Sábado, 09 de Novembro de 2024
Notícias

Foto: IFBA/Irecê

Alunos do Campus Irecê, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), receberam nessa quinta-feira, 07, em Salvador/BA, no Hotel Fiesta da Bahia, as premiações referentes à Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) 2024. No total foram 04 (quatro) medalhas de ouro, 01 (uma) de prata e 02 (duas) Menções Honrosas.

Na foto é possível ver os discentes, Samuel Almeida, Dan lins e Saulo Levi, representantes dos demais na cerimônia de premiações. Além deles, também formas premiadas as discentes Anna Beatriz, Liz Mendes, Géssica Oliveira e Alane Rocha.

 A ONC é dividida em duas fases, a primeira fase é composta por uma prova objetiva e a segunda fase por uma prova aberta. No campus é coordenada pelos professores de Física: Lucas Simões, George Loula e Victor Rios, a quem parabenizamos pelo trabalho desenvolvido.

 A ONC integra o Programa Ciência na Escola e é uma realização de cinco Sociedades Científicas: a SBF (Sociedade Brasileira de Física) a ABQ (Associação Brasileira de Química) o INSTITUTO BUTANTAN a SOCIEDADE ASTRONÔMICA BRASILEIRA e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); ela resulta de um convite do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) às Sociedades e se destina a estudantes do Ensino Médio e do 6ª a 9º ano do Ensino Fundamental (fonte site do evento). Seu objetivo principal é estimular o estudo das ciências (química, física, biologia, história e astronomia) por meio da resolução de problemas que despertem o interesse e a curiosidade de professores e estudantes.

Fonte: IFBA Irecê



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Sábado, 09 de Novembro de 2024
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Sábado, 09 de Novembro de 2024
Notícias

965 animais silvestres são resgatados em operação ambiental na Chapada Diamantina

Entre 30 de outubro e 8 de novembro, a Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA/Lençóis) em cooperação com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) realizaram a “Operação Rotas da Fauna Chapada” para combater crimes ambientais na Chapada Diamantina.

A ação abrangeu vários municípios baianos, resultando no resgate de 965 animais silvestres e 51 galos usados em rinhas. Dos animais resgatados, 869 foram soltos em áreas nativas de Morro do Chapéu e outros 86 foram encaminhados ao CETAS para cuidados. A operação também destruiu 1.348 gaiolas e lavrou 200 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO), prevendo a responsabilização dos infratores.

Essa ação reforça o compromisso com a preservação da fauna local e a conscientização contra o tráfico de animais silvestres.

Fonte: ASCOM CIPPA/Lençóis



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Sábado, 09 de Novembro de 2024
Esporte

Foto: Reprodução/@mancity

Vivendo o último ano de contrato com o Manchester City, o espanhol Pep Guardiola tem futuro incerto à frente dos cityzens e pode ser o novo técnico da Seleção Brasileira, segundo o site The Athletic.

Conforme o jornalista Sam Lee, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), fez contatos com Guardiola ao longo desta temporada para ter o espanhol no comando da Seleção. O espanhol nunca escondeu o desejo de assumir o comando de uma seleção nacional. Durante sua carreira, o treinador sempre afirmou que, após sua experiência no Barcelona, gostaria de testar seu trabalho em um contexto diferente, à frente de uma equipe nacional. A Federação Inglesa de Futebol (FA) chegou a sondá-lo após a saída de Gareth Southgate, mas a vaga acabou sendo preenchida por Thomas Tuchel.

A dúvida é se Guardiola, com contrato até o final da atual temporada europeia, se arriscaria a assumir a seleção brasileira pouco antes da Copa do Mundo de 2026, ou se optaria por renovar seu vínculo com o Manchester City por mais uma temporada antes de se lançar no desafio da seleção, já pensando no ciclo para o Mundial de 2030.

Outro fator importante é que Guardiola tem histórico de renovar seus contratos em novembro. Em 2020 e 2022, o técnico espanhol assinou extensões com o City justamente no mês de novembro. Isso indica que o mês de novembro poderia ser decisivo para uma possível decisão sobre o seu futuro, seja para continuar no Manchester City ou para assumir um novo desafio.

Fonte: Bahia.ba



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Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024
Notícias

Estudantes da Eletromecânica são avaliados em iniciativa pioneira que visa fortalecer a qualidade da Educação Profissional e Tecnológica — Foto: reprodução

O Campus do Instituto Federal da Bahia (IFBA), em Irecê, se prepara para a primeira avaliação externa dos cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), em uma iniciativa conduzida pelo INEP em parceria com o CEFET-MG.

O curso de Eletromecânica foi selecionado para esta avaliação experimental, que marca o início de um processo de análise sistemática dos cursos técnicos, similar ao já realizado para o ensino superior.

A avaliação será aplicada no Laboratório de Informática V, onde estudantes do 4º ano de Eletromecânica realizarão uma prova interativa. Para apoiar o processo, servidores do campus atuarão em funções específicas: Iza Rocha no suporte administrativo, Joander Neiva na área de Tecnologia da Informação e Saulo Dourado, coordenador do curso, que organizou toda a logística para a aplicação.

Essa avaliação busca aprimorar a qualidade dos cursos técnicos, permitindo que o Campus Irecê contribua com a construção de um ensino profissional mais robusto e alinhado às demandas do mercado.

Fonte: Da Redação



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Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024
Meio Ambiente

Foto: Jader Souza/ AL Roraima

O Brasil reduziu em 12% as emissões de gás carbônico equivalente (GtCO2e) em 2023 em relação ao ano anterior, conforme divulgou nesta quinta-feira (7) o Observatório do Clima. No ano passado, o país emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa, enquanto que, em 2022, foram emitidas 2,6 bilhões de toneladas.

Segundo o observatório, essa é a maior queda percentual nas emissões desde 2009, quando o país registrou a menor emissão da série histórica iniciada em 1990 (1,77 bilhão de GtCO2e).

A queda no desmatamento na Amazônia foi a principal razão para a redução das emissões.

As emissões por desmatamento na floresta tropical caíram 37%, de 1,074 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente para 687 milhões de toneladas.

Por outro lado, os dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório mostram que, apesar da desaceleração na Amazônia, a devastação dos demais biomas resultaram na emissão de 1,04 GtCO2e brutas em 2023.

Na avaliação do coordenador do SEEG, David Tsai, a redução das emissões é uma boa notícia, mas evidencia a dependência do que ocorre na Amazônia, em especial para o país atingir a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês). As novas NDCs precisam ser apresentadas até fevereiro de 2025 e devem estar alinhadas com o primeiro Balanço Global do Acordo de Paris (GST, na sigla em inglês), encerrado em 2023 na COP28, em Dubai.

“A queda nas emissões em 2023 certamente é uma boa notícia, e põe o país na direção certa para cumprir sua NDC, o plano climático nacional, para 2025. Ao mesmo tempo, mostra que ainda estamos excessivamente dependentes do que acontece na Amazônia, já que as políticas para os outros setores são tímidas ou inexistentes. Isso terá de mudar na nova NDC, que será proposta ainda este ano. O Brasil precisa de um plano de descarbonização consistente e que faça de fato uma transformação na economia”, afirmou David Tsai.

Em relação aos outros biomas, o levantamento aponta que as emissões por desmatamento e queima de biomassa aumentaram: 23% no Cerrado, 11% na Caatinga, 4% na Mata Atlântica e 86% no Pantanal. No Pampa, essas emissões caíram 15%, mas o bioma responde por apenas 1% do total.

“O Brasil está vendo o combate ao desmatamento na Amazônia surtir efeito. Mas, enquanto isso, o desmatamento em outros biomas, como o Cerrado e o Pantanal, acelera. Esse ‘vazamento’ não é algo novo e precisa de solução urgente para que continuemos tendo chances de atingir as metas de mitigação brasileiras”, disse a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Bárbara Zimbres.

O Ipam é responsável pelo cálculo de emissões de uso da terra no SEEG.

Uso da terra e Agropecuária

As mudanças de uso da terra foram responsáveis por quase metade das emissões de gases de efeito estufa no país (46%), com 1,062 bilhão de toneladas de CO2e. Segundo o observatório, a agropecuária registrou o quarto recorde consecutivo de emissões, com elevação de 2,2%. Com isso, a atividade econômica respondeu por 28% das emissões brutas do Brasil no ano passado, principalmente pelo a alta do rebanho bovino.

“A maior parte das emissões vem da fermentação entérica (o popular "arroto" do boi), com 405 milhões de toneladas em 2023 (mais do que a emissão total da Itália)”, aponta a instituição. “Somando as emissões por mudança de uso da terra, a atividade agropecuária segue sendo de longe a maior emissora do país, com 74% do total”, continua.

O analista de Ciência do Clima do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Gabriel Quintana, relembra que a última redução nas emissões da agropecuária brasileira foi registrada em 2018. Desde então, vêm aumentando e registrando recordes. O Imaflora é a organização responsável pelo cálculo de emissões de agropecuária no SEEG.

“Elas são puxadas pelo aumento do rebanho bovino, uso de calcário e fertilizantes sintéticos nitrogenados, afinal, a produção brasileira tem crescido. O desafio para o setor, bastante suscetível aos impactos da crise climática, é alinhar a mitigação das emissões de gases de efeito estufa com a eficiência da produtividade, em especial, a redução de metano e a adoção de sistemas que geram sequestro de carbono no solo”, pontuou.

Resíduos e Energia

Nos setores de resíduos e energia, os crescimentos de emissões de dióxido de carbono equivalente foram de 1% e 1,1%, respectivamente. O resultado no setor energético está relacionado ao aumento do consumo de óleo diesel, gasolina e querosene de aviação no ano passado. Juntos, eles causaram uma elevação de 3,2% nas emissões de transporte, que chegaram à marca recorde de 224 MtCO2e).

“Essa elevação mais do que compensou a redução de emissões devido à queda de 8% na geração de eletricidade por termelétricas fósseis no ano passado, no qual não houve crise hídrica para impactar a geração hidrelétrica. No total, energia e processos industriais emitiram 22% do total nacional, 511 MtCO2e”, informa o relatório.

Queimadas

Quanto às emissões decorrentes de queimadas de pasto e vegetação nativa (não são contabilizadas como desmatamento), caíram 38% e 7% em 2023, respectivamente.

Essas emissões ficaram de fora do inventário nacional, mas tornam-se cada vez mais importantes à medida que a mudança do clima aumenta o risco de ocorrência de fogo, inclusive nas florestas úmidas, destaca o Observatório.

Fonte: Agência Brasil



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Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024
Notícias

Com campanha de comunicação regional, Embasa se torna finalista em categorias nacionais ao lado de grandes empresas como Gerdau e ArcelorMittal - Foto: reprodução

O plano de comunicação desenvolvido pela Unidade de Comunicação Empresarial da Embasa, em parceria com a Unidade Regional de Irecê, para divulgar a parada do sistema adutor do São Francisco na primeira grande manutenção estruturante após 10 anos em funcionamento, tornou a Embasa finalista em duas categorias do Prêmio Jatobá PR, organizado pelo Grupo Empresarial de Comunicação (GECOM).

Foram 142 organizações participantes, que inscreveram 336 cases nas verticais Grandes Agências, Agências-Butique e Organizações Empresariais e Públicas. Desses, 172 foram classificados para a final por 70 profissionais da comissão julgadora.

Com o título “Sistema Adutor do São Francisco - O dia em que o oásis do centro-norte baiano parou”, o trabalho da Embasa foi inscrito na vertical “Organizações Empresariais e Públicas” e concorre, em nível nacional, ao prêmio de melhor case, na categoria Comunicação com Comunidade, ao lado de projetos da Gerdau, Fundação ArcelorMittal, Tegra Incorporadora e Novo Nordisk. Na categoria Cases Regionais do Ano, os concorrentes da Embasa são Salvador Bahia Airport, Allos, Laboratória e Marina Abramovic.

“Estar entre os finalistas de uma das premiações de comunicação mais importantes do país é um reconhecimento da importância dessa área para a Embasa e do trabalho desenvolvido pela equipe para fazer sempre o melhor’, comemora a gerente de Comunicação Empresarial da Embasa, Luana Nunes.

Os vencedores das 34 categorias do Prêmio Jatobá PR serão anunciados no dia 2 de dezembro, em São Paulo, em uma cerimônia que também revelará as Organizações do Ano (Grande Agência, Agência-Butique e Organização Empresarial e Pública) e os Cases do Ano (também de Grande Agência, Agência-Butique e Organização Empresarial e Pública), sempre com base no desempenho e nas notas recebidas do júri.

A categoria Cases Regionais do Ano premiará os cases com as maiores notas em cada uma das cinco regiões do país, independentemente da vertical em que eles tenham sido inscritos. Levarão o Troféu Jatobá PR os campeões de Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Maior sistema integrado da Bahia

Na ocasião, a ação programada de melhoria afetou o abastecimento de nove municípios da região de Irecê: América Dourada, Central, Irecê, Itaguaçu da Bahia, João Dourado, Jussara, Presidente Dutra, São Gabriel, Uibaí e respectivas localidades rurais, com uma população de aproximadamente 360 mil pessoas.

Com cerca de 400 quilômetros de adutoras, o sistema adutor do São Francisco capta no rio São Francisco, em Xique-Xique, e trata no povoado de Rio Verde 2, em Itaguaçu da Bahia. Trata-se do maior sistema integrado de abastecimento da Bahia, que leva água de um distante manancial perene para uma região semiárida sem fontes perenes para abastecimento público de água tratada.

Fonte: Ascom - Embasa/Irecê



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Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024
Notícias

Foto: Reprodução/Internet

Fornecer internet de qualidade para as instituições de ensino e pesquisa no estado e promover melhoria na prestação dos serviços públicos. Esses são os propósitos da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), do Governo do Estado, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ao inaugurarem as redes da Infovia Bahia nas cidades de Irecê, Itaberaba, Itabuna, Ilhéus, Senhor do Bonfim e Vitória da Conquista. A infraestrutura oferece conexões de 10 Gbps, beneficiando 20 instituições estaduais e federais e se integrando às redes já ativas em Juazeiro e Paulo Afonso.

O projeto Infovia Bahia, que faz parte do Programa Conecta e Capacita do MCTI, ainda prevê novas ativações nas cidades de Santo Antônio de Jesus, Barreiras, Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Bom Jesus da Lapa, Camaçari, Cruz das Almas, Cachoeira, Governador Mangabeira, Uruçuca, Itabuna (2ª etapa) e Eunápolis, com previsão de conclusão em 2025/2026.

A iniciativa, que abrange cerca de 2,5 mil quilômetros de fibra óptica, facilitará projetos colaborativos, reduzirá custos de conexão e permitirá avanços em serviços como a telemedicina, beneficiando direta e indiretamente cerca de 1 milhão de baianos com uma internet mais estável e acessível.

O chefe de gabinete da Secti, Marcius Gomes, destaca a relevância de uma rede de alta capacidade para atender as necessidades das instituições de ensino e pesquisa do estado. "Essa rede robusta de alta velocidade permite que projetos de ponta sejam desenvolvidos aqui mesmo, no interior do estado, com uma conectividade que atende desde a educação até serviços essenciais, como os serviços do http://ba.gov.br. A RNP e o MCTI, com apoio da Secti, estão conectando a Bahia de ponta a ponta, impulsionando o avanço acadêmico e garantindo que o impacto dessas tecnologias chegue à vida de milhares de baianos".

Para a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, a nova infraestrutura traz um impacto positivo para as regiões beneficiadas. "Estamos celebrando a inauguração das novas redes metropolitanas e conexões da Infovia Bahia, por meio da RNP, que já é um caso de sucesso consolidado no país. Nesta fase, estamos levando infraestrutura de internet segura e de alta velocidade para seis novos trechos. Além da comunidade acadêmica, quase 1 milhão de habitantes dessas localidades também serão impactados, pois escolas, órgãos estaduais e municipais terão acesso a uma conectividade de maior qualidade, fornecida pelo setor privado e público, democratizando o acesso à internet em toda a região", afirma.

Segundo Nelson Simões, diretor-geral da RNP, a expansão da infraestrutura vai beneficiar diretamente 53 campi de instituições de ensino e pesquisa. “Essas instituições vão passar a contar com uma conexão estável, de alta performance, e que poderá crescer muito, em longo prazo. Ter acesso a uma rede confiável e de maior capacidade tem um impacto direto na qualidade da produção de conhecimento e na inovação. Aqui, penso tanto em pesquisas de ponta, que precisam processar enormes volumes de dados, como na qualidade da educação à distância, por exemplo. A nossa ideia central é conectar pesquisadores, professores, alunos, mentes criativas de todo o país”, projeta.

Fonte: Ascom/Secti



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Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024
BRASIL

Um estudo divulgado na terça-feira (5) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que o consumo de álcool causa, em média, 12 mortes por hora no país. O levantamento, chamado de Estimação dos custos diretos e indiretos atribuíveis ao consumo do álcool no Brasil, foi feito pelo pesquisador Eduardo Nilson, do Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da instituição, a pedido das organizações Vital Strategies e ACT Promoção da Saúde.

São levadas em conta as estimativas de mortes atribuídas ao álcool da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números totais são de 104,8 mil mortes em 2019 no Brasil. Homens representaram 86% das mortes: quase a metade relacionam o consumo de álcool com doenças cardiovasculares, acidentes e violência. Mulheres são 14% das mortes: em mais de 60% dos casos, o álcool provocou doenças cardiovasculares e diferentes tipos de câncer.

O estudo calcula também o custo do consumo de bebidas alcoólicas para o Brasil em R$ 18,8 bilhões em 2019. Do total, R$ 1,1 bilhão são atribuídos a custos federais diretos com hospitalizações e procedimentos ambulatoriais no Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais R$ 17,7 bilhões são referentes aos custos indiretos como perda de produtividade pela mortalidade prematura, licenças e aposentadorias precoces decorrentes de doenças associadas ao consumo de álcool, perda de dias de trabalho por internação hospitalar e licença médica previdenciárias. Dos custos previdenciários, 78% (R$ 37 milhões) foram referentes aos gastos com o público masculino, enquanto 22% relacionado às mulheres (R$ 10,2 milhões).

“Importante destacar que o estudo adotou uma abordagem conservadora, já que é baseado exclusivamente em dados oficiais de fontes públicas, como os dados relativos ao SUS e pesquisas populacionais do IBGE, e em nível federal, considerando os gastos da União e não incluindo complementos de custeios por estados e municípios. O levantamento também não considera os custos da rede privada de saúde, nem o total de perdas econômicas à sociedade. Portanto, embora quase 19 bilhões de reais por ano já seja uma cifra extremamente significativa, o custo real do consumo de álcool para a sociedade brasileira é provavelmente ainda muito maior”, diz Eduardo Nilson, pesquisador responsável pelo estudo.

Na divisão por gênero, o custo do SUS com a hospitalização de mulheres por problemas ligados ao álcool é 20% do total. Um dos motivos é que o consumo de álcool pelas mulheres é menor. Na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019), 31% das mulheres relataram ter consumido álcool nos 30 dias anteriores à pesquisa, enquanto o percentual masculino foi 63%. Outro motivo é que as mulheres procuram mais os serviços de saúde e fazem exames de rotina. Desse jeito, são tratadas antes que tenham complicações mais graves.

Em relação aos custos de atendimento ambulatorial atribuído à ingestão de álcool, a diferença entre os públicos masculino e feminino cai, considerando que 51,6% dos custos referem-se ao público masculino. Em relação à faixa etária, a incidência maior no atendimento ambulatorial ocorre nas pessoas entre 40 e 60 anos, sendo que 55% dos custos referem-se às mulheres e 47,1% aos homens.

“Isso confirma que as mulheres buscam mais atendimento precocemente do que os homens: elas são responsáveis por quase metade dos atendimentos ambulatoriais, mesmo com a prevalência de consumo de álcool entre elas seja menor”, diz Nilson. 

Fonte: Agência Brasil



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