde o período de três meses encerrado em janeiro de 2015. Na época, a taxa ficou em 6,9%. O menor índice já registrado foi 6,6% no fim de 2014.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta que, em maio, a população desocupada - pessoas com 14 anos ou mais de idade que não tinham trabalho e procuravam emprego – era de 7,8 milhões. Isso representa uma diminuição de 751 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em fevereiro de 2024 e de 1,2 milhão em comparação ao trimestre encerrado em maio de 2023.

A Pnad apura todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.

Ocupados

A população ocupada chegou a 101,3 milhões de pessoas, um recorde da série histórica do IBGE. Esse contingente é 1,1 milhão superior ao do trimestre encerrado em fevereiro e 2,9 milhões acima do registrado no mesmo período de 2023.

De acordo com a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, “o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes”.

Para ilustrar a avaliação, o número de empregados com carteira assinada (38,3 milhões) foi recorde. “Esse recorde não acontece de uma hora para outra. É fruto de expansões a cada trimestre”, diz Adriana Beringuy.

O contingente de empregados sem carteira também foi o maior já registrado (13,7 milhões).

Na passagem de três meses, se destacaram na criação de vagas os grupamentos de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (4,4%, ou mais 776 mil pessoas). Apresentaram redução os setores de transporte, armazenagem e correio (2,5%, ou menos 146 mil pessoas). Os demais grupamentos não tiveram variações significativas.

Recorde na massa salarial

O rendimento médio dos trabalhadores no trimestre encerrado em maio ficou em R$ 3.181, estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.161) e 5,6% maior na comparação anual. Esse valor é o mais alto já registrado para um trimestre encerrado em maio. Quando a comparação é geral, é o maior desde o outubro de 2020.

“Em 2020 havia rendimento elevado, mas com perda de população ocupada”, explica Adriana, se referindo ao período em que a economia sofria efeitos da pandemia, que forçaram o corte de postos de trabalho de menor remuneração e informais, principalmente.

A massa de rendimentos, que é o total de renda que os trabalhadores recebem, atingiu o recorde de R$ 317,9 bilhões. Esse valor funciona como um combustível para movimentar a economia, seja com consumo ou poupança.

A taxa de informalidade foi 38,6% da população ocupada, o que representa 39,1 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior o índice era de 38,7 % e, um ano atrás, de 38,9%.

Esse grupamento informal inclui, principalmente, empregados sem carteira, empregador e trabalhador por conta própria sem CNPJ.

Contribuição para a previdência

A pesquisa do IBGE revelou que o país alcançou recorde no número de trabalhadores com contribuição para a previdência social. Foram 66,171 milhões no trimestre encerrado em maio. Esse volume tem crescido seguidamente desde o início de 2023.

Esse dado representa que 65,3% dos trabalhadores contribuíram para a previdência no trimestre terminado em maio. O maior patamar registrado foi 66% no início de 2016.

Fonte: Agência Brasil



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Segunda-feira, 22 de Abril de 2024
Economia

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Ministério da Fazenda estima que o governo conseguirá uma receita adicional de R$ 6 bilhões com a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras aos acionistas, informa o jornal “O Globo”. A União é acionista majoritária da empresa, por isso, também ganha uma parcela do pagamento.

Na sexta-feira (19), o Conselho de Administração da empresa decidiu liberar do pagamento de 50% dos dividendos extraordinários. O pagamento de metade dos dividendos fará a Petrobras distribuir quase R$ 22 bilhões ao mercado caso seja aprovado em assembleia

Fonte: Política Livre



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Quarta-feira, 27 de Março de 2024
Economia

Foto: Reprodução

Com previsão total de incentivos de R$ 19,3 bilhões até 2028, foi assinada nesta terça-feira (26), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a portaria que regulamenta as regras de adesão ao programa Mover (Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação) para as indústrias do setor automotivo. Com a assinatura da portaria, as indústrias do setor automotivo já podem se habilitar para aquisição de créditos e financiamento do programa, que é uma iniciativa do governo para ampliar a descarbonização da frota e estimular a produção de novas tecnologias, seja para carros de passeio, ônibus e caminhões.

A portaria, assinada também pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio, Geraldo Alckmin, regulamenta os investimentos mínimos para que as empresas invistam em pesquisa e desenvolvimento para descarbonização. Durante a solenidade no Palácio do Planalto, o governo anunciou que está sendo estabelecido um sistema de acompanhamento e que haverá penalidades caso as empresas descumpram as obrigações após se habilitarem no programa Mover.

Participaram da solenidade, além do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa. Também estiveram presentes presidentes de diversas entidades do setor automotivo e da indústria, como o presidente da CNI, Ricardo Alban.

O programa Mover foi lançado no último dia de dezembro do ano passado, por meio da medida provisória 1205/2023. A medida, entretanto, recebeu críticas do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e o governo preferiu deixar a MP caducar ao final do seu prazo de validade, e em seu lugar, enviou ao Congresso, no último dia 20 de março, um projeto de lei para criar o programa. As lideranças do governo articulam com Lira para que o projeto seja aprovado dentro do prazo de validade da medida provisória.

De acordo com a portaria, podem se habilitar ao Mover as empresas que:

• Fabriquem no país produtos automotivos: veículos, autopeças, máquinas autopropulsoras, sistemas e as soluções estratégicas para mobilidade e logística, bem como insumos, matérias-primas e componente;

• Tenham projeto de desenvolvimento e produção tecnológica;

• Desenvolvam no país serviços de pesquisa, desenvolvimento, inovação ou engenharia destinados à cadeia automotiva, com integração às cadeias globais de valor;

• Sejam tributadas pelo regime de lucro real;

• Possuam centro de custo de pesquisa e desenvolvimento;

• Assumam compromisso de realização de dispêndios obrigatórios em pesquisa e desenvolvimento, nos percentuais mínimos exigidos, incidentes sobre a receita bruta total da venda de bens e serviços, excluídos os impostos e as contribuições incidentes sobre a venda.

Desde que o governo Lula implementou, no final do ano passado, o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação, diversas montadoras já anunciaram investimentos para o Brasil. São elas a Stellantis – R$ 30 bilhões (2025/2030); a Volkswagen – R$ 16 bilhões (2022/2028); a Toyota – R$ 11 bilhões (2024/2030); a GWM – R$ 10 bilhões (2023/2032); a General Motors – R$ 17 bilhões (2021/2028); a BYD – R$ 5,5 bilhões (2024/2030); a Hyundai – R$ 5,45 bilhões (até 2032); a Renault – R$ 5,1 bilhões (2021/2027); a CAOA – R$ 4,5 bilhões (2021/2028); a Nissan – R$ 2,8 bilhões (2023/2025); e a BMW – R$ 500 milhões.

Fonte: Bahia Notícias



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Quinta-feira, 21 de Dezembro de 2023
Economia

Com previsão de crescimento de 3,1% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o Brasil saltará duas posições e se tornará a nona economia do mundo em 2023, divulgou nessa terça-feira (19) o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo a instituição, o país deverá encerrar o ano com PIB nominal de US$ 2,13 trilhões, ultrapassando o Canadá, com PIB estimado em US$ 2,12 trilhões.

No ano passado, o Brasil estava na 11ª posição. Segundo o FMI, até 2026, o Brasil pode subir uma posição e tornar-se a oitava maior economia do planeta, com PIB estimado em US$ 2,476 trilhões.

As estimativas foram divulgadas com base no relatório Perspectiva Econômica Mundial, lançado em outubro. Na ocasião, o FMI estimou crescimento de 3,1% para o PIB brasileiro neste ano, contra estimativa de 2,1% no relatório anterior.

Segundo o FMI, os Estados Unidos, a China e Alemanha continuaram sendo as maiores economias do mundo neste ano. O órgão projeta que a economia global desacelerará neste ano, crescendo 3%, contra 3,5% em 2022. Para 2024, o FMI estima expansão global de 2,9%.

Para o Brasil, o FMI projeta crescimento de 1,5% no próximo ano. A projeção é mais baixa que a da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que prevê expansão de 1,8% para a economia brasileira em 2024. O Ministério da Fazenda projeta crescimento de 2,2%.

Confira o ranking das dez maiores economias do mundo em 2023, segundo projeção do FMI:

 

1. Estados Unidos – US$ 26,95 trilhões

2. China – US$ 17,7 trilhões

3- Alemanha – US$ 4,43 trilhões

4. Japão – US$ 4,23 trilhões

5. Índia – US$ 3,73 trilhões

6. Reino Unido – US$ 3,33 trilhões

7. França – US$ 3,05 trilhões

8. Itália – US$ 2,19 trilhões

9. Brasil – US$ 2,13 trilhões

10. Canadá – US$ 2,12 trilhões

 

Fonte: Fundo Monetário Internacional

Repercussões

Na rede social X (antigo Twitter), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o resultado com uma brincadeira: "Vocês não sabem o trabalho que dá para ter tanta sorte...", escreveu.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, também celebrou a divulgação do FMI afirmando, em suas redes sociais, que o Brasil está "de volta ao top 10".

Fonte: Agência Brasil



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Quinta-feira, 17 de Novembro de 2022
Economia

O Ibovespa operava com forte queda e o dólar subia na abertura desta quinta-feira (17), acima de R$ 5,50, com o mercado reagindo a um discurso feito na véspera pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ao anúncio da minuta da chamada PEC do Estouro.

Às 11h05, o principal índice da bolsa caía 2,54%, aos 107.447 pontos, e o dólar comercial avançava 1,82%, cotado a R$ 5,479.

Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a disparar 2,76%, a R$ 5,5308 na venda, pico desde janeiro deste ano, e operando acima de R$ 5,50 pela primeira vez desde julho.

Embora tenha moderado as perdas desde então, o real continuava sendo uma das moedas de pior desempenho no dia entre seus pares globais.

O mercado abriu de mau humor, assim como Lula previu no seu discurso no Egito. Ele dobrou a aposta da oposição entre a responsabilidade fiscal e a social, carregou na crítica contra o teto de gastos e contrapôs o pagamento dos juros da dívida pública aos gastos com educação e saúde.

“Não adiantar ficar pensando só em responsabilidade fiscal”, disse Lula, que está na COP27, em Sharm el-Sheik, no Egito, dia seguinte à entrega da minuta da PEC pela equipe de Transição ao Congresso. E afirmou que quando se fala em teto de gastos se tira dinheiro “da saúde, da educação e da cultura”.

Os juros futuros também reagiam de forma negativa, com os contratos para janeiro de 2025 e 2027 subindo mais 70 pontos-base hoje depois da alta de ontem, quando as taxas sinalizaram expectativa de que o Banco Central não consiga começar a redução da Selic em meados do ano que vem. Ao contrário, aumenta a chance de o Copom voltar a subir a taxa para se antecipar aos efeitos que o descontrole fiscal vai provocar na inflação.

No pré-mercado de Nova York, o futuro de índice brasileiro, o EWZ, que é uma referência para o Ibovespa caía mais de 4%, em US$ 28,50. Os ADRs da Petrobras e da Vale operam em baixa, ambos caminhando para uma queda de 2%.

Motivo de apreensão nos mercados, a minuta apresentada na véspera pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, traz proposta de “excepcionalizar” do teto de gastos R$ 175 bilhões para o pagamento do Bolsa Família a partir de 2023 no valor de R$ 600, com adicional de R$ 150 por criança, sem um prazo determinado.

As sugestões apresentadas pela equipe de transição incluem ainda uma autorização para que parte de receitas extraordinárias fique fora do teto e possa ser redirecionada para investimentos, em um limite de 23 bilhões de reais, e também propõe retirar da regra do teto de gastos doações a universidades e fundos ligados à preservação do meio ambiente.

Fonte: CNN Brasil



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